Capítulo 1 • Artie Camelot

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NAQUELE MOMENTO ARTIE CAMELOT ESTAVA arrumando sua mala para frequentar a Auradon Prep

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NAQUELE MOMENTO ARTIE CAMELOT ESTAVA arrumando sua mala para frequentar a Auradon Prep. Sua companhia era ninguém menos que Pietro Liddel, filho da Alice. Os dois formavam uma dupla formidável, ambos altos e fortes, com cabelos loiros bem fartos. Mas enquanto os olhos de Pietro eram castanho-escuros, os de Artie eram azul-claros, extraordinariamente penetrantes.

Tinham sido esses olhos, mais do que qualquer coisa, que haviam lhe conferido sua reputação de jovem importante e influente. Quando encarava alguém com firmeza e determinação, a pessoa se sentia desconfortável se fosse homem e estremecia se fosse mulher.

Mas não Pietro. Os dois se conheciam havia anos, e o rapaz apenas ria quando Artie levantava uma sobrancelha e lançava seu olhar gelado para ele.

– Nem tente. Já vi você com a cabeça enfiada em uma privada – dissera-lhe Pietro certa vez. – Desde então ficou difícil levá-lo a sério.

– Sim, mas, se não me falha a memória, era você quem estava me segurando sobre aquele receptáculo perfumado – respondera o amigo.

– Um de meus melhores momentos, sem dúvida. Mas você teve sua vingança na noite seguinte, na forma de uma dúzia de enguias na minha cama.

Artie se permitiu sorrir ao lembrar tanto o incidente quanto a conversa sobre ele. Pietro era um bom amigo, exatamente do tipo com que um homem gostaria de contar em caso de necessidade. Havia sido a primeira pessoa que Artie procurara ao retornar à Auradon.

– Que bom que você resolveu estudar conosco, Artie – disse Pietro depois que os dois chegaram a escola – Ah, imagino que você prefira que eu lhe chame de Vossa Majestade agora.

– Não – afirmou Artie de forma categórica. – Esse sempre será o título de meu pai. Ele nunca atendeu por qualquer outro nome. – Fez uma pausa. – Assumirei o título dele, se for obrigado a isso, mas não usarei seu nome.

– Se for obrigado a isso? – Pietro arregalou os olhos. – A maioria dos homens não pareceria tão conformada diante da perspectiva de receber um reinado de herança.

Artie passou a mão pelos cabelos escuros. Sabia que deveria cuidar de seu direito de nascença e exibir um orgulho incontestável pela história cheia de glórias da família de seu pai, mas a verdade era que tudo aquilo o deixava mal.

Passara a vida inteira sem corresponder às expectativas do pai. Agora parecia ridículo tentar ficar à altura do nome dele.

– Esse título é um fardo maldito, isso sim – resmungou ele por fim.

– É melhor você se acostumar – disse Pietro de forma pragmática. – Porque logo será assim como todos irão chamá-lo.

Artie sabia que era verdade, mas duvidava que o nome algum dia lhe caísse bem.

– De qualquer forma – acrescentou Pietro, respeitando a privacidade do amigo ao não insistir num tema que claramente o deixava desconfortável –, estou contente por ter você de volta. Finalmente vamos ter um pouco de emoção por aqui.

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