Bom, hoje eu estarei de folga para dormir melhor e arrumar minhas coisas em um dos quartos. Irei dormir no quarto de empregados. Não preciso de muito espaço, eu tenho pouca coisa.
* Alguém bate na porta do quarto *
- Pode entrar. - Eu digo.
- Olá, minha consagrada! Como está sendo o nosso primeiro dia? - Bethanye perguntou na maior empolgação.
- Eu estou bastante cansada, vou ficar por aqui mesmo, dona Bethanye.
- Rãahãm...
- Ai, desculpa! Eu chamo todas as pessoas importantes assim. Desde pequena, e até hoje eu chamo minhas professoras de "Dona". Significa respeito onde eu moro.
- Jurava que era porque estou ficando velha. - Ela disse.
- Não. - Eu sorri.
- Então, estou aqui para te mostrar isso...
*Escola Estadual Prof. Renato Angelini*
Intenção de vaga: Soraya Esposito Fontana*- É... A... Vo... Você já me matriculou numa escola??
- Claro! Você vai estudar de manhã e trabalhar à tarde.
Foi então que abracei Bethanye.
- Muito obrigada, mesmo! Eu vim para trabalhar com você e te ajudar, e quem está me ajudando é você.
- Imagina, minha querida. Agora descanse um pouco, mais tarde eu peço para a Neide te chamar para o chá da tarde.
Então ela saiu e fechou a porta. Então organizei minhas coisas e gui dormir.
De repente eu começo a sonhar.
* Eu estava com um vestido azul bem comprido, meus cabelos ruivos estavam soltos, e eu andava em cima de um palco com um salto preto*
- Soraya Esposito Fontana! - Alguém falava meu nome enquanto me entregava um canudo de formatura.
Logo em seguida, chamaram Victor para pegar o canudo dele.
*No fim, eu tirava foto com todos os meus amigos: Diego, Fernanda, Rafael, Roberta e Victor*
Próximo ao palco tinham muitas cadeiras enfileiradas, e em uma das fileiras estavam: Daphny, Sophia, Ethan e meu pai. Eu não vi minha mãe. Mas eles me olhavam sorrindo, um tanto orgulhosos de mim.
Então, eu peguntava:- Onde está a mamãe, achei que ela iria vir.
Então, Sophia deitava a cabeça em Daphny, que olhava para o meu pai:
- Soraya, você não se lembra? - Disse meu pai.
- Do que vocês estão falando? - Perguntei.
- A mamãe nos abandonou. - Sophia respondeu.
- Como assim?? - Fiquei confusa.
- Não, Sophia. Ela apenas nos deixou. - Daphny dizia.
- Não! Não!! Nãão!! - Eu tentava falar, mas não saía.
Então eu gritei:
- Nããooo!! No dia da minha formatura, não!!!
Neide ouviu e foi ver o que estava acontecendo:
- Soraya!! Eiii!! Sorayaaa!! O que foi??
- Um pesadelo, Neide. Me desculpa. - Eu falava com falta de ar.
- Vamos descer. Está tudo bem? Vou preparar um cházinho de camomila para você.
- Está sim, muito obrigada, Neide. Eu já vou descer.
* Então, Neide saiu do quarto, e eu comecei a sentir dor na nuca e estava vendo tudo embaçado. Como se tivessem duas cômodas na minha frente e dois guarda roupas.*
Logo em seguida, eu chamei a Neide de novo. Disse que estava mal, e ela me levou até a sala e pegou o medidor de pressão da Bethanye.
Segundos depois...
- Soraya! 15 por 8!! - Ela exclamou preocupada.
- Que que tem 15 por 8, Neide?? - Bethanye entrou na sala e percebeu que a Neide estava me "socorrendo".
- Dona Bethanye, Soraya está com a pressão muito alta! Devemos levá - la até a Santa Casa? - Neide sugeriu preocupada.
- Não, Neide. Vamos fazer o seguinte, prepara um suco de capim - limão, por favor? - Bethanye sugeriu, sentando ao meu lado no sofá.
- Sim, senhora, dona Bethanye.
- Soraya, minha consagrada. Acho melhor você preencher uma ficha pra mim. Vou imprimir em meu escritório, algumas perguntas. Nada demais, é só responder mesmo.
- Ah, claro, dona Bethanye.
- Tá de sacanagem com minha cara?! Só não vou te corrigir porque você está mal. - Ela sorriu.
Então, tomei o tal do suco de capim - limão e eu me senti bem melhor. A Bethanye até brincou dizendo que se ela tomar aquilo, ela desmaia de sono, porque ela tem pressão baixa.
Continua...
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400 Primaveras
RomanceUm casal que se ama muito, mas infelizmente vive um dilema: A diferença de idade entre os dois. Não chega a ser algo tão alarmante, mas eles decidem esperar. Nem que para isso, tenham que enfrentar 400 primaveras. Muita coisa pode acontecer até l...