20.02.2008 EUA 12 anos atrás...-Carl eu preciso das chaves do carro!-
- Ada você sabe que não é seguro.-
- Isso não foi uma pergunta! É uma ordem Carl.-
- O prazo era apenas até hoje, não adianta sair dirigindo por ai sem destino e levarmos um tiro na cabeça. Me escuta pelo menos 1 vez na sua vida, pensa na Taylor... ela não está pronta para ver a morte dos pais.-
- Porra me escuta. Eu estou pensando nela, sempre pensei na Taylor, mas precisamos fazer alguma coisa. É A NOSSA FILHA QUE ESTÁ EM JOGO!-
- Estamos cercados agora por 24 horas, com rifles e snippers apontadas cada parte dessa casa. Matamos e torturamos todos que tentaram algo contra a Taylor. A máfia não brinca e também não tem piedade.-
- Ela só tem 8 anos... tudo isso por causa de uma transa por uma missão concluída.-
- Decidimos não abortar, sabendo que uma das maiores traições da máfia é gerar um feto. Quando descobrem apontam uma arma pra sua cabeça forçando a fazer 2 escolhas. Abortar ou prazo de 8 a 9 anos decidir o que fazer com a criança.-
- Decidimos mata-la depois. Ver a morte dos pais é igual a um tiro no peito. Que nenhuma cirugia do mundo remove a bala.-
- Taylor é mais forte que nos 2 juntos. Treinamos ela com tudo que a máfia nunca ensinaria para um soldado.-
- Cadê a porra da chave? Me poupe do seu discurso, não vai me fazer mudar de ideia Carl.-
- Sinceramente tenho medo da Taylor ter essa sua teimosia. Toma essa droga de chave, vou subir para o quarto dela para explicar que vamos dar uma volta pela cidade.-
- Em quanto isso irei colocar algumas coisas no porta malas do carro.-
- Toc toc?-
- Oi papai, pode entrar.- falo mirando o alvo para jogar minhas facas.-
- Meu amor o papai vai ter uma conversa séria com a princesa.-
- Estou ouvindo.- Falo jogando as facas no alvo.-
- Uau...Sua mira está perfeita, continue assim!- fala meu pai sorrindo.-
- O que é tão sério papai?- pergunto sentando ao lado dele.-
- Vamos sair de carro agora. Quero que pegue suas facas. Não sei o que pode acontecer, quero que fique com esse colar. Vai te proteger sempre.-
- Por que isso está parecendo uma despedida?- pergunto pegando o colar e olhando.-
- Nunca Será um adeus. Se eu contasse ao universo o quanto eu te amo, ele ficaria com vergonha de ser tão pequeno. Agora me dá um abraço.-
- Eu também te amo.- falo em seus braços.-
- Desculpa interromper. Mas agora é minha vez de falar com a Taylor.-
- Vai ser difícil encarar essa jornada filha, mas você é uma Shawn. O sangue dos shawns correm em suas veias. Sangue dos fortes, corajosos, inteligentes, destemidos. Honre o nosso sobrenome, vinge-se.-
- Ainda não entendo o que está acontecendo.- falo pensativa.-
- Taylor querida,
Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la.
Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes.
Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo.
Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la.
Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência.
Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina,
Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas.
Seja um debatedor de ideias. Lute pelo que você ama.-- Ainda não compreendo.- falo olhando para seus olhos.-
- Eu te amo Taylor. Mais do que minha própria vida.- ela me abraça e meu pai nos abraça também.-
- Vamos logo, não posso chorar com esses discursos.-
Descemos as escadas pegamos as coisas importantes e meu pai me pediu para deitar no banco de trás do carro. Durante o caminho escuto vários disparos e me encolho no banco.
- Filho da puta estourou o pneu.- meu pai reclama.-
- Taylor pegue essa arma.- minha mãe tira de sua cintura.-
- Você está ficando louca ?? Dando uma arma para uma criança?-
- Seu idiota, enquanto você trabalhava eu estava ensinando a Taylor a manusear uma arma. A partir de hoje ela é uma mulher.-
- Saiam do carro devagar e com as mãos para cima!- exige um homem com um fuzil apontado para o carro.-
Meus pais saíram e eu permaneci no carro. Apenas vi eles ajoelhado os 2 frente a frente.
- Quem eu mato primeiro? Carl Shawn ou Ada Shawn ??- fala o mesmo homem sorrindo.-
- Me mata primeiro Dylan!- diz minha mãe e uma lágrima involuntária desliza sob meu rosto.-
- Não Ada não faz isso comigo.- Fala meu pai chorando.-
- Tá tudo bem. Quando ninguém esteve comigo você estava lá. Quando eu estava morrendo você me salvou. Não quero ver o amor da minha vida morrer na minha frente.- fala minha mãe e meu pai segura sua mão e coloca no peito esquerdo.-
- Nos iremos fazer isso juntos.- meu pai ainda ajoelhado se aproxima da minha mãe e os dois se abraçam.-
- Nossa luta já acabou Dylan. Vá em frente.-
- Que discurso Lindo. Que emocionante. Mas nem tudo é um final feliz. Sua luta já acabou Ada e Carl.-
Vi balas atravessarem a cabeça dos meus pais. Meu corpo se tornou imóvel por alguns segundos. Até pensar, abri a porta do carro e sai correndo para mata.
- NÃO MATEM A GAROTA! REPITO NÃO MATEM A GAROTA.-
Vários soldados correndo atrás de mim, eu era veloz mas sabia que iriam me pegar e não podiam me matar. Ainda consegui atirar em 3 deles, mas infelizmente fui pega.
10.04.2021 Rússia tempos atuais...
O tempo passou lento, mas minha sede de vingança ainda continua. Fui criada por monstros que me fizeram matar para sobreviver, lutar e aprender a manusear armas de fogo, arco e flecha e entre outras coisas. Eu não fui a única criança recrutada naquela época. Além de mim tinha várias outras pessoas com a mesma idade ou 1 ano mais velho perderam os pais pelo mesmo motivo.
Aqui tem a separação de classes. Área restrita para os mais perigosos (inclusive estou na área restrita com mais algumas pessoas) e a outra parte que não é tão ofensiva.
Espero que sigam essa longa jornada para uma causa bem maior.
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UM SEGUNDO DE ESCOLHAS
AksiUma história que retrata 2 órfãos que foram recrutados pela máfia Rússia e tem o mesmo objetivo de vida. Vingança pela morte dos pais. " O que fizerão comigo me criou, é o princípio básico do universo, que toda ação cria uma reação, igual ou oposta...