Nocaute - Vinnie Hacker

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Como não sabia quando saí de casa que ainda iria estar no chalé na segunda, meu alarme tocou normalmente as 6

- Desliga isso... - o sonolento ao meu lado resmungou do barulho. Eu estava deitada com o braço e perna por cima dele e seu braço estava meio que segurando em minha coxa

Estiquei o braço pegando o celular na mesinha ao lado desligando o despertador. Pra mim já seria meio impossível voltar a dormir agora

- Vinnie, vamos levantar - decidi acordar ele logo também - Se a gente voltar logo, acho que dá tempo de ir pra escola

- Eu não acredito que você tá pensando em ir pra escola. Ainda mais em uma segunda. Admite, você nem é tão estudiosa assim, cara

- Eu sou sim tá? - não sou não

- Ah claro, com certeza

- Já vou levantar - me sentando na cama

- Calma moça - me puxa pela cintura para trás, me fazendo deitar - Pra que tanta pressa? Tá cedo

- Você tem que começar a acordar mais cedo sabia? Vai ver como isso é bom

- Depende. Se for pra acordar do seu lado, eu acordo até de madrugada

- Como você consegue pensar nessas cantadas essas horas da manhã?

- O truque é sempre estar pensando nisso

- Idiota

Levantei da cama enfim, indo pro banheiro fazer minhas higienes e dar uma ajeitada no cabelo que a trança já havia se desfeito. Como não sabia se ia ir pra escola ou não, já escondi a marca da sobrancelha

Sai do banheiro, e vi que ainda estava deitado na cama

- Vinnie! - gritei com ele que me olhou apenas de canto já que estava deitado de bruços - Levanta garoto

- Já vou, já vou

- Eu vou fazer o café enquanto você fica morto aí na cama

Fui pra cozinha porque parecia que a alma dele nem tinha voltado pro corpo ainda. Cortei umas fatias de abacate e estava fazendo um ovo quando olhei pra trás e vi o projeto de zumbi caminhar em minha direção

- Meu Deus, seu cabelo ta uma bagunca por causa da trança - coloquei a mão na boca segurando a risada

- Não ri de mim. Você tem noção do quão difícil é acordar com um cabelo cacheado arrumado?

- Na verdade não tenho a menor ideia

- Solta essa trança aqui de cima pra eu poder ir arrumar

- Eu não consigo alcançar aí em cima, você é muito alto

- Vem cá

Rodeei a bancada ficando na frente dele, então colocou suas mãos em minha cintura me levantando pra cima do balcão da cozinha

- Pronto, agora você alcança - se sentando no banco que tinha ali

Agora que estava mais alta que ele, consegui desfazer a bagunça que estava ali, mas anntes de terminar, já havia me abraçado colocando a cabeça em meu peito

- Você é muito grudento, credo - o empurrando um pouco pra longe

- E você é muito fria - me encarando - Porque você escondeu sua cicatriz? Ela é bonita. Faz de você especial

- Por causa que eu não sei se vou ir pra escola, então se eu for, já ta escondida

- Você devia parar de ter vergonha disso