CAP 3 - JULIE, VOCÊ CONSEGUE. A MAMÃE TE AMA.

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De mim pra vocês: Me incentivem a continuar, sua estrela é importante e seus comentários me dirão se estou no caminho certo, se virão sempre voltar mais. Tenho expectativas pra esse conteúdo e seria muito bom saber se estão comigo ou não. Um forte abraço, Lu.

[Falas referenciadas, ações representadas pelo símbolo "*"]

SEJA BEM VINDO! ESPERO QUE CURTA E VOLTE MAIS VEZES

POV - JULIE

Eu não vou a garagem a meses, era meu refúgio aquele lugar e agora eu queria sair correndo, chorar no meu quarto, qualquer coisa menos ficar ali. Então eu congelei, meus batimentos cardíacos subiram, minhas mãos suaram, minhas pernas começaram a formigarem no momento que eu vi o piano coberto, eu nem sabia que o papai tinha protegido ele, era a marca da mamãe, passávamos todo o tempo livre na garagem, cantando e compondo.

Tudo ali me lembrava a perda da mamãe, me lembro do esforço que ela fez pra me manter forte, não parar de cantar ou compor e depois que a mamãe ficou acamada eu simplesmente não conseguia mais, não conseguia nem falar de música mais, era doloroso demais.

Luke estava na minha frente, movimentando a mão com semblante estranho, eu buguei na frente dele. Tentei agir normalmente, mas ele foi direto no meu ponto fraco, música. Ouvi a voz dele ao fundo até realmente conseguir ouvir sua fala com real foco naquela conversa. - Luke - Julie, você toca?-. *Eu mentir na cara dura, não sei porque mas não estava pronta pra falar disse, falar essas coisas em voz alta, ele ainda era um desconhecido pra mim.* - Não, não toco não, essas coisas são da minha mãe.-

*Olho pro piano e bateu uma saudade da mamãe* - Luke - Ela é uma baita de uma compositora!- *ele diz com satisfação, nem conheceu ela, pego a folha da mão dele e digo sem muito entusiasmo. - Ela era sim.. mandava muito bem *olho pra folha e vejo notas, palavras, eu não tinha tempo pra isso*

Julie - Vocês fiquem a vontade, tu lembra do acordo, sem mortes e sem levar nada, podem levar os instrumentos se quiserem, a mamãe que os guardou, sempre disse que os donos os pegaria, "uma vez músicos, sempre músicos!" *forcei um sorriso, ele estava fixo em me olhar, parecia querer me decifrar* são de vocês mesmos, mas não levem nada além disso, temos um novo acordo Luke? *

A ficha caiu, percebi o que acabava de dizer, "uma vez músicos, sempre músicos". Ela repetia isso sempre, principalmente quando ela estava prestes a partir. Eu precisava sair dali, urgente* Julie - Eu preciso fazer uma coisa, volto daqui a pouco, pode cuidar dos seus amigos? Posso confiar em ti com eles sozinhos?-

*Ele acenou positivo com a cabeça, parecia que ia perguntar algo mas desistiu, comecei a caminhar indo até a porta da saída da garagem, me assustei sentindo um aperto leve no meu braço, olhei pra trás e vi o Luke segurando meu pulso, dava pra vê que ele estava muito tímido* Luke - Eu sinto muito pela sua mãe Julie, muito mesmo.

*Ele sacou tudo, engoli seco e prendi os lábios fazendo um esforço enorme pra não chorar na frente daquele garoto*, falar da mamãe acabava comigo de todas as formas possíveis, minha ansiedade atacou depois da morte da mamãe, tive muitas crises, hoje estou bem, na medida do possível mas ficar falando disso não me ajuda muito.

Julie - Eu sei e obrigada. Eu preciso de 1 minuto, mas volto depois. *Ele deslizou os dedos do punho até a minha mão, apertou um pouco, sorriu e soltou ela, colocou as mãos nos bolsos e esperou até que eu entrasse, vi ele entrar na garagem de volta pela janela, subir pro meu quarto, peguei um comprimido sublingual, minha ansiedade estava dando sinais, sentei no chão perto da cama, peguei a partitura que o Luke achou, comecei a ler mas vi a assinatura da mamãe, sussurrei a mensagem escrita por ela* - JULIE, VOCÊ CONSEGUE. A MAMÃE TE AMA.

Julie e Luke - Um recomeço a dois.Onde histórias criam vida. Descubra agora