mikasa - amor de criança

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Eu corria pelo campo dando risadas, me divertia um pouco para não ter que voltar para o trabalho de lavar roupa e limpar a casa.

- EREN! - escuto uma voz e vejo uma garota tentando acordar um garoto, eles estavam em baixo de uma arvore.

- mikasa... Você deveria cortar o cabelo.

Porque ela cortaria o cabelo? Ele é tão bonito, eles saem dali e eu vou seguindo eles, não que eu queira saber quem eles são mas, eles parecem ser legais.

- achei você! - sinto meus cabelos serem puxados pelo meu pai e sou jogada na cadeira da cozinha de casa - onde você estava? Já viu essa pia toda suja? E esse chão? Parece que não foi lavado a semanas!

- mas eu varri ele...

- mas nada! Vá fazer seus trabalhos! Eu não criei filha para ser vagabunda!

- sim senhor - me levanto da cadeira e começo a lavar os pratos, não eram muitos, na verdade eram bem poucos.

Terminei de lavar a louça e fui pegar a vassoura do lado de fora de casa quando vejo os garotos do campo, tem um garoto loiro com eles.

- ooi - falo indo em suas direções - eu vi vocês mais cedo no campo e queria saber se nós podemos ser amigos?

- não

- sim - ela e o garoto do campo falam juntos e eu fico confusa.

- mikasa, não podemos confiar em ninguém! E se ela espalhar nosso segredo ?

- eu sou boa em guardar segredos! - falo interrompendo ele - quer dizer, eu só queria ter amigos...

- a eren, ela parece ser legal - o loirinho fala - você quer vir com a gente?

- sim!

Nós fomos andando até um riozinho e ficamos conversando.

- o que você quer ser no futuro s/n? - mikasa fala e eu não sei se deveria contar.

- da tropa de exploração, meu pai fala que eu sou louca, mas sempre quis estudar sobre os titãs! Eu tenho uma irmã que trabalha lá, mas faz tempo que a gente não se fala.

- sério!? - eren fala e vem sentar do meu lado - eu também! Sempre quis sair pra fora da muralha e...

Eren é interrompido por um barulho muito alto vindo de fora da muralha, nós olhamos para ela e uma mão gigante aparece... Isso não é possível, existe titãs tão grandes assim? Não tem como ele...

Caio no chão ao ver um buraco na muralha, i-isso é impossível, a quase cem anos nunca aconteceu nada.

Me levanto do chão ao ver vários titãs passando a muralha, não... Eu não quero morrer hoje...

Saio de meu transe ao ser derrubada novamente porém por pessoas correndo, eu tenho que sair daqui! Eren? Mikasa? Armin? Onde vocês estão? Começo a correr desesperada até minha casa, eu preciso!

Viro a esquina e consigo ver meu pai na porta de casa, provavelmente me procurando para me dar uma surra ou saber se eu estou viva, quando nossos olhos se encontram eu começo a ir em sua direção, mas paro ao ver ele ser pego por um titã.

Parecia que estava em câmera lenta, ele se mexia como louco na tentativa de se soltar, o Tita não pensou duas vezes em coloca-lo- na boca e mastigar até engolir.

A dona Carmem me pega no colo e me tira dali, ela era minha vizinha, pelo visto também viu o que tinha acontecido, ela era apaixonada nele, ela me levou até um barco, cheio de gente, ela me coloca no chão e me olha.

- s/n, eu sei que é difícil, mas você precisa entrar naquele barco antes que os titãs cheguem até aqui, por favor - ela me da um beijo na testa e me entrega para o guarda falando o que tinha acontecido, ele concorda e me leva para dentro do barco.

Um tempo se passou e nós ficamos dentro da muralha rose, infelizmente os titãs conseguiram invadir a muralha Maria, eu não consegui mais encontrar os meninos... Infelizmente tiveram que mandar os adultos para ajudar, mas nem um voltou... Eu tive que trabalhar igual uma condenada e agora estou aqui, no treinamento para entrar na tropa de exploração, preciso ver minha irmã e garantir que ela ainda esta viva.

Depois de um longo discurso e ver a menina da batata correr várias vezes eu estou no refeitório comendo e conversando com uma garota que fiz amizade e quando eu levanto a cabeça eu vejo um cachecol, não é possível.

- mikasa!?

A garota me olha e eu abro um sorriso.

- s/n?

- EREN! ARMIN - me sento ao lado deles que me olham - eu achei que vocês tinham morrido.

- a gente também achou que você tinha morrido.

- eu? Nem, só o meu pai.

- a desculpa - mikasa fala e eu dou um pequeno sorriso.

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