000

21.6K 1.2K 741
                                    

Olivia Jones Miller, mais popularmente conhecida como Olivia, 17 anos, entrando no última ano do Ensino médio, prazer em te conhecer

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Olivia Jones Miller, mais popularmente conhecida como Olivia, 17 anos, entrando no última ano do Ensino médio, prazer em te conhecer.

Acho que todo mundo tem problemas, e o meu maior foi "descoberto" quanto eu tinha mais ou menos 7/8 anos e um menino resolveu pegar meu lanche sem minha permissão, foi então que parti pra cima do garoto e sem querer o agredi mais forte do que deveria, ou que uma criança da minha idade teria a força pra bater.

Foi então que meus pais perceberam que eu tinha alguns problemas em lidar com a raiva. Me levaram no médico e disseram que se não tomassem alguma atitude, poderia desenvolver logo TEI (Transtorno Explosivo Intermitente) o que me faria tomar medicamentos

A ideia que tiveram foi me matricular em aulas de boxe na esperança de aliviar toda força e raiva ali. Geralmente as pessoas iriam dizer que matricular uma criança em aula de boxe é meio estranho, mas acreditam, foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida.

Quando tinha 9 anos meu pai morreu, era militar. E aí que o boxe entra com tudo na minha vida.

Apesar de não ser tão nova assim, por algum motivo minha mãe preferiu não me contar que ele havia morrido, talvez por pensar que eu não entenderia e provavelmente não entenderia mesmo, então me disse que estava fazendo uma viagem, até porque ele era militar então fazia sentido, só que seria uma viagem muito longa, até a lua

Qualquer um obviamente não acreditaria nisso, mas pra mim, naquela época me pareceu algo real. Por isso, toda noite antes de dormir olhava pra janela e ansiava ver um foguete ou qualquer outra coisa passando perto da enorme bola brilhante, e então passamos a ser boas amigas.

De vez em quando escutava alguns barulhos durante a noite e ia até a cozinha nas pontas dos pés. Via minha mãe chorando com uma foto na mão, ficava confusa.

Logicamente quando fui crescendo entendi o que realmente havia acontecido. Me levou até sua lápide e acredito ter passado uma tarde inteira abraçada a ela contando como estavam as coisas.

Agora voltando um pouco ao boxe. Conseguia extravasar toda raiva e força contida em mim, e com a morte do meu pai encontrei ali um lugar de conforto passando a ir lá todos os dias pela tarde.

Desde que entrei nesse ramo quem me acolheu foi Colin, meu professor, instrutor, como preferir chamar. Por conta de ter perdido meu pai muito cedo, o considero um pai pra mim, de vez em quando até acabava chamando -o assim sem querer.

Conversavamos sobre quase tudo praticamente. Saia da escola e ia direto pra lá, até porque minha mãe é médica e quase nunca tem tempo pra mim, por isso não hesito em dizer que cresci dentro de um ringue.

Se querem saber aprendi a controlar melhor meus sentimentos e usar na hora certo (as vezes foge um pouco do controle mas tudo bem).

Durante todo esse tempo logicamente fui evoluindo nas minhas habilidades e quando me dei conta estava participando de campeonatos regionais, estaduais e por aí vai. Infelizmente minha mãe quase nunca me acompanhava

Não querendo me gabar mas o que tenho mais orgulho é da paredes de medalhas em meu quarto, quem sabe um dia um cinturão não vem enfeitar mais ainda a parede.

Uma das coisas que aprendi é a não demonstrar fraqueza ou o seu ponto fraco pro inimigo, porque é ali que ele vai atacar. E querendo ou não acabei levando esse ensinamento como um modo de vida.

Durante a maior parte da minha vida academica e pessoal nunca tive amigos, parece solitário e triste dizer isso mas é a verdade.

Depois do acontecimento com o garoto na 3 série, fui suspensa por 1 semana, e em consequência quando voltei as pessoas me olhavam estranho, não queriam ficar perto de mim, e uma cabeça de uma criança com apenas 8 anos não consegue raciocinar bem esse tipo de informação.

Logo preferi crescer sem amigos, aprendi a não me juntar com ninguém, já que ninguém queria se juntar comigo. Querendo ou não os boatos e fofocas correm rápido pelos corredores, e em pouco tempo fiquei conhecida como "punho de ferro"

Talvez alguns gostassem de receber um apelido como esse, mas eu nem tanto, era como se tivesse tatuado na minha testa um pequeno erro de muito tempo atrás.

Depois de tudo que vivi naquela escola decidi trocar. Normalmente não é muita boa ideia trocar de escola no último ano, por causa da formatura e esse tipo de coisa, mas não tinha porque me importar, não tinha laços afetivos com ninguém ali.

Bom, basicamente é isso, essa sou eu, a tal punho de ferro. E tenho orgulho de admitir que talvez minha veias sejam do formato das cordas do ringue, porque cresci ali e é ali que me sinto eu mesma, imbatível, livre.

__________________________________

Não foi um capítulo, foi apenas pra conhecerem melhor a personagem

Vinnie vocês vão descobrindo melhor sobre ele ao longo da história

Com carinho, tt

Nocaute - Vinnie Hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora