SCOTT SUFFOLK
Arranco minha camisa de meu corpo para tentar conter o sangramento dela.
Tiro um pedaço de sua blusa, coloco sobre o ferimento, enquanto com a minha dou volta em sua barriga para amarrar.
Não sei se isso adiantaria alguma coisa, mas faço de tudo para que Isa não perca a vida.- Sco... ah... Scott... -
- Não Isa, não se esforce por favor, afinal nós vamos sair daqui e vou te levar ao hospital. - Com minhas mãos, faço carinho em seu rosto.
- Eu... Eu te am... - Seus olhos se fecham e a mesma não consegue falar mais.
- Ela não vai aguentar irmãozinho. A vida dela já chegou no fim. - Sua risada ecoa por todo galpão.
Minha mãe põe suas mãos em meu ombro e pede para eu me levantar.
Dou um beijo na testa da Isa, então faço o que ela me pediu.- Agora que acabou de se despedir, vamos conversar um pouco. - Ele caminha até as cadeiras, se senta e pede para que nos aproximemos. - Só uma coisa... Não tentem fazer nenhum tipo de gracinha ou eu atiro no primeiro que estiver na minha frente. -
Naquele momento Alexia entra para ver o que estava acontecendo e parou na mesma hora que viu os corpos ensanguentados sobre o chão.
Isaac vai até ela para acalmá-la.
Carol parece estar muito espantada, afinal não ouço nenhuma palavra vindo dela desde que cheguei.- Esse é o momento de todos vocês tirarem as dúvidas. - Seu sorriso cínico me faz querer atirar contra ele para matá-lo. - Podem perguntar o que quiserem antes de eu começar a vingança. -
- Conte-me desde o início. - Exungo as minhas lágrimas e pergunto seriamente. - Por que e como você matou minha irmã e não eu ou minha mãe. -
- Boa pergunta. - Seus olhos fixam nos meus. - Tive um passado perturbador acredita? Meu pai... Na verdade, nosso pai morreu quando eu tinha apenas 4 anos.
Não foi uma morte normal e sim, torturaram até o mesmo não aguentar mais. Eles fizeram isso na minha frente a mando dessa filha da puta. - Seu dedo aponta para minha mãe. - Imagina como deve ser para uma criança, vendo alguém que ele amava morrendo lentamente com diversos tipos de torturas.- Como assim foi a mando de minha mãe? E me fala logo, por que a Melissa? -
- Sua querida mãe ficou com raiva após saber que meu pai havia mentido para ela. - Raphael faz sinal de negativo com a cabeça. - Ele só queria uma vida normal e não aquele inferno que o irmão fazia com ele. Então quando conheceu sua mãe, pensou que poderia ter uma nova vida, mas foi completamente enganado, pois essa vadia descobriu tudo sobre meu pai, o chutou para fora de casa. Não permitiu que o "pequeno Scott"... (Era assim que ele te chamava) pudesse ver o próprio pai.
E por fim, contou tudo a família Bennet sobre kirian ter um filho com ela, então a mesma queria uma parte da fortuna da família mais rica. Como não conseguiu, mandou matar meu pai bem na minha frente. -- Raphael, não foi exatamente assim que aconteceu... - Minha mãe foi interrompida por ele.
- Cala a boca sua desgraçada. A conversa é entre eu e o Scott. - A arma em sua mão é apontada para mim. - Continuando irmãozinho... Até alguns meses atrás você conseguiria imaginar o que é sofrer de verdade?
Acho que não, então nada melhor do que matar a pessoa que você mais amava, mas seria fácil apenas chegar e matar na sua frente. Eu tinha que fazer algo para ferir seu coração ao extremo, para sentir o que eu senti. -- Então isso tudo que foi feito, começou a ser feito desde que você chegou em Griffiwood. - Meu olhar se direciona ao chão.
- Eu já tinha planos de acabar com a família Bennet e família Suffolk antes mesmo de vir para cá, mas foi aqui que estudei todos vocês por mais de um ano, manipulei pessoas, fiz ameaças a elas de forma anônima e quando eu estava totalmente pronto, comecei meu plano. -
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Entre no Jogo - Atenda ou Morra
Mystery / ThrillerScott Suffolk, um estudante focado, visando seu futuro. Vive numa cidadezinha dos EUA, Griffiwood. Mas sua vida muda drasticamente quando recebe umas ligações e mensagens de um número desconhecido alegando ter um jogo para o Scott, onde vale a vida...