Tudo começou em 1910, quando Angeline Angelus a segunda filha de Peedermoont Goldwith - rei de Winspers, um extenso reino desenvolvido que se encontrava em guerra com outros reinos - acabou sendo alvo de uma paixão proibida.
Angeline era uma garot...
- passando para lembrar vocês a usarem o fundo preto para melhor leitura e apertar o "☆" e comentarem ao longo da história. Espero que gostem!!!
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Desde pequena sempre quis ser algo importante, queria mudar algo, queria poder fazer do possível ao impossível. Mas eu apenas pensava isso quando se tratava de animais, lembro-me de que sempre colocava os passarinhos caidos se suas arvores de volta ao confortável ninho, pensando o quanto a mãe daqueles pequenos pássaros seria grata a mim, e o quão feliz ficaria ao ve-los ao seu lado.
Quando fugia para a floresta com um arco e flecha roubado em mãos, prometia a mim mesma que nunca acertaria a ponta da flecha no corpo de um animal indefeso. Levava frutas, sementes, e pão em minha bolsa lateral, na esperança que conseguisse alimentar algum ser que necessitasse da minha ajuda.
Ficava orgulhosa ao entrar escondida no Palácio e perceber que a bolsa estava vazia, que a saia do vestido estava amassada e a palma da mão ralada por tanto subir em árvores. Eu pensava que estava mudando o mundo, em uma pequena quantidade, mas estava tentando ajudar aqueles que eram feitos de alimento.
Mas minhas ações não aplicavam-se em seres humanos. Em meu ponto de vista, eles nao mereciam piedade.
Há treze anos atrás, minha mãe me contou que o mundo não era uma coisa tão simples quanto eu pensava e que nem todos eram puros, claro que não eram, mas eu tinha sete anos na época então, não me importava com nada além dos doces servidos na sobremesa e escalar troncos de árvores mesmo sendo proibida de fazer tal ato.
Eu vivia correndo pelos corredores do Palácio ou pela floresta com os vestidos mais soltos e confortáveis que alguém poderia usar, ao contrário de Hellene minha irmã mais velha; a primeira, a favorita filha do rei e futura rainha de Winspers que insistia em usar os vestidos mais graciosos e brilhantes.
Algumas coisas nunca mudam já que nesse exato momento eu corria escada abaixo do Palácio sem nem me importar com as famosas aulas de etiqueta de Sra. Menttles, as mesmas aulas que meu pai, o rei, insistia que eu frequentasse para que eu não perdesse a postura.
tão tolo e estupido ao ponto de pensar que eu nao fugiria delas sem muito esforço.
Mas desta vez, eu nao usava vestidos soltos, mas sim calça e jaqueta de couro coladas ao meu corpo e não corria por diversão, corria porque o rei convocara uma reunião de emergência e eu tinha a completa certeza que seria sobre os conflitos de Bloodswood: o campo de batalha, o território que separava às terras do sul como Whinspers e aliados com as terras do norte, o território vermelho que estava sendo bombardeado por países rivais impedindo que qualquer reino conseguisse passar para o outro lado e conquistasse a terra desejada.
Bloodswood, o motivo das minhas constantes dores na cabeça.
A guerra estendia-se cada vez mais. A cada dois minutos soldados arriscavam-se no campo de batalha, a cada duas horas 17 soldados morriam, a cada dois dias mais de cem corpos eram enterrados e insetos se ilimentavam de seus corpos gelados.
