Im Gonna Getcha Good

Striper's house, here we go!

Porém, antes que pudéssemos nos beijar de verdade, o filho da puta desgraçado e inconveniente do Mahone abriu a porta.

Filho.

Da.

Puta.

Apenas.

- Detetive Jauregui, eu trouxe a identificação das testemunhas que a senhorita solicitou. – Lauren automaticamente virou-se para os papéis, pondo o dedo em cima de um deles e fingindo me explicar alguma coisa. Eu tinha perdido todo o raciocínio lógico. O que eu quase acabei de fazer? Eu ia beijar a demônia da Jauregui! Onde eu enfiei a cabeça? Tá, ok, eu sempre a achei muito atraente desde o colégio, porém, não significava que eu deveria ter algo com ela, significava? E claro que um beijo não é ter algo com uma pessoa, mas nunca se sabe o que pode acontecer... Eu não deixaria acontecer de novo. – Detetive Cabello, você voltou de férias! – Mahone sorriu. Aquele aspirante a policial sempre ficou de olho em mim, mas, para a infelicidade dele, eu não sou hetero.

- Sim! – Sorri forçado.

- É bom ter você de volta. – Seu sorriso se alargou e eu percebi um olhar feio de Lauren para ele e em seguida para mim. Ah, então Jauregui estava com ciúmes? Que comecem os jogos.

- É bom saber que Simon não te transferiu! – Alarguei o sorriso, não por estar interagindo com Mahone, mas por ver Lauren bufar, pegar alguns papéis das mãos do Mahone e digitar alguma coisa no computador.

- Dei sorte... – Garotinho sem assunto dos infernos. Ah, Lauren, se eu não te quisesse tanto nua, nem olharia na cara dessa praga.

Eu não entendia porque, de uma hora para a outra, queria tanto fazer sexo com aquela humana. Quer dizer, eu a odiava e vice versa, mas claro que, com aquele rosto e aquele corpo, qualquer ser pensante iria desejá-la. Talvez fosse porque hoje eu percebi algum interesse dela em mim. E torturar a pessoa que eu odeio para no final de tudo jogá-la na minha cama – cama, chão, mesa, qualquer coisa – era uma das melhores sensações do mundo.

- E então, Detetive Cabello, como foi de férias? – Austin perguntou, cruzando os braços, como se não tivesse nada melhor para fazer.

- Garoto, você não tem trabalho para fazer não? – Lauren me beija, na boa. Impediu-me de responder uma pergunta daquele babaca e ainda pôs ele no lugar dele. – Está atrapalhando quem realmente deseja fazer algo pela cidade de Miami.

- Pode ir, Mahone. – Dispensei-o delicadamente, enquanto sorria. Ele sorriu de volta e saiu.

- Cabello, descobri o endereço de trabalho da nossa primeira vítima. – Jauregui falou com a voz mais seca e mal humorada do mundo, digitando algo, sem olhar para mim e com uma sobrancelha arqueada. Eu não sabia por que, mas aquilo me dava tesão.

- Onde? – Perguntei indiferente.

- Dream Hot.

- O que? – Larguei os papéis que estavam na minha mão e direcionei meu olhar para a tela do computador que Lauren mexia. – Isso não é uma casa de strippers?