Parte III

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Parte III

Felipe Rodrigues

Estacionei a moto e retirei  o capacete, passei os dedos entre os meus cabelos, agora com um corte mais moderno e curto. - Que calor é esse?- desço da moto e entro no restaurante.

- Felipe, estava procurando por você!

- Boa tarde, seu Alex. O senhor precisa que eu vá a algum lugar?

- S-Sim. Preciso que volte ao banco e pague essas faturas ainda hoje. - Estendeu um malote vermelho. - Passe no escritório e pergunte a Bia se ela tem algum serviço de banco, Assim você faz tudo de uma vez.

- Está bem. - Peguei o malote de sua mão, desci o zíper da jaqueta preta que eu usava e o guardei no bolso interno.

- Ah... Onde estou com a minha cabeça? Esqueci-me completamente de preencher o cheque e também de calcular o total das contas. - Alex disse exasperado, semicerrei os olhos tentando acompanhá-lo. Hoje ele estava agitado.

Fomos interrompidos pelo Carlos, o gerente bacana que se tornou o meu amigo em tão pouco tempo.

- Alex, tem um cliente querendo prestigiar o prato que você preparou. - Alex revirou os olhos e levou a mão a testa fazendo um gesto delicado demais para um homem do porte dele.

- Sabe fazer cálculos? - Perguntou-me. Sorri para a sua pergunta. Será que ele acha que sou analfabeto? Não deve ter lido a minha ficha com atenção.

- Claro que sei. - Falei um pouco ofendido. - Sei, e é o que eu mais tenho facilidade para fazer.

- Então essa será a sua missão a partir de hoje. Odeio essa parte burocrática. Os cálculos, bancos, papéis... Espere um pouco. - Ele foi até o escritório e voltou segurando um talão em mãos que pareciam ser cheques.

- Calcule as contas e preencha o cheque. - Destacou do talão uma folha e entregou-me. - Use uma calculadora, será mais prático.

- Pode deixar, eu farei tudo com atenção. Assim que eu voltar do banco, deixarei o comprovante de pagamento das contas no escritório. - Disse assim que peguei a folha de suas mãos.

- Amanhã você trás. Quando sair do banco, tenho certeza que o seu expediente terá encerrado. Boa sorte no banco!

Calculei as contas e preenchi o cheque com atenção, organizei tudo dentro do malote e segui para o escritório. Parei diante da porta grande de madeira, antes de bater à porta escutei uma voz... A voz dela! A voz da minha musa, daquela que ocupa os meus pensamentos antes de eu dormir, debaixo das cobertas com a mão no meu... - Tomo uma postura rígida e respiro fundo. Bato a porta. Escuto a voz da Bia minha patroa autorizando a minha entrada.

- Pode entrar!

Apesar dela ser uma das mulheres mais bonitas que já vi, não é ela a musa que me refiro.

Girei a maçaneta e empurrei a porta com cuidado. Antes de qualquer palavra, meu coração falhou entre uma batida e outra, meu olhos fascinados, minhas mãos transpiraram. Dona Fernanda...

Desde a primeira vez que a vi, quando ainda trabalhava como manobrista, ela passou a fazer parte dos meus sonhos surreais. Não tenho culpa de associá-la a uma seção longa de masturbação, ela é gostosa, provocante demais, e sempre está com esse brilho nos olhos. Tenho plena convicção que ela jamais se interessaria por um cara como eu, por vários motivos, porém em meus pensamentos os seios fartos dela ocupam a minha boca sempre que eu os imagino. Ah... Preciso dar um fim a essa minha condição.

- Olá, boa tarde! - Eu disse olhando para a Bia e depois para a minha Deusa loira que me encarava com os seus olhos verdes que me hipnotizaram instantaneamente. Não sou experiente, mas essa mulher parece estar sempre com vontade de... Ah, sei lá!

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⏰ Última atualização: Jun 21, 2016 ⏰

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