5. Green eyes, I'd run away with you.

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Acordei com Harry ao meu lado pela segunda vez no mesmo fim de semana e, olhando o jeito que seus cílios delicados descansavam sobre suas bochechas e sentindo seus cachos roçarem em meu queixo, cheguei à conclusão de que logo ficaria mal acostumado.
Beijei sua testa e ele sorriu, ainda de olhos fechados, enroscando mais suas pernas nas minhas e se aconchegando no meu peito.
- Bom dia, pequeno.
- Continuo mais alto que você. - Ele respondeu com a voz rouca por falta de uso e aquilo pode ou não ter tido efeito na minha ereção matinal.
- Na horizontal todo mundo é igual.
Harry riu e se virou de costas pra mim puxando meu braço para envolve-lo e ficarmos de conchinha. Péssima ideia, mas eu que não iria reclamar.
- Ei, Hazz, você não tem que avisar alguém que dormiu aqui? Seus pais ou sei lá.
- Hm, não.
- Ah, eles...?
- Não tenho pais. - Notei um tom meio estranho em sua voz e lembrei que Harry nunca tinha mencionado sua família.
- Sinto muito, baby. - Apertei meus braços na volta de sua cintura, sentindo o maravilhoso cheiro que os cachos dele emanavam.
- Tudo bem. - Ele entrelaçou os dedos nos meus. - E o seu pai?
- Que pai?
- Louis.
- Louis sou eu, não meu pai.
- Louis. - Harry continuou sério, mas com preocupação na voz.
- Eu costumava ter um pai quando era pequeno, mas depois que ele perdeu o emprego tudo desandou. E um cara que não se lembra dos seus aniversários, não vai a nenhum dos seus jogos do time de futebol do colégio, só se dirige a você pra reclamar do quão imprestável você é - aos 12 anos, devo acrescentar - e a única forma de carinho é com a cinta e com o chinelo... Bem, isso não um pai, eu acho.
- Lou.
Harry se virou pra me encarar, sem afastar nem um milímetro do seu corpo do meu.
- Tudo bem.
- Claramente não está. - Só entendi o porquê quando Harry secou uma lágrima estúpida do meu rosto. - Eu não entendo muito de relações paternas, mas sei que se você está chorando é porque isso ainda te magoa.
- Não to chorando.
Ele sorriu de leve, sem realmente alcançar seus olhos, e manteve sua mão em meu rosto, desenhando padrões aleatórios com seu polegar. Fechei meus olhos, aproveitando o carinho e suspirando.
- E como assim você não entende muito de relações paternas? Você era muito novo quando seus pais faleceram?
- É... Foi isso.
- Bom, eu posso ser seu daddy. - Falei afim de descontrair o clima, mas eu já devia saber que Harry não ia entender.
- Não entendi.
- Você não conhece daddy kink, conhece? - Ele negou com a cabeça e continuou me encarando com seus grandes olhos brilhando. - Hm, as pessoas às vezes chamam o... Parceiro de daddy na hora do sexo pra dar uma posição de dominante, que cuida de você e te faz sentir bem. Não como se fosse seu pai de verdade, isso seria estranho.
- Oh...
E isso foi o mais próximo de uma reação que ele esboçou, enquanto meu amiguinho voltava à vida dentro da minha boxer só de pensar em Harry gemendo tal palavra. Eu nem sabia se tinha esse fetiche, mas o garoto mais novo era tão inocente e tão disposto a aprender que seria um pecado não tratar ele como meu baby ou algo do tipo.
Nota mental: nunca mais chamar meu órgão sexual de "amiguinho".
- Oh? É tudo que você tem a dizer?
- Você quer que eu te chame disso?
- De que? - Era óbvio que eu sabia do que ele estava falando, mas eu nunca disse que prestava.
- Daddy.
E ok. Styles tinha uma carinha de anjo e aquela palavra havia soado tão suja em seus lábios rosados, ele a tinha pronunciado tão lentamente se demorando em cada uma das duas sílabas e arrastando a voz ainda rouca...
Antes que meu cérebro pudesse processar, eu estava chocando minha boca com a de Harry e, pra piorar, o cérebro dele parecia não ter processado também porque ele gemeu ao ter sido pego de surpresa.
Não é como se a gente estivesse falando sobre um tópico delicado um minuto atrás ou algo assim.
E eu juro que queria esperar mais, mas Harry era tão responsivo e chegava com seu quadril cada vez mais pra perto do meu. E o pior, ele estava só de cueca por não ter levado um pijama e se recusado a pegar um dos meus. Eu estava só de calças de moletom, sentindo a pele macia e quente de seu peitoral roçar contra o meu.
