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JongIn corria pela empresa com alguns papéis em mãos para levar a Baekhyun, precisava urgente da assinatura do chefe, quando encontrou o Byun no financeiro quase caiu segurando nos ombros do alfa.

― Chefe, preciso da sua assinatura nisso aqui ― colocou os papéis na mesa e o entregou a caneta para o alfa, Baekhyun deu uma olhada rápida e assinou entregando os papéis ao Kim. ― Obrigado.

―  Você assina as coisas assim sem saber? ―  Yuta perguntou e JongIn o encarou ―  Nada contra você, JongIn. É apenas um comentário.

―  Confio em JongIn, ele não me daria nada errado para assinar ―  Baekhyun disse e JongIn sorriu orgulhoso e saiu andando para deixar os papéis no outro setor.

Entrou no elevador e encontrou Taeyong;

―  Oi Tae, como está? ―  perguntou e Taeyong sorriu.

― Bem, normal. ―  murmurou ― E você? Eu falei com o Sehun ontem.

― Eu estou bem. Falou foi? Eu não vejo ele faz dois dias ― JongIn reclamou ― Nem ele e nem o Kyungsoo.

― Ele ficou me enchendo o saco por causa de uma praia, que merda é essa? ― o garoto perguntou e JongIn bufou, já estava irritado com esse negocio.

― Dá próxima vez que ele citar isso, mande ele ir para aquele lugar ― disse e o ômega riu ― Você não aparece mais no meu andar, Yuta te deixou irritado?

― Eu falei umas coisas pra ele um dia, fiquei mal depois, mas não sei como chegar nele ― disse e a porta do elevador abriu ― Vou dar um jeito.

― Ele sempre sai por último, tenta a sorte ― piscou e saiu procurando o responsável pelo setor.

[...]

Sehun estava todo sujo de tinta terminando o seu quarto quadro do dia, estava tão inspirado que não conseguia parar, estava a dois dias direto pintando, só saía para comer, tomar banho e saiu na noite para tomar um pouco de café e conversar com Taeyong.

― Príncipe ― Kyungsoo abriu a porta devagar ― Você não quer almoçar?

― Depois, meu bem ― Sehun respondeu olhando para a sua tela ― O que acha? ― se afastou e Kyungsoo olhou para a tela ― Cinza é bom?

― Eu gosto ― sorriu ― É para sua exposição?

― Sim, é no final do ano, mas eu quero os melhores quadros ― disse e olhou para o marido ― JongIn vem aqui hoje?

― Acho que não, ele disse que estava cansado e que iria dormir assim de chegasse em casa. ― contou ― Acho que final de semana ele deve vir passar o dia aqui.

― Amor, o que acha de o chamarmos para morar com a gente? ―perguntou e Kyungsoo tentou não fazer uma careta ― Você não gostou da ideia, não é?

― Príncipe, JongIn tem a vida dele e eu duvido muito que ele deixe a Soojung e o apartamento para vir morar conosco, ainda mais agora que estamos oficialmente juntos faz poucos dias, não é nada de meses ― explicou e Sehun bufou ― Mas se você quiser tentar, podemos perguntar.

― Não, você está certo, eu fiz uma viagem mental aqui ― riu sem graça ― Vai ficar em casa hoje?

― Vou resolver as reuniões daqui, eu não estou bom do estômago. ― disse e Sehun foi até o mais velho ― Eu estou bem.

― Não, primeiro esse cansaço e agora a dor no estômago ― Sehun suspirou tocando no ombro do marido ― Iremos ao médico, isso pode ser gastrite, Kyungsoo.

― Já fui ao médico, ele disse que estava tudo normal, lembra? Tanto que passei pela nutricionista ― lembrou, mas Sehun não parecia muito feliz ― Príncipe, eu estou bem. ― sorriu ― Não fique preocupado e nem preocupe, JongIn.

― Ok.

[...]

― Eu quero um vestido de noiva simples ― Soojung disse andando com JongIn para o apartamento ― Podemos vender a pulseira que o casal te deu e comprar meu vestido.

― Se manque Soojung, seu noivo é rico ― apontou e a beta riu ― Você vai casar onde?

― Em uma capela na França, Ian queria alugar um castelo ― disse e JongIn riu ― O que foi?

― Você ex vendedora de pack de pé casando com um rico que conheceu em site de pack de pé ― brincou e Soojung riu ― França, hein.

― Mas vamos morar aqui ― avisou ― E você vai morar do meu lado.

― Vou é? ― sorriu.

― Sim, já planejei tudo.

― Obrigado por me incluir, amiga ― colocou a o braço no ombro da beta enquanto entravam no prédio. ― Queria ir dormir com os alfas, mas eu estou cansado e sei que eles também estão.

