[𝟬𝟬𝟱] 𝗰𝗲𝗹𝗹𝗯𝗶𝘁

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s/n pov

Estava saindo de casa quando vi alguém atravessar o quintal.

- Eae pirralha

Cellbit se apoiou na cerca baixa de sua casa e sorriu de canto ao me encontrar.

- Não sei se ainda não caiu a ficha pra você, mas temos praticamente a mesma idade, não é porque você é o mais velho que pode me chamar assim

Cruzei os braços e ele revirou os olhos.

- Pelo visto continua a mesma chata de sempre

- E você o mesmo insuportável de sempre

Bom, deve estar se perguntando o por que desse ódio "gratuito" que temos um com outro.

Por isso, infelizmente, vou contar um pouco da nossa história.

Rafael e eu, nos conhecemos quando tínhamos 8 anos de idade, ele se mudou para cá depois de mim e desde então tive que conviver morando na casa ao lado da dele, e daí o desastre foi só começando.

Nossas famílias viraram muito próximas e sempre íamos jantar nas casas um do outro, os pais dele sempre me trataram muito bem, como se fosse mais uma filha, já que ainda tinha a Ísis, o Henrique e o Felipe.

Henrique e Felipe não moram mais aqui, mas a Ísis sim e sempre foi minha amiga, tirando a parte de ser irmã do Cellbit, ela é perfeita.

Mas voltando ao assunto principal, quando nos conhecemos, nossas famílias tentaram muito fazer com que nos tornássemos amigos, já que os dois tinham certa "dificuldade" em arrumar amizades.  

Mas obviamente a tentativa foi em vão, porque só sabíamos brigar e discutir como as brincadeiras dele eram chatas e vice-versa.

Aos 10 anos nossa relação foi só piorando a ponto dele jogar minhas bonecas pela janela, e não só isso, elas ainda caíram na piscina e ficaram todas encharcadas, tive que jogar elas no lixo depois, aquele dia eu vi ele declarando a guerra, e eu não brinco em serviço.

Assim, depois de dois dias a coleção inteira de quadrinhos e mangás dele estava completamente em chamas.

Pode chamar de psicopatia, mas qual é? Ele me fez jogar minhas bonecas FAVORITAS no LIXO!

Ficamos de castigo por 1 mês.

Aos 14 anos ele começou a me irritar na escola, já não bastava em casa, sempre me zoava sobre coisas pessoais na frente dos amigos/grupinho dele, querendo ou não, ele sabia de muita coisa da minha vida, e eu odiava esse fato. Eu obviamente retrucava de vez em quando, mas preferia ignorar.

Nossas famílias chamavam isso de rivalidade, pois sempre competiamos para provar que um era melhor que o outro, hoje em dia eu olho pra trás e sinto vergonha disso, mas parando pra pensar, era até que divertido e ele mereceu tudo que fiz com ele.

Aos 16 paramos de nos falar e só ficamos na alfinetada uma vez ou outra, quando tínhamos oportunidade.

Hoje em dia Cellbit tem 18 anos, e eu 17, mas vou fazer aniversário mês que vem tá? É bom lembrar.

QDT [quebra de tempo]

Depois de um dia cansativo de aula, voltei pra casa andando e encontrei Ísis no caminho.

- Hey!

Ela sorriu e eu acenei, me aproximando da mesma.

- Como vai? Faz tempo que não conversamos

- Bem, mas acho que ultimamente tá bem corrido mesmo, que tal uma festa do pijama qualquer dia? Como fazíamos nos velhos tempos

Sugeri e Ísis deu pulinhos parecendo bem animada.

- Eu topo, depois a gente marca direitinho, tenho que ir agora, beijos

A garota deixou beijos no ar e eu ri, ela é mais velha do que eu, e ao contrário do Cellbit, sempre me animou com seu jeito otimista e adorável.

Voltei para casa e assim que larguei minhas coisas em qualquer canto, ouvi a campainha tocar.

Estranho, já que nesse horário eu sempre fico sozinha em casa, minha mãe trabalha até as 16:00 e meu pai até as 18:30 e eu não costumo receber visitas.

Me dirijo até a porta e reviro os olhos pela 928382929 vez no dia.

- O que você quer aqui?

Fitei o garoto de olhos claros, enquanto ele passava a mão nos cabelos.

Eu com certeza não tinha uma das melhores relações com ele, mas que aquele desgraçado era bonito pra um caralho, eu não podia negar.

- Eu sei que vai parecer meio ridículo, mas…

Senti o receio em sua voz.

- Preciso da sua ajuda

Semicerrei os olhos.

- Quem diria hein Lange, você, pedindo ajuda a mim.

Dei ênfase nas palavras e ele suspirou tentando manter a calma.

Ri e passei a língua entre os lábios, me sentindo obviamente superior a ele.

Nunca pedimos ajuda um ao outro antes, chega a ser estranho.

- Quem é você e o que fez com o Rafael?

Brinquei me apoiando um pouco na porta.

- Olha, pode não parecer, mas eu não odeio você tá? 

O olhei com um tom de deboche.

- Tá, talvez um pouquinho

Ergui uma de minhas sobrancelhas.

- Talvez ainda um pouquinho mais

Revirei os olhos.

- Agora se você me convidasse pra entrar, pra mim fazer minha proposta, eu agradeceria

Pensei por alguns segundos mas logo cedi, vamos ver o que ele tinha pra mim.

- Tá, entra ae

Dei espaço para o garoto entrar, e assim ele fez.

- Faz tempo que não venho aqui, até que não mudou muita coisa

Rafael olhava ao redor.

- Dá pra ir logo ao ponto?

Ele levou seu olhar a mim e continuou.

- Tá, tá...mas antes que me expulse da sua casa, quero que ouça tudo o que tenho a dizer 

Confesso que nessa hora pensei ter me arrependido em deixar ele entrar.

 ~ QTD ~

- Espera aí 

Arregalei os olhos, ainda tentando processar o que ele falou.

- Você, um dos garotos mais populares e desejados do colégio, precisa que eu, sua maior rival desde os 8 anos, finja ser sua namorada, pra torcer por você em um campeonato de videogame? Isso é tão...ridículo

Rafael cruzou os braços e bufou.

- Eu meio que prometi pros meninos que levaria uma garota, e você me deve uma, não pense que esqueci meus quadrinhos que você não tinha o direito de queimar

- Opa opa opa amigão, isso foi logo depois de você jogar minhas bonecas preferidas pela janela tá? Não vem com essa não

E assim foi o começo de mais uma briga...

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oi famil

fiquei com preguiça de escrever inteiro, então se vcs gostarem eu faço pt 2

e provavelmente ta horrível pq não revisei

VAMOS COMEMORAR KAROL CONKA FOI COM DEUS!!

𝗶𝗺𝗮𝗴𝗶𝗻𝗲𝘀 𝘀𝘁𝗿𝗲𝗮𝗺𝗲𝗿𝘀/𝘆𝗼𝘂𝘁𝘂𝗯𝗲𝗿𝘀 𝘅 𝘆𝗼𝘂Onde histórias criam vida. Descubra agora