Capítulo { 3 }

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[Obito 's P.O.V. ]

Entre meus braços encaixo o skate que vinha a trazer enquanto dou presença ao passar pelas casas de meus vizinhos e parentes, que passavam pela varanda de suas casas.
Alguns cumprimento vagamente com acenos, mas logo deixo de dar-lhes atenção.

Avistou a silhueta do moreno de cabelos claros ao receber-me na porta.
Este faz um contraste quanto a aparência dos demais ao nosso redor, fazendo me até render um sorriso ao apressar meus passos.

{...}"Woont", como foi o dia do meu bebê? Ein, ein, ein?- Sua voz ecoou pelos meus ouvidos brevemente, suas mãos foram rápidas ao retirar a mochila de meus ombros. Enquanto ainda dirigia a mim com seus apelidos vergonhosos.
Hn? "Argh", blé", q-qual a última vez que você tomou banho garoto?- Sua pergunta saiu sem quaisquer filtro quanto chegará perto para me abraçar, recuando em seguida.

Sorrio sem jeito, não havia como segurar sua resposta em silêncio.. mais tinha como não ser repreendido ao dar-lhe um sorriso amarelo. -A volta da escola acaba por fazer muito mas calor com essa roupa..heh

Seus braços foram de imediato se entrelaçar uns nos outros a minha frente, sua sobrancelha levantada me deixou ainda mais acanhado sobre como está o meu estado neste momento. -Vá tomar um banho agora, antes que seu pai chegue!-

Passei, por fim, da entrada de casa. Sendo puxado até o corredor por meu padrasto, que ainda se mantinha inquieto pelo fato de ter saído assim, me fazendo rir sozinho como uma besta.
Sua atuação do quão necessário estava este pedido para que fosse de encontro a um sabão estava a me fazer gargalhar para o nada. É piorou ao ver a carranca que abriu ao adentrar em meu quarto.

Ah, para. Não tá tão ruim assim..!-

[...]

Depois da chegada de meu pai, a atenção que ganha, é o convívio de minhas risadas soltas foi-se para os ares..
Não senti este olhar quando adentrou a sala, fardado como sempre é com aquela sua cara séria para o nada. É como se as vezes nem estivesse aqui fisicamente quando está assim.

Hashirama, que até o momento vinha ao meu lado conversando abertamente comigo, foi-se como o esperado a guiar meu pai até a sala de jantar. O recebeu assim como o fizera comigo, porém, sempre foi-se mais grudento consigo.

{...}Fui me juntar a eles. Nos sentamos, juntos na mesa.
É em silêncio, via o clima que rolava entre eles me trazer incômodo. -Nada fora do comum.- Penso para mim mesmo, vendo que não tenho muito o que comentar com Madara.
Não me sinto à vontade.

A voz que temia ser direcionada a mim, por fim se faz presente. -Saiu cedo de novo hoje..- Arrancando-me de onde percorria os pensamentos, volto-me a realidade com vossa presença. -Foi acompanhar aquele garoto outra vez?- Era frio, o jeito como parecia querer dar interesse, início, a uma conversa.

-Uma conversa? Não, não, um interrogatório.

N-não..- Levo receoso meus dedos por trás de minha nuca, dando um leve coçar diante do gelo que percorreu por mim.
Este hábito, é um aviso pelo qual se sobressai meu nervosismo pelo que já me havia sido "proibido".
Deixei-me levar por este sentimento por Deidara de uma forma a qual não consigo descrever com palavras.
O quanto o admiro, e louvo como se fosse o ser de meus sonhos...
Cheguei a precisar de um espaço reservado para idolatrá-lo.
Havia tantas coisas que me repassaram sua imagem, seus pertences, peças de roupas, fios de seus cabelos loiros..fotos.
Muitas, muitas, fotos..precisei de um lugar especial para guardá-los.

O quê por acaso, não fará Madara agir de algum modo compreensível, tanto quanto manter algum tipo de cuidado diante o que dizer sobre mim.

Você é doente?- Ao começar a se exaltar, vejo que não tenho mais fome alguma para dar continuidade a meu jantar. -Já não disse para ficar longe dele seu idiota? É surdo tem algum problema?- Junto a mim, o vejo se levantar de forma mais bruta, apenas continuando a me fitar com seu olhar de desgosto enquanto andava até a pia.
Viro-me cabisbaixo quanto a continuação de suas palavras.. -Você é um..

Deixe-o Madara.- Foi a vez de Hashirama vir intervir, amenizando meu lado.

{...}É foi se assim, suas vozes foram entrando em uma discussão, que se revezava entre assuntos já não condizentes a mim.
Ao menos foi o que prestei por instantes.
Instantes antes de meu nome por fim ser chamado.
Descido apenas ignorá-lo de uma vez, me retiro de suas falas enquanto apenas sigo de volta ao corredor, em direção ao meu quarto, vendo que meu padrasto prestava a me defender de meu pai.

Este deixa sua voz ecoar pela extensão à minha frente.
Tento não dar ouvidos, mas foi um ato levado em vão.
Este sabe como deixar as coisas marcadas em minha cabeça, seja de qual modo for.

[...]

Não sei bem quanto tempo já deve ter se passado, mas continuo a me manter sobre a pilha de roupas que havia deixado sobre minha cama.
Depois de um banho, não me importei de ficar sobre este novamente.

Olho para o teto como se esperasse o tempo passar rápido, o sentimento que vinha até mim pelo episódio que se passa não se compara ao calor em meu peito. -Ao pensar em você, só de pensar em estar com você.

Às vezes penso que as palavras de meu pai, sobre eu ser um doente, um sociopata, podem ser verdade.. mas, o que quer que eu faça?
Eu te amo..

Olho para a tela fria de meu celular, chega a me trazer um sorriso alegre quando me vem de autônomo a imagem do loiro. Nas poucas vezes em que consegui captar seus sorrisos.

O horário marca-se em 01:00Am, me levanto do colchão deixando que caiam sobre o piso algumas peças de roupa. Pensado comigo mesmo se já deveria ser uma boa hora para o que quero.

-Acho que já está na hora de devolver o que peguei emprestado.

Você me completa.  [OBIDEI//TOBIDEI]Onde histórias criam vida. Descubra agora