POV S/n
Ainda estava atordoada com o que aconteceu. Já havia amanhecido, e era possível contar quantos haviam perecido na batalha. O sangue de Gustavo ainda estava em minhas mãos, fui até a margem para lavar, a água percorreu meus dedos, levando a lembrança física da dor que estava sentindo. Ao meu redor, um antigo conhecido que havia virado um inimigo, e um amigo próximo que achava que conhecia bem, ambos imoveis, gelados. Ainda conseguia ver o sorriso de Gustavo segurando minha mão pela última vez.
Os que estavam dentro da caverna saem, e meu pai acena com a cabeça. Foi feito, a flor foi destruída. Ele vem em minha direção, vê, e entende. Não contenho mais as lágrimas e deixo elas caírem, a única coisa que podia fazer agora era chorar. Ele me abraça e sinto que ele deixa algumas lágrimas escaparem também. Remus está sentando em uma pedra, vendo a a forte correnteza levar as folhas que caiam.
Moody- Como esse morreu?
Ele pergunta olhando para o meu antigo colega de escola. Eu e Remus nos entreolhamos, ele se levanta e vem minha direção.
S/n- Eu~ a voz parece que ficou presa e limpo o rosto~ eu precisei.
Moody olha surpreso em minha direção e olha para Remus.
Remus- Ela precisou, se não ele a mataria.
Moody- Devido as circunstancias, isso não será citado quando perguntarem sobre a missão.
Assinto com a cabeça. Alastor Moody, o auror que enche Askabam, me absouveu. Não quero sair dali, sinto se voltar para a escola vou vê-lo em todos os cantos. Batendo a cabeça nos galhos baixos por ser a pessoa mais alta que conheci, as vezes rindo de entusiasmo por algum motivo, fazendo suas piadas ruins por saber que eu tenho um riso frouxo.
Remus se aproxima e abre os braços, afundo minha cabeça em seu pescoço, ele cheira a coisa limpa, a segurança. Ele faz carinho no meu cabelo e beija o topo da minha cabeça.
Remus- Precisamos ir.
S/n- Não posso deixar ele aqui.
???- Vamos leva-lo para escola.
Olho para trás e alguns curupiras saem de trás das arvores.
??- Já levamos os outros, e vamos leva-lo agora.
Aceno com a cabeça. Abraço novamente Remus e ele dá as mãos ao meu pai. Aparatamos.
Estamos em um dos corredores próximos a sala da diretora.
Ben- Ela quer ver você.
S/n- Precisa ser agora?
Ben- Ela disse assim que voltássemos.
Começamos a andar em direção a sua sala, meus pés doem, minhas costas também. Queria poder deitar e dormir, acordar quando tudo já tivesse passado, quando essa dor parasse. Mas acho que nunca vai parar de doer.
Chegamos em sua sala e ela está sentada em sua cadeira lendo, seus olhos na ponta do nariz. Olha por cima dele quando entramos. Ela levanta e espera que mais alguém entre, mas a porta se fecha novamente só com nós cinco.
Benedita- Minha querida ~ela abre os braços e eu a abraço~ Ele fará muita falta.
Ela me solta e eu deixo mais uma lágrima escapar, ela a limpa com o polegar. Apesar da escola ser bem grande, ela consegue ser bem próxima de todos, todos a amam e a respeitam muito. Ela volta para detrás da mesa e abre uma gaveta. Tira um envelope de dentro selado com cera roxa, a cor favorita dele. Eu já entendo, as vezes ele era um pouco previsível, ele daria um jeito de ter a última palavra.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A prima do Pontas {Remus Lupin × S/n} PAUSADA
FanficComo uma estudante do Castelo Bruxo teve, por causa do Lorde das Trevas, sair do Brasil e foi estudar com o primo. Novas amizades, dramas e romance esperavam por ela. Um romance entre S/n e Remus Lupin. 2º Lugar- Tag Remus Lupin: 25/05/2020