Jeffrey Dahmer

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Edwards continuava afirmando que era amigo de Dahmer, tentando acalma-lo, dizendo que não tentaria escapar. Edwards havia decidido que ou ele pularia da janela ou ele sairia correndo pela porta na primeira oportunidade. Edwards pediu para usar o banheiro e depois perguntou se poderia sentar-se, com uma cerveja, na sala de estar, onde havia ar condicionado. Dahmer consentiu e os dois foram até sala quando Edwards deixou o banheiro.

Alguns momentos depois, ele pediu novamente para usar o banheiro e quando se levantou, ele percebeu que Dahmer não estava segurando suas algemas. Aproveitando-se disso, Edwards bateu na cara de Dahmer com força, derrubando-o, e depois correu a toda a velocidade em direção a porta.

As 23h30 da noite de 22 de julho, Edwards bateu de frente com dois policiais, Robert Rauth e Rolf Mueller, na esquina da rua North 25th. Os policiais notaram Edwards, um homem negro, com algemas, num bairro com índices de criminalidade acima da média, e se aproximaram com cautela. Edwards afirmou que ele havia sido detido por um "maluco" que colocou algemas nele e então pediu para os policiais removerem elas. Quando estes não conseguiram, Edwards concordou em acompanhar os policiais a voltar ao apartamento onde tinha passado as últimas cinco horas.

Quando os dois policias chegaram no apartamento 213, Dahmer, aparentando calma, convidou os policiais para entrar e reconheceu que ele havia colocado as algemas no rapaz, embora não tivesse justificado a ação. Edwards então informou aos policiais que Dahmer apontou uma faca para ele e que isso havia acontecido no quarto. O policial perguntou então onde estava as chaves da algema, com Dahmer respondendo que estavam perto da cama dele. O policial Mueller fez questão de ir pessoalmente pegar as chaves e quando Dahmer disse que ele mesmo podia faze-lo, o oficial Rauth respondeu de forma ríspida para ele ficar onde estava.

No quarto, Mueller notou que de fato havia uma faca perto da cama. Ele também viu uma gaveta aberta e percebeu que havia várias fotos polaroides dentro e quando olhou elas de perto, ele viu que eram fotos de corpos desmembrados. Olhando aos seus arredores, ele também notou que estas fotos foram tiradas naquele mesmo quarto. Mueller rapidamente saiu do quarto, com as fotos na mão, afirmando "isso é de verdade" e depois gritou "algeme-o".

Percebendo o que estava acontecendo, Dahmer resistiu quando o Rauth tentou detê-lo, mas os dois policiais não tiveram muita dificuldade em prende-lo, o algemando pelas costas e então pediram por reforços. Com Dahmer detido, o oficial Mueller conduziu uma pequena busca pelo apartamento e ao abrir o refrigerador, notou as sacolas com carne humana e uma cabeça decepada de um afro-americano na prateleira de baixo. Enquanto isso acontecia, Dahmer, forçado no chão pelo policial Rauth, virou a cabeça para ele e disse "pelo que fiz, deveria estar morto".

Ainda no meio da noite, especialistas do Escritório de Investigação Criminal de Milwaukee começaram a realizar uma busca minuciosa do apartamento, descobrindo um total de quatro cabeças decepadas na cozinha de Dahmer, enquanto um total de sete crânios, alguns pintados e outros branqueados, estavam no quarto dele e dentro do armário de roupa.

Além disso, os investigadores descobriram pingos de sangue gotejando em cima de um tabuleiro na parte inferior do refrigerador de Dahmer, além de dois corações humanos e uma porção de um músculo de braço, tudo dentro de sacos plásticos em cima de gaveta. No seu freezer, havia um torço humano completo além de um saco cheio de órgãos e carne humanas. Em outros locais do apartamento, foi encontrado dois esqueletos inteiros, dois pênis cortados e preservados, um escalpo mumificado e um tambor azul de 215 litros que continha três torsos desmembrados sendo dissolvidos em ácido.

Os policiais encontraram ainda um total de 74 fotos polaroide mostrando corpos desmembrados e mutilados das vítimas de Dahmer.
O médico legista chefe no local afirmou que o trabalho dos policiais e investigadores no apartamento de Jeffrey Dahmer parecia mais com desmantelamento do museu de alguém do que uma cena de crime real.

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