Puxei de leve os cabelos de sua nuca e ele gemeu mais uma vez, começando a mover o quadril pra cima e pra baixo, esfregando algo que parecia ser uma ereção novinha em folha contra a minha presente quase que desde o momento em que acordei.
Fiz Harry deitar de barriga pra cima, beijando seu maxilar, seu pescoço, uma das clavículas e descendo mais um pouco, beijando e dando pequenas lambidas em um de seus mamilos. Ele agarrou meus cabelos com ambas mãos, fechando os olhos com força, jogando a cabeça pra trás e partindo os lábios avermelhados.
Suas reações só me faziam ir com mais vontade, agora sugando o mamilo enrijecido e dando leves mordiscadas. Fiz o mesmo no outro e voltei a descer mais, beijando o interior de suas coxas pálidas e macias.
- Lou... - Harry gemeu meio que em tom de súplica, porque eu estava obviamente provocando. Não que ele soubesse disso.
Ele tentou alcançar seu membro, mas afastei suas mãos antes que pudesse ter qualquer alívio, posicionando-as na altura de seu peito.
- Daddy vai cuidar de você, baby. - E a julgar pela sua respiração desigual e gemidos, ele estava gostando daquilo tanto quanto eu.
Beijei o volume em sua boxer por cima do tecido e senti ele estremecer sob minhas mãos. Tirei sua cueca e finalmente o tive em minha boca, passando minha língua lentamente na volta de sua glande e descendo até mais da metade de seu membro, sugando até senti-lo contra o interior de minhas bochechas.
Subi e desci algumas vezes, os gemidos agora altos e agudos de Harry me dizendo que ele estava em seu limite. Arranhei suas coxas e sua bunda de leve com minhas unhas curtas e continuei subindo e descendo, sem desgrudar meus olhos do verde sem fim dos dele.
- Lou... - Harry gemeu agudo e longo mais uma vez com o resto de voz que ainda tinha, ofegando e completamente acabado, suas pernas tremelicando sob minhas mãos enquanto alcançava seu orgasmo - talvez o primeiro - e eu logo senti os curtos jatos em minha língua.
O tirei de minha boca e subi meu corpo até estar em frente à dele, beijando-o e sentindo o líquido viscoso deslizar por nossas línguas, querendo que Harry sentisse seu próprio gosto.
Eu não precisava de muito mais pra gozar, mas afastar nossos rostos e ver suas bochechas coradas e lábios inchados me deu uma ideia ainda mais suja.
Tirei minha calça de moletom e montei em Harry na altura de seu peitoral, começando a me masturbar em um certo ritmo e adorando a confusão no rosto do garoto embaixo de mim.
- Do que você ia me chamar, baby?
- Da... Daddy. - Ele respondeu ainda sem fôlego e usou suas mãos compridas pra envolver meu membro afim de me ajudar, me fazendo alcançar o orgasmo quase que instantaneamente e tingindo parte de seu rosto corado de branco.
- Tão lindo assim, meu baby.
Ele sorriu diante do elogio, então sussurrei mais alguns e beijei minhas covinhas favoritas uma de cada vez e depois seus lábios, mas agora de forma calma e doce.
Limpei seu rosto e deitei ao seu lado, virando-o de costas pra mim, abraçando-o e enroscando nossas pernas.
- Isso foi... Uau, Lou.
- Você é uau, Hazz. - Beijei seus cachos com um resto de cheiro de baunilha e suor, uma mistura viciante pras minhas pobres narinas. E então voltamos a dormir.

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MEUS AMORES, mil desculpas!!!!! Eu sou leitora também e sei o quanto é frustrante quando a autora toma um chá de sumiço :( é que a facul tá tomando muito tempo e tem tanta coisa acontecendo, eu também nem tinha mais inspiração pra escrever.
Sei também que esse capítulo foi mais curto, mas foi um smutzinho que espero que sirva como um mini pedido de desculpas e espero que tenha alguma alma lendo ainda!!!
Enfim, terça-feira é feriado graças a deus, então vou postar no mínimo mais um capítulo nesse fim de semana! Mas juro juradinho que vou tentar postar mais que isso.
Beijos, seus lindos e deem sinal de vida se ainda estiverem aí!

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⏰ Última atualização: Apr 17, 2015 ⏰

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