Capítulo Único

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Olá, venho aqui humildemente parasitando o fandom de BNHA.

Essa oneshot é pesada, por favor não leia se não estiver confortável, as tags são avisos.

Eu AMO as músicas do Alec Benjamin, escutem The boy in the bubbles que foi onde peguei a base da história.

Capa feita pela @Poky_1153 como sempre <3

Sinopse feita pelu Robin meu amor <3 

Boa leitura, e desculpe por isso.

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 O sol estava começando a surgir no céu quando Izuku entrou em casa, destrancando o mais silenciosamente possível a porta e andando na ponta dos pés. Ele olhou ao redor da casa e suspirou ao notar estar sozinho, sua garganta coçava o fazendo ir até a cozinha em busca de água e encontrar um prato de comida já fria na mesa.

 Inko devia ter esperado que ele aparecesse pro jantar e quando viu que não viria só deixou separado.

 Izuku pegou o prato e o levou até o banheiro social, jogando a comida descarga abaixo. Ele não conseguiria comer nada agora e não queria que sua mãe se preocupasse com isso.

 Ele não queria problemas.

 Lentamente ele subiu as escadas e foi até seu quarto, abrindo a porta suavemente e trancando-a em seguida. Meio cambaleante, seguiu caminho até a cama e jogou-se nela, o esverdeado lentamente tirou o moletom que usava soltando-o no chão com um gemido abafado.

 Rapidamente o garoto caiu no sono, esperando que não sonhasse.

 O despertador tocou poucos momentos depois. Izuku abriu lentamente os olhos e estendeu a mão para desligá-lo, levantou-se e foi até o banheiro de seu quarto, o espelho aguardava pacientemente o encontro de seus olhos.

 O verde claro de seus olhos sem brilho era a única coisa que lhe agradava, os olhos de sua mãe.

 Suavemente ele lavou os machucados do rosto, evitando tocar no inchaço do olho esquerdo e limpando o sangue seco que escorreu do nariz antes quebrado. Os cortes ardiam mas Izuku já estava acostumado com aquilo, pegou uma caixinha na gaveta encontrando uma pomada que aplicou nos ferimentos.

 Olhou novamente seu reflexo, as olheiras escuras e algumas cicatrizes o faziam parecer um zumbi, não havia nada que ele pudesse fazer sobre isso.

 Ele voltou ao quarto e pegou outro moletom dentro do guarda-roupas escuro e uma calça jeans limpa, vestindo-se vagarosamente evitando tocar nos machucados nas costas e os hematomas no tórax.

 Foi até a porta e destrancou-a, tentando manter a calma e controlar a respiração ele abaixou a cabeça e colocou o capuz enquanto descia as escadas indo até a cozinha.

 Na mesa, Hisashi tomava seu café enquanto lia algo no tablet e Inko lavava os pratos na pia. O homem nem levantou o olhar ao notar a presença do filho, ignorando-o completamente enquanto Izuku sentava-se em uma cadeira distante e servia uma xícara de café.

 Ao fundo o som da TV em um canal de notícias era a única coisa a ser ouvida, o repórter informava-os sobre o clima do dia e os acontecimentos importantes daquela manhã. Izuku tomava sua bebida fumegante o mais calmamente que conseguia, evitando olhar pro pai.

 Quando Hisashi levantou de sua cadeira, Izuku sentiu sua respiração falhar e o medo se apossar de si mas o adulto nem sequer o encarou, andando até a esposa e sussurrando algo em seu ouvido fazendo-a assentir trêmula enquanto o marido beijava-lhe a bochecha e saía do cômodo.

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