Dangels

Capitulo 13

- Shhhhh, cala a boca! Vai acordar o bebê - ele fala correndo em direção a mim e tampando minha boca, tornando notável seu hálito carregado de álcool.

- Que susto! Achei que a casa estivesse vazia... - empurro a mão dele da minha boca e paro pra pensar - bebê? Que bebê?

- O meu - ele fala pegando uma garrafa de Vodka do chão.

- O seu? - arregalo os olhos surpresa. Como assim o Harry é pai?

- Não, o seu - ele fala embolado e aponta pra mim.

- Hã? Meu? - falo com a voz um pouco fina demais - Harry, você está bêbado!

- Eu ou você? - ele pergunta sentado no chão e pondo a garrafa na boca.

- Você! Eu nunca bebi algo alcoólico.

- Talvez eu esteja - ele sorri e fica rindo igual um besta.

- Harry para, levanta, chega de Vodka por hoje, já ta demais - falo indo segurar seu braço para levanta-lo.

- Wow Wow Wow, não me prenda policial, não fui eu que matei ele - ele choraminga enquanto levanta.

- O que? Não vou te prender, relaxa..

- Pois eu acho que devia - ele sorri

- Porque?

- Porque o que?

- Porque acha que eu devia te prender?

- Prender? Prender quem?

- Você!! - digo já sem paciência. Ô menino chato.

- Porque? Sou inocente!

- Ah Harry já chega, me da essa garrafa - digo pegando-a da sua mão, mas ele a puxa de volta.

- Não!!!! Eu acabei de roubar ela da loja de seu Joaquim!!

- Loja de seu Joaquim? Para de falar besteira, você não roubou nada!

- Já roubei tudo - ele ri - essa casa, o carro, o dinheiro...

- O que? - arregalo os olhos. Ele não pode estar falando sério. Não mesmo, ele está bêbado!

- O que o que?

- O que você roubou?

- Nada delegada, já disse que sou inocente! - ele levanta as mãos.

Reviro os olhos e puxo a garrafa de vez e a jogo no chão, quebrando-a e derramando o líquido.

- Porra garota olha o que tu fez?!?! - ele grita.

- Cala a boca Harry, você já bebeu demais e não está falando coisa com coisa!

- Desculpa mamãe

- Não sou sua mãe!! - grito.

- Não é? - ele fala e arregala os olhos. Põe a mão na boca e começa a chorar.

- Porque você está chorando? - ponho as mãos na cintura.

- Porque você não é minha mãe - ele soluça - isso significa que sou adotado! Porque porra você não me contou isso antes? Eu te tratei tão bem e tão mal!

- Já chega, vem, vou te levar pro seu quarto - digo puxando a mão dele.

- Pro quarto? Quer transar comigo é? - ele diz assustado - ninguém se oferece assim, isso é coisa de puta, quanto é uma noite com você?

- EU NÃO SOU ESSA COISA QUE VOCÊ FALOU TA BOM?!?! SO ESTOU TENTANDO TE AJUDAR!

- NÃO GRITA COMIGO!