― Saudade dos paus né? ― brincou e JongIn riu.

― Saudade de cada um, eu tô muito mimado por eles ― suspirou ― Kyungsoo me ligou hoje cedo quase gemi de saudade, mas também preocupado, Sehun mandou mensagem dizendo que o Do não estava bem.

― Cadelinha mesmo, mas uma cadelinha preocupada ― entraram andaram até o elevador, mas foram parados pelo porteiro ― Oi senhor.

― Senhor JongIn, deixaram isso aqui para o senhor ― sorriu entregando um pacote.

― Obrigado ― agradeceu.

Os dois entraram no elevador e quando chegaram no andar do apartamento Soojung abriu a porta, o Kim largou sua bolsa no chão e sentou no sofá com o pacote em mãos, Soojung correu e sentou ao lado dele.

― O que é? ― perguntou e JongIn abriu o pacote ― É uma caixa da Gucci?

― Não cara... ― abriu a caixa e tirou uma jaqueta ― Porra.

― Vai se foder, o Ian nunca me deu nada da Gucci! ― gritou e JongIn olhava a jaqueta incrédulo. ― É uma jaqueta da Gucci!

― Meu Deus ― JongIn largou a jaqueta no sofá ― Meu Deus!

― Isso custa a minha vida! ― Soojung disse inconformada ― Na verdade minha vida nem chega ao valor disso aqui ― apontou ― Coloca!

― Eu não ― disse e pegou a caixa tirando um bilhete ― ‘’Um presente para você, meu amor.’’ É do Sehun.

― Como você sabe? ― ela viu o papel e não havia nome.

― Ele me chama assim, Kyungsoo me chama de bebê ― disse com vergonha e Soojung segurou a vontade de rir da cara do amigo. ― Mas eu não entendo, um presente assim do nada?

― Namorados fazem isso amigo, esqueceu? ― perguntou e riu pegando a jaqueta ― Na verdade você só namorou idiota, então não sabe o que é ser mimado e bem tratado.

― Mas uma jaqueta da Gucci? ― perguntou e Soojung colocou a jaqueta em seu corpo ― Soojung!

― Se não quiser, eu quero ― ela disse e entregou ao amigo ― Tá que Ian me deu umas coisas da Channel, mas porra, eu gosto da Gucci também.

― Aquele teu perfume é da Channel né? ― perguntou e colocou a jaqueta ― Como estou?

― Ícone, eu acho que eles são seus sugar daddys ― Soojung falou rindo.

― Vai se foder ― rebateu rindo ― Eu acho que não vou me acostumar com isso, eu gosto de presentes, mas coisas assim por mais que sejam boas me deixam um pouco desconfortáveis.

― Eu sei a sua síndrome de ser independente e tal, rachar conta e comprar coisas parceladas, mas assim, JongIn, os dois são seus namorados e eles estão e irão lhe dar presentes de acordo com o que eles estão acostumados, e eles estão acostumados com isso ― apontou para a jaqueta. ― Eu acho que até certo ponto é legal você aceitar, mas se forem coisas que realmente passarem e te deixarem muito incomodado, aí você fala.

― É, é mesmo ― sorriu pequeno ― O ruim é o que eu posso dar de presente a eles um dia? Kyungsoo me deu aquela pulseira que eu fui pesquisar e ela custa mais de 4 milhões, Soojung.

― O que você tá usando beira a 10 milhões, querido ― riu ― E outra, você já dá seu cu, não precisa de mais nada.

― Sua merda! ― gritou e Soojung riu.

[...]

JongIn entrou na casa dos alfas e deixou sua bolsa no sofá, seguiu até a cozinha e viu Sehun ali sentado a mesa concentrado em algo no celular, o Kim colocou as mãos no ombro do Oh e ele riu.

― Oi amor, achei que não viria mais ― O Oh disse levantando a cabeça para olhar o Kim ― Tudo bem?

― Tudo sim. ― beijou a testa do alfa ― Sábado de manhã e você aqui na cozinha olhando o seu celular, o que aconteceu? Cadê o Soo?

― Eu estava pesquisando algumas coisas para uma reforma que quero fazer aqui em casa ― comentou bloqueando o celular, levantou e abraçou o ômega ― O Kyung está no quarto dormindo, eu tive que obriga-lo a dormir.

― Baekhyun comentou ontem comigo que estava preocupado com o nível de trabalho do Soo ― JongIn disse angustiado ― Eu me senti mal, sabe? Ele falou que talvez Kyungsoo esteja se entupindo de trabalho, porque nem conseguia falar com ele. Aí eu fiquei mal porque não percebi.

― Nem eu percebi, amor ― suspirou e beijou a boca do ômega ― Ele foi ao médico, é estresse. Eu queria a sua ajuda para uma coisa...

