Prólogo

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O NASCIMENTO DE APPLE BEATRICE ELISABETH WHITE, a princesa de Auradon, foi recebido com muita alegria

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O NASCIMENTO DE APPLE BEATRICE ELISABETH WHITE, a princesa de Auradon, foi recebido com muita alegria. Os sinos da igreja tocaram por horas, serviu-se champanhe à vontade no imenso castelo que a recém-nascida chamaria de lar e todo o reino parou de trabalhar para participar dos festejos organizados pelos pais da jovem princesa.

- Essa não é uma bebê comum – disse o padeiro ao ferreiro

Falou isso porque Apple Beatrice Elisabeth White não passaria a vida como princesa de Auradon. Esse era apenas um título de cortesia. A bebê – que possuía mais nomes do que qualquer criança da sua idade poderia precisar – era herdeira de uma das mais antigas e abastados reinados de Auradon. E seus pais, Branca de Neve e o Encantado, esperaram anos por esse momento.

No corredor do palácio, ninando o bebê que chorava em plenos pulmões, os pais quase explodiam de orgulho. Assistiram a seus amigos – todos membros da realeza – produzirem um herdeiro após o outro. Todos garantiram que sua linhagem continuaria, que seu sangue passaria para a geração seguinte da corte de Auradon.

Mas não a Branca de Neve e o Encantado. Embora sua tivesse concebido cinco vezes nos quinze anos de casamento, apenas duas gestações vingaram, e ambos os bebês nasceram mortos. Depois da quinta gravidez, que terminara com um aborto sangrento no quinto mês, médicos e cirurgiões disseram-lhes que não deveriam de jeito nenhum fazer uma nova tentativa de ter um filho.

A vida da rainha estaria em perigo. Ela estava frágil demais, fraca demais.

Mas Branca de Neve sabia o que mais desejava na vida.

Cinco meses depois, ela descobriu que estava grávida. A euforia imediata dela só foi ofuscada por sua resolução de que nada – absolutamente nada – estragaria essa nova tentativa. A rainha foi confinada à cama no instante em que soube da gravidez. Um médico ia vê-la todos os dias e, na metade da gravidez, ela encontrou o profissional de medicina mais respeitado de Auradon e lhe pagou uma alta quantia para que abandonasse o consultório e se mudasse temporariamente para o seu castelo.

E então, finalmente, chegou o momento decisivo. Toda a casa rezou pelo bebê, para que nascesse sadio, e alguns se lembraram de rezar pela rainha, que continuava magra e frágil apesar de sua barriga ter se tornado redonda e larga. Todos tentaram não nutrir muitas esperanças – afinal, a nobre já havia parido e enterrado dois bebês.

Até que Branca de Neve soube que Deus existe e ainda sorria para ela. Esperou um instante para que a parteira limpasse o bebê, então pegou a menininha nos braços como se esperasse a muito tempo para que isso acontecesse.

– Eu tenho uma filha! – Anunciou ela – Uma filhinha perfeita!

Enquanto os criados comemoravam e choravam de alívio, a rainha olhou para a minúscula princesinha e disse:

– Você é perfeita. É a Apple. E é minha.

O príncipe consorte, Encantado, queria levá-la para fora do castelo a fim de provar a todos que finalmente havia gerado uma menina saudável, mas como no início de abril o clima era um pouco frio, deixou que a parteira o devolvesse aos braços da mãe. O príncipe então montou um de seus cavalos premiados para comemorar, desejando a todos os que pudessem ouvir a mesma boa sorte que tivera.

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