Cap 17: Guerra

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* Alguns meses depois *
• Esse cap tem conexão ao cap.56 da fic Sunflower •

Mizu se encontrava em pé no meio do quarto, seus olhos rodavam cada pequeno canto, cada brecha ou gaveta que poderia se tornar um esconderijo pro pergaminho roubado que Deri tinha lhe dado.

Aquele horário da noite tinha sido escolhido de modo especial, já que Iruka era o único na casa e fingir estar dormindo pareceu ter virado o novo poder de Mizu, que usou isso ao seu favor para ter horas a fio sozinho pra poder decidir onde colocaria o item ilícito.

Depois de minutos listando uma dúvida de lugares e os cortando no mesmo momento, ele decidiu por pedir ajuda a alguém que realmente era especialista com esse tipo de coisa.

Com um pequeno corte no dedo e um movimentar de mãos, um cachorro se materializou no quarto através da fumaça.

- Oi Pakkun! - Mizu falou animado, se iria pedir um favor ilícito pelo menos deveria mostrar gentileza, não?

- O que você quer? Te conheço, sei que é gentil comigo mas desse jeito da muito na cara.

- Pode me ajudar com uma coisa?

- Que tipo de coisa?

- Eu preciso esconder esse pergaminho, de modo que só eu saiba onde ele está.

- O que tem no pergaminho? - no mesmo momento me que a pergunta foi feita, o garoto escondeu o pergaminho atrás das costas.

- Nada demais.

- Se não tem nada demais, então pode me mostrar, certo? - o Umino mostrou uma reação negativa, com toda certeza ele não poderia mostrar aquilo.

- Quer dizer... tem uma coisa sim, mas é algo meio pessoal, sabe? É segredo, conseguir esse pergaminho foi difícil... eu sei que eu não deveria estar com ele, porém é tão tentador, entende?

Pakkun olhou o garoto com segundas intenções, afinal de contas ele tinha acompanhado a adolescência de Kakashi e antes dos livros, não era incomum que alguns desenhos "diferenciados" fossem feitos em pergaminhos.

- Só pra consta que nem abri ainda, eu sei o que tem dentro e tenho ciência de que é errado, mas...

- Tá tudo bem - Pakkun o tranquilizou - seu pai também teve o mesmo questionamento quando era mais jovem.

- Sério!? - Mizu o questionou, ao mesmo tempo que se perguntava quem poderia ter sido o amigo terrorista que seu pai teve.

- Sim, agora vamos pensar em um lugar pra esconder isso.

Após alguns minutos, o cachorro lhe indicou o que ele tarjou de "lugar perfeito" e ainda encorajou Mizu a esconder mais pergaminhos ali, caso o número acabasse aumentando.

Vozes no corredor foram escutadas e o Umino sorriu feliz, seu pai Kashi tinha chegado.

- O pai Kashi chegou! - ele reforçou terminando de colocar o pergaminho no lugar indicado e se afastou analisando se realmente não parecia haver nada ali.

- Ele tem alguma novidade pra contar.

- Como sabe disso!?

- Já leu sobre invocações, certo? Por sermos cachorros, temos uma sensibilidade com nossos donos. Então mesmo que sejamos invocados depois de anos, vamos saber o que está acontecendo.

- Isso é incrível! Não vejo a hora de ter minha própria matilha!

Pakkun olhou Mizu com certa tristeza, ele também "servia" ao garoto agora, e no fundo não se sentia pronto pra ter outro em seu lugar.

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