Em um dia de treino, Sakura e Sarada são teletransportadas para o passado por meio de um dispositivo criado por Orochimaru.
[Three-shot]
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Sasuke pulou para dentro da sala do Hokage pela janela escancarada e viu seu amigo dormindo sobre um amontoado de papéis com um filete de saliva escorrendo de sua boca entreaberta. Sem qualquer resquício de paciência, o Uchiha sacudiu rudemente o corpo de Naruto, fazendo-o despertar totalmente assustado.
— O que aconteceu? O que aconteceu? — Perguntou Naruto ainda sonolento.
— Sakura e Sarada estão no passado.
Naruto despertou de uma vez ao ouvir a fala de Sasuke, com o cenho franzido, questionou:
— Como você sabe?
— Há muito tempo, Orochimaru havia criado uma máquina do tempo para voltar ao passado, entretanto ela veio para o futuro.
— Ele ainda tem essa máquina? Temos que fazer algo!
— Não tem, mas creio que possa fazer uma — afirmou.
E os dois foram encontrar Orochimaru.
*
Sasuke fechou a porta atrás de si, Orochimaru e Kabuto estavam desacordados no laboratório, assim como foi solicitado por Sakura, o Uchiha apagou as memórias daqueles dois com seu mangekyō sharingan. Na sala, a qual a própria ninja médica separou, encontrava-se já pronta com os selos do fūinjutsu e toda a equipe Hebi estava posicionada no lugar certo.
— Quando chegarmos em casa, destruiremos essa geringonça — disse Sakura segurando o dispositivo de viagem no tempo.
— Faremos o possível para que Orochimaru não crie outra — completou Sasuke.
Sakura assentiu e abraçou Sarada que entrelaçou os braços na cintura da mãe, mas antes do clarão cegar todos, a Uchiha mais nova sussurrou:
— Adeus, papai.
Sasuke conseguiu entender o que a jovem havia dito e sorriu involuntariamente. Quando o time Hebi abriu os olhos, as duas mulheres já não estavam mais na sala, indicando que voltaram para sua época correta, em um tom sério, o ninja renegado, disse:
— Vamos começar.
Mesmo perdendo as lembranças daqueles últimos dias, Sasuke constantemente sonhava com uma Sakura adulta e uma menininha de óculos vermelho, por algum motivo, aquilo lhe aquecia o coração. Apesar de continuar imerso em tanto escuridão e destruição, ainda possuía esperança de que um dia seria feliz, que teria sua família e que amaria e seria amado. No entanto, nunca admitiria em voz alta que se sentiu genuinamente alegre com a visita repentina da sua futura família.
Sentiu algo dentro de si ao ver aquela figura de fios rosa, sabia que era Sakura, seu coração dizia isso e mesmo achando impossível essa afirmação ser verídica, não se surpreendeu quando lhe foi revelado a verdadeira identidade de Rei — ou Sakura. Nutria um enorme carinho e amor por Sarada desde a viu, como se ela fosse realmente sua filha, o que não era mentira. E Sakura, céus, não sabia expressar em palavras o quão feliz encontrava-se por ver que seu futuro se alinhou ao lado de uma mulher tão incrível.
Apesar de não se recordar de praticamente nada, tinha a sensação de que, no final, alcançaria tudo aquilo que queria.
E estava feliz com a família que construiu, não poderia pedir uma melhor.
*
Sarada abriu os olhos lentamente, estava em meio a um breu completo, óbvio, já estava anoitecendo e as copas das árvores atrapalham a entrada da luz até ali. Orochimaru conseguiu consertar a máquina em dois dias, o que era ótimo, mas não impediu da Uchiha sentir uma leve tristeza por não ter abraçado seu pai antes de partir e ter lhe dito que o amava e o esperava diariamente em casa ao lado da mãe.
Sublevando do chão, caminhou a passos lentos até o corpo de Sakura, que estava estirado um pouco ao longe, a sacudiu suavemente e chamou-a quase em um sussurro, o que despertou a mulher quase imediatamente. Com ajuda da filha, a matriarca Uchiha se ergueu passando as mãos na calça com a finalidade de tirar a terra da vestimenta, quando parou o movimento, analisou o ambiente em que estava e suspirou aliviada por conseguirem voltar. Com isso, jogou o dispositivo no chão e o quebrou com os pés, deixando-o em pedaços.
— Agora essa coisa não vai nos dar mais trabalho! — Exclamou Sakura limpando as mãos.
— Enfim em casa!
Sakura sorriu e entrelaçou seu braço com o de Sarada, iniciando uma caminhada até sua casa. No meio caminho encontraram Hinata e seus filhos que prontamente se aproximaram com expressões aliviadas.
— Graças aos céus, vocês estão bem — disse Hinata abraçando a amiga.
— Sarada! — Gritou Himawari se jogando nos braços da Uchiha.
— Olá Hima — cumprimentou com um sorriso.
Boruto sorriu e fez um aceno com a mão para a colega de time, Sarada devolveu o gesto e concretizou um bate a aqui com seu amigo.
— Estávamos todos muito preocupados, Sasuke até voltou para a vila — contou a matriarca Uzumaki. — Vão para casa, pedirei para avisarem que já as achamos e estão seguras.
Sakura deu mais um abraço em Hinata e retornou seu trajeto até sua casa junto de sua filha.
Assim que soube da volta de sua família, Sasuke correu para sua residência e quando adentrou no lugar, viu Sakura sentada no sofá com um quadro em mãos, Sarada não estava por ali, o que significava que já estava dormindo. O patriarca Uchiha se sentou ao lado de sua esposa, tendo finalmente a visão da fotografia que Sakura carregava em mãos. Era a primeira foto de família que tiraram.
— Gosto muito dela, sabe? É nossa primeira foto com todos juntos — comentou, guardando o quadro em seu lugar original.
— Eu também gosto muito dela.
Sakura repousou sua cabeça no ombro de Sasuke enquanto fechava os olhos lentamente.
— Depois que você foi embora, eu sonhava com uma mulher de cabelo rosa e uma garotinha de óculos vermelhos — mencionou.
— Isso é normal, o seu subconsciente não esquece e por isso que lembra desses momentos em sonhos.
— Sempre que sonhava com vocês... Me sentia amado, de certa forma.
Sakura puxou Sasuke para um rápido beijo.
— Nós te amamos, nunca se esqueça disso.
Sasuke anuiu com a cabeça.
— O que você falou para Orochimaru se convencer de que tudo que disse era verdade? — Perguntou curiosa e recebeu apenas o silêncio de seu marido. — Não posso acreditar! Você o ameaçou?!
— Não tive outra escolha — reiterou dando de ombros arrancando uma gargalhada de Sakura.
— Você é impossível.
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[Obrigada por acompanhar até aqui e perdão por qualquer erro de condordância e ortografico <3]
