Kai tem a mão direita no meu ombro e a outra na parede do box. Estamos cercados pelo vapor, e o barulho da água caindo abafa os nossos gemidos e murmúrios.
Ambas as minhas mãos estão apoiadas no azulejo molhado.
A mão esquerda de Kai deixa a parede e desce até a minha cintura. Então escorrega até o meio das minhas pernas. Enquanto faz repetidas estocadas, seus dedos começam a circular meu clitóris. Eu me contorço suavemente contra seus dedos, porque ele está exatamente onde deveria estar. Ele acelera o movimento, tanto os dos dedos quanto os dos quadris. Eu fecho os olhos. Sua mão deixa meu ombro para agarrar meu seio. Ele o aperta com força. Meus lábios entreabrem.
Eu gozo.
Kai não para. Ele aumenta a velocidade, sua mão deixa meu clitóris e volta para o azulejo. Ele está mais ofegante e seus movimentos ficam mais violentos. Eu fecho as mãos em punhos contra a parede enquanto sinto a fricção na minha pele sensível. Solto um grito estrangulado, e no momento seguinte, Kai solta um palavrão rouco. Ele goza dentro de mim, seu peito caindo sobre as minhas costas e o braço descansando na parede.
Kai não é gentil quando se trata de sexo. Mas eu não me importo. Acho que até prefiro dessa forma.
Depois que nos secamos, vamos para o quarto colocar a roupa. Já passou das dez e conseguimos escutar a movimentação do andar de baixo.
Dormimos até mais tarde hoje. Minha cabeça ainda lateja devido ao vinho que tomamos ontem a noite. Ficamos mais bêbados do que pretendíamos. Para ser bem honesta, nem me lembro de muita coisa depois do terceiro copo. Apenas de Mia capotando no sofá e Kai me ajudando a subir as escadas para o quarto, tão tonto quanto eu. Lembro de tropeçar em algum degrau, trazendo Kai comigo ao escorregar da escada. Acho que rimos. Também lembro que os meninos ainda não tinham chegado. Tenho a vaga lembrança de uma ligação e de Kai mencionar que eles tinham levado o homem e o irmão até a cidade, para o hospital.
Fico impressionada em como conseguimos dormir sem que os meninos tivessem chegado em segurança, principalmente Mia. Mas aparentemente deu tudo certo porque consigo escutar a voz grave de Colton do andar de baixo.
Já estou vestida e penteando os cabelos quando noto o olhar de Kai sobre mim. Ele já colocou as calças, mas está sem camisa. Segura a toalha branca na mão direita. Ele está parado do outro lado do quarto. Ele me olha longamente, com certa intensidade. É um olhar profundo. Lembra-me da vez em que ele me observou pela primeira vez, sentado na mesa ao lado de Colton e Felix. A lanchonete cheirava a blueberry porque os cupcakes tinham acabado de sair do forno. Era o começo da tarde. O sol refletia pela janela em seu rosto bonito e seus cabelos tinham um brilho diferente de dourado. Os olhos dele se fixaram em mim de uma forma desconcertante. Como agora.
— O que foi? — indago.
Kai pisca e um sorriso bem sutil quebra em seus lábios. Ele faz um movimento quase imperceptível com a sua cabeça.
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Quando Pecadores Rezam
Mystery / ThrillerEspancadas. Violentadas. Assassinadas. Já é a quarta garota que morre na pequena e sinistra cidade de Kerent. O assassino ainda está a solta, rondando por Kerent como um animal faminto, à procura de sua próxima vítima. Nora Conaill tem a vida tranqu...