There Is No Salvation [Short fic]

Six - Done

Cheguei

Oh, amor, me dê altos e baixos, quero aproximação, não roupas, não sinto vontade de ir para casa agora, você me deixou muito afim agora.

Mistakes - Tove Styrke.

-

Como é assustador se jogar assim.

Franzi os lábios e abaixei a cabeça, preocupada com a reação de Lauren ao saber que uma garota de 19 anos estava completamente apaixonada por sua pessoa. Uma vontade de chorar surgia feito fogo, queimando meus olhos com voracidade, enquanto meu punho se fechava, segurando a cobertor que cobria meu corpo já aquecido. Eu não conseguia olhar de volta para o seu rosto, eu tinha medo. Muito medo.

Uma fracote imbecil. Era isso que eu era.

Mas, como nesses filmes que tudo acaba dando certo, senti os dedos de Lauren contornando meu queixo, levantando minha cabeça com delicadeza, inclinando para a sua direção. Minha respiração pesou e meu coração acelerou, quando percebi que Lauren sorria, mostrando que realmente ela não era uma humana. Era uma criatura divina, por qual eu me jogaria nos abismos quantas vezes fosse necessário.

Seu dedo subiu para os meus lábios e acabei não me contendo e beijei-os, com medo e ao mesmo tempo desejo. Eu não sabia o que ela iria fazer, estava em choque, atordoada, envergonhada. Mas também tomada pelo desejo insano de tocá-la por tempo indeterminado.

— Camila... — Meu nome saiu de maneira tão atraente de sua boca, que gemi por impulso, inebriada. Por que é tão bom a sensação do errado?

— Lauren... — Levantei rapidamente, tirando a coberta que cobria meu corpo e em segundos, sentei em seu colo, me encaixando perfeitamente em suas pernas, sentindo seu cheiro inebriando meus sentidos. Passei a mão em sua nuca e joguei meu corpo para frente, finalmente realizando meu tão sonhado desejo, que ficou asfixiado aqui dentro durante tanto tempo.

Provar de sua boca tão proibida.

Não me importei com a forma desesperada que tomamos o beijo. Era um beijo incubado, não tinha como ser calmo, com em filmes bonitos de romance. Passei minhas mãos em suas costas, cravando minhas unhas em sua camiseta, enquanto suas mãos desciam pelas minhas costas, arrepiando cada pelo que consistia pelo meu corpo. E quando suas mãos apertaram minha bunda, gemi em resposta, parando com o beijo e deixando sua boca tocar meu pescoço ainda úmido pelos cabelos molhados.

— Lauren... — Gemi seu nome em resposta do toque de sua língua em minha clavícula, enquanto seu dedo passava pela alça da blusa de Olívia, quase a rasgando.

— Te quero tanto. — Sorri com a declaração, apertando ainda mais entre suas pernas, sentindo sua excitação, atiçando ainda mais o meu desejo de ficar ali, mesmo sendo inexperiente com tudo o que estava acontecendo.

Mas escutamos o barulho da porta.

Maldita porta do caralho.

Pulei do seu colo como um animal recuado e me recompus na cadeira onde estava sentada, colocando o cobertor de volta no corpo, completamente vermelha pela cena ocorrida segundos antes. Sorri de canto e agarrei a xícara tremendo, enquanto escutei a voz de Olívia e seu namorado ecoando pelos cômodos.

— Mãe? Camila? — Olívia gritou, enquanto chegava na cozinha, aos beijos com Nicholas.

— O que aconteceu?