Sem esperança

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Mas um dia eu acordo com minha mãe me chamando
-"Filhaaaa, acordaaa!"- o grito dela ecoou pelo quarto todo.
Abri meus olhos lentamente sentindo a luz do sol brilhando em meu rosto.
Me revirei na cama, procurando um ponto fixo e fiquei lá...
Olhando pro nada e tentando achar forças pra levantar daquela cama que tinha virado o meu refúgio.
Hoje faz 2 meses que meu pai foi embora, depois de eu mesma descobrir a traição dele.
Ele simplesmente foi embora, sem pedir desculpas, sem nenhum aviso, deixando minha mãe, minha irmã e eu.
Depois de tudo que ele fez, pra mim ele era um homem morto.
-" ei filha? Vamos levante!".- minha mãe bate na porta me observando e me tirando de meus devaneios.
Ela caminhou até mim e sentou -se na cama e disse:-" Você está bem?".
Eu apenas assenti com a cabeça e forcei um sorriso...o sorriso que eu sempre forço todos os dias, a verdade era que eu me sentia vazia, sozinha por completo
Mas eu precisava ser forte, eu tenho que ser forte...
Por ela e pela minha irmã.

Logo me levantei da minha cama e depositei um beijo na testa de minha mãe, fitei a mesma por alguns instantes e sorri novamente para ela e me dirigi ao banheiro.
Nunca fui muito comunicativa, então minha mãe já estava acostumada com o meu comportamento. Mas enfim, logo depois de entrar no banheiro fiz minha higiene matinal e sai de lá e fui para o meu quarto
Coloquei a blusa do uniforme da escola, uma calça preta, coturnos que tinham um salto quase imperceptível, coloquei também meus colares, anéis e meu óculos( ser míope é foda viu)

Fiz uma maquiagem e fui em direção à cozinha pegando minha bolsa e indo abrir a geladeira, quando do nada...
-"BUUUHHHH!!!".- minha irmã sai de trás da geladeira.
Eu apenas a olhei e fiz uma cara de tédio e disse:
- Você sabe que eu não me assusto com facilidade KKK desista"
-"Aaah, você é muito chata affs isso não é justo". - falou a garotinha, fazendo um bico e virando a cabeça pro lado cruzando os braços.
Não contive meu riso diante de tanta fofura e disse:
-"Não fique assim Elo hihi, quem sabe um dia você me assuste,  não é mesmo? Meu amendoim fofinhoo ".- a garotinha da um sorrisinho e dei uma abraço nela e logo depois minha mãe apareceu no cômodo:
Mãe -" Júlia está te esperando lá fora ok? E aliás, não vou poder te buscar hj , tenho algumas coisas pra fazer , vou deixar sua irmã com sua avó. Então depois da escola vá para lá".
-"Ok Mãe".
Respondi dando um beijo nela e na minha irmã, logo indo em direção à porta.
Mas antes colocar a mão na maçaneta da porta, minha mãe pigarreou e disse:
Mãe- " Não está esquecendo de nada? Hoje está frio".
Logo percorri o cômodo com meus olhos e fitei meu moletom do Clã Uchiha,  que tinha comprado há algumas semanas atrás. Eu sorri e peguei meu moletom dizendo um" obrigada" para ela fechando a porta.
Encontro Júlia sentada na sarjeta da calçada.

Júlia-" Bom dia né?" - disse levantando e se curvando para trás na tentativa de arrumar sua postura.

-"Bom dia KKK está parecendo uma velhinha assim".- disse rindo da garota que logo em seguida riu também.
Começamos a andar em direção à escola em silêncio, eu sabia o quanto Júlia se incomodava com o silêncio,  então previ que logo ela começaria a tagarelar como de costume.

Júlia-" Então..."
-"Então o que?" - respondi sem olhar para a mesma.
Julia-" Como você está S/n?"
-"Estou bem"- respondi a encarando com a mesma expressão de sempre, a minha típica cara de cu.
Júlia-" Olha, eu sei que hoje é um di..."- a cortei no mesmo instante e disse:
-" Não precisa se preocupar, estou bem e eu já disse que ele está morto pra mim".

Ela me olha com preocupação e logo diz:
-" eu sei que não gosta de tocar nesse assunto mas...não precisa ser forte toda hora".- disse para mim e eu não respondi nada, então ela prosseguiu:
-"mas enfim, e o seu namoro? Como está indo com o Lucas?".
- Não sei se ele é certo pra mim, tenho minhas dúvidas ".- disse pra ela de modo indiferente, como se eu não ligasse pra aquele assunto.
A verdade é que eu não confio nele totalmente, não confio em ninguém .

My wayOnde histórias criam vida. Descubra agora