Hoje o dia tinha começado bem, acordei por volta de onze horas, sempre fui dorminhoca, mas na gravidez é surreal o tanto que durmo. Tomei meu café da manhã e depois fui fazer algumas tarefas da casa, só não lavei o banho para não correr o risco de levar um tombo. Na hora do almoço pedi comida, estava com preguiça de cozinhar qualquer coisa e como estou sozinha, não quis sujar nada porquê depois eu que teria que lavar. O motoboy que veio entregar a comida era super gatinho, flertei um pouco com ele, mas acho que assustei um pouco o menino.
Depois de comer, fui tirar um cochilo, coisa rápida duas horinhas só, até que ouço minha campainha tocando freneticamente, o quê me assusta já que não estava esperando visitas e os outros moradores da casa tinham a chave, então me levanto, vou até a porta olho pelo mágico e já abro.— O quê você está fazendo aqui?
— Você quer me matar de susto?
— Ué por que?
— Te liguei varias vezes e você não atende!
— Celular tá no silencioso.
— Emily você está grávida, não pode ficar com o celular no silencioso.
— Matheus o que você está fazendo aqui?
— Queria ver como meu filho está.
— Querido eu posso te garantir que ele está ótimo. * me sento no sofá *
— E como você tá?
— Cada dia com mais fome.
— Quer que compre alguma coisa?
— Na verdade eu aceito um sanduíche, você pode fazer também, tem as coisas aqui.
— Tá bom, eu faço.
Fomos para a cozinha e eu só vou indicando onde estão os ingredientes e como eu quero que fique.— Eu sumi por esses dias, pois estava no quartel em missão.
— Espero que não esteja quando o bebê for nascer.
— Sinceramente eu também espero.
— O que sua mãe achou de virar vovó?
— Ela disse que se eu achava que era mesmo meu, eu tinha que fazer a coisa certa, afinal quem pariu Matheus, segure e balance!
— O ditado é " Quem pariu Matheus, embale e balance"!
— Sério?
— Sim!! * ele me dá o sanduíche e já começo a comer *
— Você pensou no nome Matheus Junior? * começo a rir quando ouço *
— Deus me livre, o nome Matheus nunca nem foi uma opção!
— Por que!?
— Porque eu não sabia se você ia querer o bebê e Matheus Junior é horrível!
— Eu gosto!
— Claro que gosta é seu nome. Quer uma dica?
— Diz aí!
— Engravida outra garota e pede pra colocar esse nome.
— Não virei pai nem de 1 ainda, acho que vou deixar essa sua dia pra lá.Ainda estávamos na cozinha quando minha campainha toca novamente - ué estão dando doces aqui hoje? *penso* - me levanto e vou abrir a porta, mas dessa vez era alguém que tinha a chave. Era a Luiza minha melhor amiga e madrinha do bebê, ela está na faculdade de advocacia. Ela entra e já se joga no sofá.
— Aí amiga estou tão cansada!
— Você não tinha que está no trabalho essa hora?
— Na verdade eu vou ir daqui a pouco. As aulas dá faculdade foram cedo hoje, então pedi pra mudarem meu turno.
— Entendi..
— Aí Emy essa vida de trabalhar e fazer faculdade, não é pra mim!
— Imagino que deve ser difícil amiga.
* a abraço e ouvimos um barulho na cozinha *
— Quem tá aqui ?
— Matheus!
— O seu Matheus? * ela aponta pra minha barriga, então confirmo com a cabeça *
— Foi mal Emily, deixei o copo cair na pia, mas por sorte não quebrou.
— Tudo bem, essa é minha amiga Luiza, não sei se lembra dela.
— Lembro de vocês no corredor da escola.
— Oi, não sou só amiga dela, sou a melhor amiga e madrinha do bebê!
— Ele já tem os padrinhos? * pergunta ele *
— Só a madrinha por enquanto.
— Posso escolher o padrinho?
— Acho que isso não é uma boa ideia.
* comenta Luiza *
— Eu vou pensar, tá bom?
— Eu vou embora.
— Okay. Valeu pelo sanduíche.
* ele beija minha barriga e vai embora *
— Você não vai deixar ele escolher o padrinho né?
— Não sei, ele é o pai, também tem o direito.
— Nem sabemos se ele vai querer esse bebê até o final da sua gravidez!
— Como eu disse, eu vou pensar!
— É um babaca, mas é gato demais!
— Sim, uma graça!Ficamos conversando ali na sala por um tempo, até que minha irmã chegou por volta das 17 horas, o que era estranho pois não era seu horário de chegada e logo assim que à Hilary chegou, Luiza teve que ir embora, foi pro trabalho. Então questiono minha irmã o fato de estar em casa tão cedo se seu horário de saída é às 18 horas.
— Hilary Maria por qual motivo a senhorita já está em casa?
— To passando mal!
— Mesmo? Você parece ótima pra mim, o quê tem?
— Não sei, deve ser dengue.
— Para de falar merda garota! Sabe o que você tem? Vontade de matar aula.
— Deve ser isso mesmo.
— Vou contar pra mamãe, pra ver o que ela acha disso.
— Como está minha irmã favorita desse mundo? E meu bebezinho?
— Gente que falsa! Estamos bem!
— Amo vocês!Eu não iria contar pra mamãe que ela matou aula, já passei mal varias vezes na escola, uma vezinha só não mata. Sai da porta de seu quarto e fui para o meu, fiquei mexendo no celular e vendo vídeos aleatórios nas redes sociais. Mas então meus pensamentos são tomados, para a pergunta de Matheus, eu com certeza deixaria ele escolher, mas o que a Lu tinha dito, fazia total sentido, pois ele poderia não querer esse bebê até o final da gravidez, mas prefiro acreditar que isso não vá acontecer.
Quando minha mãe chegou em casa, contei sobre o dia de hoje e perguntei o que ela achava que eu deveria fazer, mas ela só responde que a decisão é minha e que devo fazer o que acho melhor para o bebê Ethan, resumindo continuei bastante pensativa.Luiza Helton, 18 anos
Fim do segundo capítulo, se você gostou comente e não se esqueça de votar!😙