Labirintos

Um pôr do sol na praia

Notas:

Oi fanfiqueiras, como estão?

Saudades imensas de vocês. Nem vou me alongar muito aqui pq sei que vcs querem ler!

AGRADECIMENTOS:

Minha amiga Jess que é minha editora, sem ela não teria att  sigam ela no tt @MeetGrath

Boa leitura e me dêem um desconto, estou enferrujada e precisava voltar de algum ponto.

Beijos leiam as notas finais!

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Fernando de Noronha- 2 de Maio de 2022- Atualmente

A primeira coisa que Lena fez ao descer do avião foi arregaçar as mangas da camisa branca perfeitamente passada que vestia, além de desabotoar os primeiros botões. O carro as esperava a poucos metros do avião para levá-las ao hotel e nos poucos passos, a morena sentiu as primeiras gotas de suor se formarem em sua testa e os fios de cabelo da nuca grudarem em seu pescoço. Os dias ali seriam difíceis e ela certamente já estava odiando. Agradeceu por entrar no carro gelado pelo ar-condicionado e não via a hora de chegar logo ao hotel.
A loira por outro lado, possuía um semblante alegre, bem diferente da birrenta faminta e cara fechada durante o voo. Ela parecia animada de repente e feliz com o que quer que as esperavam naquele país.
Mesmo que elas tivessem intimidade, Lena não era de falar muito e piorava depois da discussão que elas tiveram horas antes no hotel. O clima entre as duas era quase palpável mas a loira parecia conseguir ignorar perfeitamente qualquer saia justa.
Cada uma ao seu canto do carro, muito silêncio e nenhuma interação. Ambas em seu conforto pessoal e sua própria zona de segura.
O ar gélido e confortável foi quebrado por uma massa de ar quente que adentrou o veículo quando Kara abaixou o vidro para apreciar a paisagem. Lena olhou a cena incrédula porque o choque térmico era insuportável, como ela estava aguentando? Estava certa. Sim, os dias ali seriam extremamente longos!
Não era pra menos o ato da loira, já que elas atravessavam uma região litorânea com vista para um mar tão azul que parecia uma pintura.
Depois de longos minutos naquela viagem de carro que parecia interminável e a enxaqueca que insistia em martelar a cabeça da morena, chegaram a um hotel tão luxuoso e grande quanto o que elas passaram a noite de núpcias. A diferença era a paisagem em volta, e claro, o clima extremamente quente e desagradável. Apenas uma espécie de calçadão dividia o prédio da areia fina e branca da praia e, a poucos metros, o mar.
O ambiente era lindo e deslumbrante, com coqueiros distribuídos pela areia branca e várias outras coisas, coisas essas que Lena não saberia descrever de início já que, apesar de ser muito observadora, não havia prestado muita atenção sendo que seu maior desejo era se livrar daquelas roupas sociais quentes e tomar um banho, gelado de preferência.
O apartamento do hotel era gigantesco do ponto de vista de Kara e nada a faria mais feliz que ter um pouco de espaço entre as duas, não sabia como seria ignorar a presença da outra, especialmente quando o perfume dela parecia incendiar tudo à sua volta. Trocaram poucas palavras e decidiram quem iria primeiro para o banheiro, Lena. Kara foi até a sacada admirar a vista que sempre fora para si uma espécie de sonho. E de fato era. Belo e alcançável. Prometeu a si mesma que aproveitaria cada momento ali, independente de qualquer coisa.
Depois de ambas tomarem banho e se arrumarem, desceram para o almoço. Durante a refeição de delícias tropicais e muito silêncio, Kara, desastrada como sempre, conseguiu fazer com que alguma coisa escorregasse de seu prato e voasse em direção ao rosto da morena, que no susto, apenas levantou os olhos, ainda séria. Kara arregalou os olhos e abriu a boca em espanto e segurando o riso, já se adiantou.

– Eu juro que foi sem querer!
– Sério? A melhor forma de quebrar o silêncio é jogando comida em mim? Estamos no colegial?

A loira parecia incrédula e sem reação, então Lena sorriu, enquanto o molho escorreu e pingou no colarinho de sua camisa.