Handcuffs

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Quando cheguei a casa, a primeira coisa que fiz foi tomar um longo banho. Eu precisava tirar aquela craca de puteiro de mim. Deus, eu precisava conversar com alguém. O relógio marcava 1h13min. Pensei em ligar para Normani ou Dinah, mas elas não estariam acordadas – pelo menos era o que eu achava, e, se estivessem, provavelmente estariam fazendo algo mais interessante do que me ouvir desabafar sobre alguma merda. E, considerando que no dia seguinte eu teria que trabalhar, preferi ir dormir ao invés de ficar ponderando se ligaria para elas ou não. Amanhã eu pediria para elas me encontrarem em uma Starbucks ou algo assim. Precisava conversar com elas ou explodiria. [...]

Eu juro por Deus que um dia eu vou quebrar desse despertador. Puta que pariu, que aparelhinho chato. Só porque eu estava tendo um sonho bom, tranquilo, onde a Jauregui morria e eu estava colocando uma flor em cima do caixão dela, a desgraça tocou, acabando com a minha felicidade e me lembrando de que dali à uma hora eu teria que olhar para aquela cara de pastel dela. Arrumei-me como eu fazia todos os dias, porém, preferi tomar café em casa. Fiz umas panquecas e comi enquanto bebia café e via um pouco de televisão. Larguei toda a louça suja na pia, tendo em mente que eu as lavaria depois. Peguei minha bolsa e saí do meu apartamento, indo até o carro. Dirigi até aquela bosta de departamento, vendo que ainda era muito cedo, porém, Ally já estava lá e eu fiquei feliz por isso.

- Bom dia, Ally! – Falei sorridente. – Já está trabalhando?

- Estou. – Respondeu, mexendo nos papéis. – Fiquei voando ontem e tenho que adiantar esses relatórios para o Simon, se não ele me mata! E você, como está?

- Você não sabe. Ontem eu e a Jauregui tivemos que interrogar uma testemunha e adivinha onde ela trabalhava?

- Não sei, onde?

- No Dream Hot. – Falei e só depois me lembrei de que Ally era uma pessoa de Deus e não conhecia esse tipo de lugar.

- Que isso? Pelo nome, com certeza não é uma igreja.

- É uma casa de strippers.

- O que? – Ally arregalou os olhos. – Você foi a uma casa de strippers com a Jauregui? Não vai dizer que você...

- Não, pelo amor de Deus! Tá amarrado. – Falei, fazendo o sinal da cruz.

- Ainda bem que eu não peguei esse caso. Não sabia se ia conseguir entrar num lugar desses. – Ri da expressão de pavor que Ally fazia. – Ah, deixa eu te contar uma coisa.

- Conte. – Cruzei os braços, esperando Ally falar.

- Fiquei com o Ogletree ontem. – Sussurrou, como se o departamento estivesse cheio de gente.

- O que? – Arregalei os olhos.

- Isso mesmo que você ouviu.

- E ai? Ele é bom? – Perguntei interessada em mais detalhes.

- Claro, ele beija muito bem e... – A interrompi.

- Não, perguntei se ele é bom de cama!

- Meu Deus, Camila! Você precisa de Jesus na sua vida, sério. Eu apenas fiquei com ele, foi só um beijo. Você realmente acha que eu faria esse tipo de coisa com um cara que mal conheço?

- Brooke, você é parceira dele há sete meses. – Revirei os olhos.

- Camila, eu digo conhecer ele no sentindo amoroso.

- Ah.

- Você realmente nunca pensou em se prender a ninguém? – Ally perguntou, mexendo em alguns papéis.

- O que? Como assim? Eu já tive muitas namoradas, para seu governo. – Me defendi.

- Quantas sérias?

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⏰ Última atualização: Feb 26, 2015 ⏰

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