Maria e João

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A que ponto chegamos?
Onde só se deseja rimar
Cantar até ficar sem ar
O ritmo da futilidade

Para onde vamos?
Onde há mais orgias
Transar até que se perca a magia
E comemorarmos a infertilidade

Aonde é que nós erramos?
Quando perdemos nosso amor
E no lugar dele pôs-se rancor
Apoiando-se em falsas verdades

Por que é que deixamos?
Nos movemos pelo conforto
E hoje me confronto
Sobre minha própria utilidade

Sei rimar
Falar
Andar
Mas não faço nada com isso
Corto com meu canivete suíço
Partes da minha felicidade
Parte com ela todos meus disperdícios
Para que haja felicidade.

Textos da Revolta de Um Jovem Onde histórias criam vida. Descubra agora