Se contenha, Black.

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Quando chego na mesa cheia de alunos engravatados de verde, vejo do outro lado, Theodore acenando para mim.

Sorri e caminhei calmamente até ele, enquanto outro aluno estava sendo selecionado.

Enquanto caminhava, pude perceber os olhares de todos passando de mim para Pettigrew.

Esse vai ser um ano difícil em Hogwarts para essa Black aqui.

Quando cheguei ao lado de Theodore, ele se afastou e eu pude sentar ao lado dele e de Parkison.

Ao lado de Theodore, estava Zabini,que surpreendentemente não estava com o rosto enfiado em um livro de magia qualquer.

Agora que pude vê-lo melhor,consegui perceber como ele era um rapaz bonito, e com uma postura muito elegante.

Zabini me lembra os quadros de familiares meus que assombram a casa dos Black's. Ele era puro-sangue em todos os sentidos da expressão.

Olho ao meu redor e vejo os cabelos de Pansy alinhados como se sua vida dependesse daquilo.

Theodore estava com as roupas extremamente limpas e passadas, e meu sapatos estavam sujos de terra.

Crabbe e Goyle, Ah, Eram Crabbe e Goyle.

Mas o pior de todos estava ali, olhando fixamente para mim, com as orbes azuis densas, pareciam uma tempestade.

Os cabelos loiros, quase brancos do Malfoy também estavam arrumados, tão perfeitamente quanto os da Pansy.

O que eu estava fazendo ali?

Olho de solsaio para a mesa da Grifinória, e pude ver Rony e os outros Weasley rindo e conversando, como nas noites de jogos na casa dos Weasley, era tudo muito natural para eles.

Já a minha situação era muito diferente.

Todos aqueles alunos que pareciam ter saído da capa de uma revista da Forbes, com o título "Os alunos mais promissores em serem herdeiros", me davam agonia.

E o ressentimento nos olhos de Malfoy também não ajudavam.

Minhas mãos estavam suadas,o que estava havendo?

-Hey,Você 'tá ok? -Theodore pergunta segurando na minha mão. -Você está suando frio. Se contenha, Black. -Theodore diz baixinho, para que apenas eu pudesse escutar.

-Pra você é fácil falar. Eu passei toda minha vida tendo como convivência apenas o meu pai, e os quadros chatos da família Black. Eu não me encaixo aqui, Theo. -Eu digo, já começando a me controlar.

-Claro que se encaixa, você é uma Sonserina e um Sonserino nunca é deixado para trás. -Ele diz e pisca para mim. -Principalmente você.

-Ah,Theodore. -Eu digo me afastando dele, e revirando os olhos.

-Ah não! Você tinha me chamado de Theo! -Ele raclama alto, fazendo um pequeno grupo de pessoas nos olharem confusas.

Nós trocamos olhares e seguramos as gargalhadas.

-O que é tão engraçado, Black? -Malfoy dirige a palavra a mim pela primeira vez desde...realmente não sei.

-Ahn, Malfoy. Não é nada. -Eu digo, com o meu sorriso se esvairindo.

-Ah sim,Claro. Pensei que você estava planejando o que falar na sua conversa com o Potter. -Ele responde, dando ênfase em "Conversa com o Potter".

-Ah não, Isso não tem nada aver. -Eu respondo e gritos de comemoração puderam ser ouvidos, vindo da mesa da corvinal.

-Falando nisso, o que você queria com ele? -Malfoy pergunta assim que a algazarra na mesa azul parou.

-Na verdade Malfoy, isso não lhe diz respeito, então não vou te contar. -Eu respondo calmamente, apoiando meu braço na mesa, e o queixo na minha mão.

-Draco, é algo pessoal dela, você não percebeu? Deixa isso para lá.-Pansy diz, franzindo o cenho para Malfoy.

-Não se mete, Parkinson. -Ele responde ríspido, e Pansy se retesa.

-Agora vamos falar sério. Quem você pensa que é para me contradizer na frente de todos? Como você fez nas escadas? -Malfoy diz enquando suas sobrancelhas finas faziam um arco perfeito

-Eu tenho uma pergunta melhor, quem você pensa que é para falar daquele jeito com o Ron? Se ele é tudo aquilo que você disse,cvocê não é menos,cjá que são da mesma família.c-Eu digo, fazendo a mesma pose dele.

Se ele queria brigar,ele iria se ferrar.

Malfoy arregala os olhos e se cala na hora.

-Ah, toquei na ferida?Ou ninguém podia saber que sua mãe é uma bastarda dos Weasley? E que você, Malfoy, um Weasley também. Querendo ou não. -Eu digo tudo em um fôlego só.

Não sabia porque estava dizendo aquelas coisas, mas Malfoy me irritava demais.

-Eu sou um Malfoy, nunca vou ser um Weasley. Já você...Você é uma Black. -Malfoy diz se levantando lentamente.

-E com muito orgulho, algum problema? -Me levanto também.

-Nenhum, só estava preocupado com seu pai. Ele passou um tempo em Azkaban, me disseram que lá é um lugar horrível. Ele ainda é sequelado? -Malfoy diz chegando mais perto.

-Meu pai está ótimo, Obrigada. Mas se você contatar o Ministério, ele manda seu pai para lá rapidinho, para ele ter um gostinho de como é ser um comensal em Azkaban. Os guardas de lá não têm piedade. -Eu digo e me sento novamente. -Enfim,não te devo explicações.

E quando Malfoy se sentou, eu percebo que todos nos olhavam,inclusive Dumbledore, que olhava para mim com um sorriso no olhar, por trás daqueles óculos de meia-lua.

-Bom, já que nossos queridos alunos já abriram o nosso apetite com a convera amigável e divertida deles -Praticamente todos riem. -Não tenho mais o que dizer, a não ser...Que comece o banquete!

E assim todas as mesas se encheram de pratos de todos os tipos, o aroma era delicioso, e nesse momento eu percebi que estava com fome.

E comi...Comi que quase desmaiei.

Conversei com Pansy sobre as nossas bandas preferidas, ela não pareceu entender quando eu disse que os Queen's eram muito bons, foi estranho.

Foi realmente uma noite maravilhosa, Eu pensei que Hogwarts seria mais difícil, e estava sendo um máximo.

Ao menos pelo Malfoy, que, mesmo que eu tenha ganhado a discussão, me irritou muito.

Depois de horas de risadas e doces, o jantar acabou, e o Prof.Snape, quem eu descobri ser o diretor da casa da Sonserina, mandou os monitores nos encaminharem para a comunal.

Não tenho certeza se é só o jeito dele, ou ele não gostou muito de mim .Ele evitava me olhar, e quando olhava, era com desprezo.

Mas como eu não me importei de jeito algum, apenas segui os monitores.

Descemos muitas escadas, muitas mesmos.

Eu acho que estamos nas masmorras do castelo.

E então, de repente, o monitor para de frente a uma parede de pedras maciças, e apenas diz:

                      "Pele de cobra"

E as paredes se abriram, todos arfaram, e entramos, seguimos um extenso corredor de pedras esverdeadas, por causada luz que vinha do final do corredor, e assim nós chegamos.

A comunal da Sonserina.

-Rana Black-Onde histórias criam vida. Descubra agora