Sete

198 22 21
                                    

Ela não conseguia dormir.

Talvez tenha sido a lembrança do pequeno quarto gótico – que ela suspeitava que Jisoo realmente, teria amado profundamente – mas apesar de tudo, o quarto dela também era cheio de sombras e barulhos de madeira velha quando soava o vento... assustador. Talvez a casa coma as pessoas, Jennie pensou, deitada ali sozinha no escuro, assistindo o desenho das sombras nas paredes. O vento fazia os raminhos das árvores baterem na janela, como algo que tentava entrar. Jisoo tinha dito que os vampiros não podiam chegar, mas e se pudessem? E se eles já estavam dentro? E
se a Rosé...?

Ela ouviu algo macio, nota prateada, e sabia que Rosé estava tocando nas escadas. Algo sobre isso ajudou – a empurrando de volta as sombras, o som se transformou em algo normal e acariciador. Era só a casa, e eles eram apenas crianças compartilhando-a, e se houvesse algo errado, bem, isso era lá fora.

Ela deve ter dormido, mas não sentiu que tivesse; algum barulho a acordou,
deixando-a assustada, e quando Jennie verificou o relógio ao lado da cama era perto de cinco e meia. O céu não estava
claro, mas também não totalmente escuro, ainda; as estrelas estavam desbotadas, brilhos claros se transformando gradualmente num céu azul escuro.

A guitarra de Rosé ainda era ouvida, muito devagar. Ela nunca dorme? Jennie deslizou para fora da cama, jogou um cobertor sobre seu ombro, sobre a camisa que ela usava para dormir, e saiu para o corredor. Conforme ela passou pela porta escondida, ela tremeu relembrando da cena e, em seguida, chegou no banheiro. Uma vez que tinha terminado e que estava fora do corredor –e escovado o cabelo - ela andou calmamente para as escadas, sentou, com o cobertor ao seu redor, ouvindo Rosé tocar.

Sua cabeça estava abaixada, e ela estava em profunda concentração; Jennie assistia o mover dos seus dedos leves e rápidos sobre as cordas, seu corpo mexia com o ritmo lento, e sentiu um profundo sentimento de... segurança. Nada mal poderia acontecer em torno de Chaeyoung. Ela só sabia disso.

Próximo a ela, um relógio bipou um alarme. Rosé olhou para cima, assustada, e rapidamente, em seguida, levantou-se e colocou sua guitarra a distância. Jennie a
assistiu, perplexa... Ela tinha que estar em algum lugar? Ou ela realmente tem
que definir um horário para ir para a cama? Uau, isso era uma obsessão....

Rosé parou, olhando o relógio como se fosse seu próprio inimigo, e então ela
virou-se e caminhou para a janela.

O céu era da cor turquesa escura agora, mas todas as estrelas tinham sumido. Rosé, pegou a coca, bebeu o resto do frasco e colocou em cima da mesa, cruzou os braços, e esperou.

Jennie estava prestes a perguntar-lhe o que ela estava à espera, quando os primeiros raios de sol penetraram numa cegueira laranja fraca, e Chaeyoung suspirou e esperou, pressionando em seu estômago.

Jennie matinha seus pés parados, assustada e com medo de olhar seu rosto em estado de pura agonia. O movimento capturou sua atenção, e Chaeyoung virou a cabeça em direção a ela, seus olhos castanhos em agonia.

"Não", se queixou, ela olhava para suas mãos e joelhos, engasgando. "Não".

Ela ignorou isso e saltou para baixo, descendo as escadas, correndo para estar ao lado dela, uma vez que ela estava lá, não sabia o que fazer, não tinha qualquer idéia de como a ajudar. Chaeyoung estava com a respiração profunda, engasgando terrivelmente, em terrível dor.

Ela colocou a mão dela nas costas de Chaeyoung, sentiu sua pele queimando de quente através da camisa que usava, e ouvia um barulho estranho nada que ela tivesse ouvido na sua vida.

Como se alguém fosse morrer, ela pensou em pânico, e abriu a sua boca para gritar por Lalisa, Jisoo, alguém.

Sua mão direita foi subitamente através dela. O grito, por qualquer motivo,
trancado na garganta gritando Chaeyoung –Chaeyoung estava transparente – Chae olhou para Jennie com desespero e desesperança em seus olhos.

Park House ⚜️ Adaptação Jenlisa➰OneOnde histórias criam vida. Descubra agora