Inês mal consegue passar pela entrada do apartamento de Márcia antes de ser pressionada contra a porta, suas línguas em contato, mãos correndo por seu corpo. A bruxa geme na boca da policial, levantando a regata branca que a jovem usa e quebrando o beijo apenas para tira-la. As mãos de Márcia acham seu rumo por baixo do vestido de Inês , seus dedos em sua roupa íntima, descendo impacientemente a peça pelas coxas dela.
"Márcia" Inês diz com uma voz abafada, enquanto tira definitivamente a calcinha, alcançando a policial para mais um beijo.
Mas Márcia não retorna a beijá-la, ao em vez disso, se ajoelha em frente dela. Ela ergue o vestido de Inês, indicando para que o segure, a mais velha treme em antecipação da imagem de Márcia suplicante com a boca em seu sexo, lançando um olhar penetrante.
"Abre as pernas" a policial ordena. Inês atende de imediato, sua respiração ofegante.
Ela geme fortemente ao sentir o primeiro contato da língua de Márcia em sua carne, a sensação é demais e não o suficiente depois de tanto tempo sem ser tocada dessa maneira. A policial envolve seus braços em volta das coxas dela, cuidadosamente separando suas dobras com os polegares, e Inês morde o lábio para não gritar enquanto ela a lambe desde a sua entrada até o clitóris, parando brevemente para chupar e reiniciando.
"Márcia - Márcia" A bruxa tenta alcançar a mais nova, deixando o vestido cair a cobrindo brevemente, mas rapidamente o agarra novamente, não querendo perder a vista da mulher contra si. "Por favor eu - ".
"Você gosta disso?" ela pergunta, sua voz mais profunda do que Inês jamais ouviu.
"Sim" responde a mais velha.
"Que bom, porque eu estava morrendo de vontade de colocar minha boca em sua boceta nessas duas semanas".
Inês grita, a combinação da boca e palavras acendendo um fogo em suas entranhas e ela teme que suas pernas possam ceder. Ela trabalha com os quadris contra a boca de Márcia, prendendo a respiração quando ela começa a chupar seu clitóris a sério, dois dedos longos deslizando dentro dela, e a bruxa não consegue se lembrar a última vez que esteve tão molhada, tão pronta para gozar.
"Porra, porra, porra" ela repete como um mantra enquanto seu orgasmo arrebate, sua visão fica turva e espasmos percorrem por todo o corpo. Suas pernas começam a ceder, Márcia percebe isso, auxiliando-a até deitá-la no chão.
Inês recobra os sentidos, e tira Márcia de sua calça jeans ridiculamente apertada, a mais nova a ajuda. A policial geme sem filtro algum ao sentir Inês abrindo suas pernas, montando em cima dela e juntando suas intimidades, se movendo num ritmo tortuoso.
Elas fodem bem ali na entrada do apartamento, o tapete de material barato abraçando seus corpos.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Elas começam a se encontrar as segundas e quintas, quando Inês não esta no bar, cuidando das outras entidades ou com Camila, e aos sábados, depois que o estabelecimento da bruxa fecha. Inicialmente ela diz a si mesma que é nada, apenas sexo, um efeito colateral de décadas sozinha e frustrada. Então em uma noite de quinta-feira ela chega ao apartamento de Márcia e vê que a jovem fez um jantar para elas, e de repente, Inês sabe que isso não é apenas sexo.
"Inês posso te fazer uma pergunta?" Camila pergunta a ela em uma tarde, enquanto elas tomam café, comemorando a reintegração de mais uma entidade a sociedade.
"Já fez, pois agora continue" profere.
"Sei que não conversamos sobre sua vida pessoal, mas eu consigo ver os detalhes, você anda mais feliz, mais leve... seja lá quem for a pessoa, esta te fazendo muito bem e eu desejo a felicidade de vocês". Inês quase não pode acreditar na coragem da mulher a sua frente, mas decide que precisa se abrir para alguém, tirar pelo menos um pouco do peso das suas costas e analisando, sua única opção é a sereia.
"Não é bem assim" começa a bruxa pensando em como prosseguir. "Não estou em um relacionamento e nem estarei, não é meu tipo" Diz exasperada, mas se arrepende com o olhar de decepção que ganha de Camila e continua. "Mas sim... eu estou v-vendo alguém, se é que posso classificar assim". Diz com dificuldade.
"Eu só desejo sua felicidade Inês, sem julgamentos, seja como for, obrigada por confiar em mim" A sereia diz e logo após se despede, deixando uma mente bem pensativa na conversa que tiveram.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
"Inês, então, eu tenho algo bem estranho para te perguntar".
A bruxa levanta a cabeça do braço de Márcia, um sorriso travesso em seus lábios. "Eu estou curiosa em saber o que é mais estranho do que pedir para eu ficar com meus saltos e me masturbar enquanto você assiste".
A policial enrubesce e Inês fica maravilhada mais uma vez com a diferença entre a mulher confiante que divide sua cama e a tímida que existe fora. "Okay, estranho de uma maneira diferente. Eric me perguntou se irei à confraternização em Vila Toré, ele disse que não aguentaria o clima sem mim e que estava fazendo isso por Luna... eu conclui que você vai também, só queria saber se tudo bem de eu ir".
Camila havia comentado com ela sobre a festa em Vila Toré, com entidades e humanos locais convidados, um grande potencial de perigo. Ela disse que iria, mesmo sabendo que é temida e desprezada por muitos, inclusive por Eric, principalmente por Eric.
"E por que não estaria tudo bem?" indago.
"Porque isso foi antes...".
"Antes?" prossigo a perguntar.
"Antes de eu pedir para você ficar com seus saltos e se masturbar para mim" Márcia termina finalmente.
Inês solta uma leve risada. "É, acho que isso mudou as coisas um pouco". A mais velha volta a acomodar sua cabeça no braço de Márcia, tracejando seus dedos pelo torço da mulher. "Você definitivamente deve ir, a história daquele povo se tornou a sua também" termina Inês.
Márcia envolve a bruxa em seus braços e beija o topo da cabeça dela.
"Beleza, está decidido então" fala a policial.
Pânico e borboletas no estômago surgem em Inês, ridiculamente irônico.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Aceito Os Pecados
FanfictionEntre todos os erros que ela cometeu na vida, ter um caso com a policial humana que jamais deveria ter sido exposta a realidade das entidades, é facilmente o maior.