― Não inventa nada na praia ― apontou e Sehun riu.

― Não amor, eu quero que ele pegue férias, pelo menos duas semanas. ― explicou ― Mas para isso preciso da sua ajuda, eu não entendo porra nenhuma de empresa.

― E você acha que eu entendo? ― rebateu e Sehun riu ― Eu não sei não, mas eu posso ajudar. Podemos falar com o Baekhyun.

― Kyungsoo tem um sócio, eu vou tentar falar com ele. ― murmurou e o ômega assentiu ― Se você quiser ir lá no quarto acordá-lo.

― Não, acho bom esperar ele acordar sozinho ― disse e se afastou do Oh ― Posso usar a cozinha? Não tomei café direito.

― Fica a vontade amor, a casa é sua.

[...]

Kyungsoo acordou com carinho nos seus cabelos, reconheceu pelo cheiro e procurou o corpo quente do ômega, ouviu a risadinha dele e o apertou em um abraço.

― Oi bebê ― disse abrindo os olhos e JongIn riu deixando um beijo em sua testa.

― Dormiu bem? ― perguntou e o alfa assentiu e bocejou ― O sono foi bom, né? Eu cheguei bem cedo e já vai anoitecer e só agora você acordou.

― Eu estava muito cansado ― disse ― Cadê o Sehun?

― Fazendo o jantar, ele me expulsou da cozinha ― disse e o alfa riu ― E também não me deixou entrar no quarto onde ele pinta.

― Vai demorar, eu quase não conseguia entrar também ― falou ― Ainda me sinto tão cansado.

― Soo, o que você acha de ficar de férias?

― Uh?

― Férias... ― disse e Sehun entrou no quarto ― Seria bem legal, você iria relaxar.

― Eu não posso parar, tenho algumas coisas para fechar, não tem como pegar férias.

― Você é o dono, meu bem ― Sehun disse da porta ― Falei com Minseok, e ele disse que pode tomar conta por duas semanas, que só vai te ligar e mandar coisas se for necessário.

― Sehun. ― o alfa disse sério e JongIn ficou parado sem saber o que falar ― Não é assim que se resolve as coisas.

― É sim, você vai entrar de férias e fim ― o Oh disse e saiu andando.

― Que porra! ― gritou e JongIn o encarou.

― Soo, ei, calma ― pediu ― Presta atenção, eu e Sehun estamos preocupados com você, Sehun resolveu com o seu sócio e fim, aceite. Sei que talvez esteja puto porque não conversaram, mas ponha na cabeça que ele quer o seu bem e pensa no seu corpo e mente. Por favor, não brigue com ele.

― A empresa é algo importante, JongIn ― Kyungsoo levantou ― Eu estou cansado? Sim, estou. Mas não posso parar por duas semanas ― pegou seu celular na cômoda ― Preciso resolver isso.

― Sério? Uma DR? ― JongIn levantou também ― Então pau no seu cu e se passar mal por aí depois não quero nem que me chame. ― saiu andando para fora do quarto ― Sehun!

― Oi! ― respondeu saindo assustado da cozinha.

― Vamos sair, Kyungsoo tá um chato e eu não quero brigar ― disse puxando o Oh pela mão que só conseguiu deixar o pano de prato no sofá ― Já comeu sanduiche de esquina?

― Acho que já ― disse confuso colocando seu sapato e JongIn assentiu abrindo a porta. ― Amor, minha carteira!

― Eu pago, não consigo te pagar uma jaqueta da Gucci, mas um sanduiche dá. ― sorriu e Sehun assentiu sorrindo.

[...]

Kyungsoo andava pelo seu escritório e seu computador ligado com Minseok na tela, rindo baixinho.

― Não, eu não vou parar por duas semanas, Minseok!

― Vai. ― o Kim sorriu ― Você mesmo disse uma vez que o que o Sehun fala, é lei. E ele disse que você vai tirar férias e eu irei tomar conta, então aceite.

― Mas e-

― Kyungsoo, você passou mal essa semana toda completamente estressado, você quer ter alguma coisa ainda pior que isso? ― perguntou cruzando os braços e Kyungsoo o encarou pela tela do computador ― E outra, você disse que estava em um romance aí, você e Sehun, então nada melhor que aproveitar esses dias para estar com o romance de vocês.

― Hm.

― Tchau, Kyungsoo ― riu ― Meu marido está chamando e minha filha não janta sem que eu esteja na mesa.

― Mande um beijo para o Luhan e Mei. ― sorriu e Minseok assentiu desligando a chamada de vídeo. ― Agora preciso conseguir com que Sehun e JongIn me desculpem...

O alfa dos meus sonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora