Prólogo

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Sons de galope preencheram a noite quieta enquanto o cavaleiro instigava seu cavalo a ir mais rápido. Não fazia muito tempo desde que recebera um pedido desesperado de seu querido amigo; Uma carta informando-lhe de que não somente sua vida corria perigo, mas, também as vidas de seus entes queridos.

“Meu querido amigo é com grande urgência que lhe escrevo esta carta; Por favor, no momento em que ler isto venha ao meu encontro. Fiz terríveis descobertas que colocam a existência de seu clã em grande perigo. Descobertas essas perigosas demais para serem colocadas em uma simples carta; na verdade minha vida pode estar comprometida neste exato momento, porém, eu não posso deixá-lo no escuro sobre isto. Por favor, meu amigo, venha ao meu encontro o mais rápido possível, vidas estão em jogo; temos que agir. Sinceramente, seu amigo Chou Minho.”

As palavras que ele leu naquela carta ecoavam pela sua cabeça, e sua mente se perguntava o que poderia ser essa ameaça iminente que seu amigo mencionou; seja lá o que fosse, era algo grave para que lhe escrevesse uma mensagem tão urgente. O cavaleiro tinha suas suspeitas, suspeitas essas que o vinham fazendo perder o sono já a algum tempo. Por essa razão ele se encontrava agora galopando tão tarde da noite em direção a casa de seu amigo, isso somado com a urgência de seu pedido só serviu para deixá-lo mais preocupado.

“Bem... Ele mesmo falou que eu fosse encontrá-lo assim que lesse a carta, não é minha culpa que a carta foi entregue ao meu irmão por engano e só agora pus minhas mãos nela.” Fora o pensamento do jovem cavaleiro. “Tenho certeza que não se importará com uma visitinha no meio da noite.” E com isso ele seguiu sua missão.

...

Fumaça e fogo borravam sua visão quando o jovem guerreiro despertou de seu sono no meio da noite, sua esposa igualmente desorientada ao seu lado. Assim que percebeu o que estava acontecendo seu corpo reagiu e ele estava de pé.

“As crianças!” Ele ouviu sua esposa gritar, agora também desperta.

E como em piloto automático ambos reagiram e rapidamente correram pra fora do quarto cada um seguindo para uma direção. Estava quente, quente demais até para pensar, mas, eles precisavam agir, seus filhos dependiam deles. No caminho para o quarto de seu filho, encontrou-o no corredor tossindo.

“P-Papai?” Ele perguntou, tentando ver através da fumaça. "O que está acontecendo?” O garoto perguntou ainda confuso tendo acordado com a alta temperatura e a fumaça sufocante.

"Está tudo bem filho, estou aqui com você.” Ele disse pegando a criança em seus braços. “Vou tirar você daqui, prometo.” Com isso ele correu com seu filho em direção a porta de trás de sua casa, ficava cada vez mais difícil movimentar-se pela casa em chamas, difícil de ver e respirar.

Finalmente chegando à saída o homem estava sozinho com seu filho, sua esposa já deveria estar de volta com sua filha, porém não estava atrás de si quando ele abriu a porta, a maçaneta quente queimando sua mão.

“Eunwoo, olhe pra mim.” Tentou ganhar a atenção de seu filho assim que saíram da casa. “Eu tenho que voltar e ajudar sua mãe e irmã, certo.” Ele disse colocando o menino no chão.

“Mas... Mas pai... é perigoso.” Ele estava assustado, agora do lado de fora ele podia ver o que estava acontecendo.

“Eu sei filho, mas eu tenho que fazer isso! Elas ainda estão lá e precisam da minha ajuda.” O homem ajoelhou em frente ao seu filho. “Aqui, pegue isto.” Ele tirou o medalhão em seu pescoço e colocou no menino. “Me escute; Eu quero que você corra, tudo bem? Corra até a casa da senhora Kang, diga a ela que busque ajuda e fique lá.” Foi a ordem.

A Raposa e a Flor de LótusOnde histórias criam vida. Descubra agora