Adeus

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Estávamos em um calabouço iluminado apenas por algumas poucas lâmpadas elétricas fracas.

Seri: "Posso confiná-la aqui se você aceitar. Miki, o que acha?"

Assenti.

Depois de nossa conversa, eles cobriram meus olhos e me colocaram em um carro.

Seri: "Sinto muito, não quero ser duro, mas... ninguém pode saber sobre este lugar, custe o que custar."

Miki: "...eu compreendo."

O carro parou e Seri me trouxe até este lugar pela mão.

Não era só escuro aqui dentro - pelo que pude ver havia várias celas alinhadas uma ao lado da outra.

Dentro das celas estavam as formas negras que se contorciam, com olhos vernelhos brilhantes e assustadores da cor de sangue.

Seri: "Este é o calabouço da nossa organização. De nada adiantará esconder isso agora, então vou dizer de uma vez que confinamos vampiros aqui para pesquisá-los."

Miki: "..."

Seri: "Acho que é um lugar cruel demais para trazê-la, mas é o único local que pude imaginar para realizar seu desejo..."

(Posso conseguir ver Aito aqui...)

Para ser sincera, estava assustada com este lugar solene onde ecoavam os gemidos sofridos dos vampiros.

Porém, ainda havia parte de mim que tinha esperança em Aito.

(Não posso pensar assim! Não posso causar mais problemas para ele do que já causei.)

Balancei minha cabeça e tentei esquecer de Aito.

Selei firmemente meus sentimentos.

Miki: "...muito obrigada."

Seri: "Sinceramente, não quero trancafiar uma mulher num lugar destes. Mas parece que sua resolução não diminuiu."

Seri sorriu tristemente para mim.

Assim, entrei em uma cela vazia.

(Tudo bem... tudo o que resta é lutar comigo mesma)

Então, eu --

Miki: "Obrigada por tudo."

Seri: "...ainda não terminou."

Seri sorriu gentilmente, como se para me dar um pouco de esperança.

No calabouço mal iluminado, tudo o que eu podia ouvir eram os vampiros nojentos que não eram deste mundo.

Estava lutando contra meu medo e solidão, e mais do que tudo - contra mim mesma.

O dia em que eu me tornaria uma vampira depois de ser presa não estava muito distante.

Meu corpo inteiro queimava de forma opressiva. Agarrei meu peito enquanto sufocava.

(Não aguento mais...)

Minha consciência estava sendo completamente engolida. Sensações sombrias e imponentes tomaram controle...

Minha mente foi completamente devorada pela mudança.

Seri: "Miki!"

Quando Seri correu para a cela, já não havia mais uma humana lá.

Só uma vampira se contorcia na cela.

Seri: "...!"

Uma contrariedade que não podia ser colocada em palavras inundou Seri. Entretanto, já não havia nada que ele pudesse fazer.

Caçadores do CrepúsculoOnde histórias criam vida. Descubra agora