A Lei do Amor

06

Na Delegacia

-- Pelo que me contou advogada, as ameaças já vinham sido feitas antes mesmo da tentativa de sequestro.
(falou o Delegado)

Isadora estava sentada na frente do delegado,  já David estava em pé em um canto da sala com o celular nas mãos.

-- Isso. Eu preciso de proteção até encerramento do caso. (disse ela)

-- Nós não temos efetivo suficiente para lhe dar proteção constantemente senhorita,  a doutora não poderá ir pra casa já que sabem o seu endereço.  Não tem algum outro lugar que possa ficar até tudo ser esclarecido? (disse o Delegado)

-- Eu... (ela tentou lembrar)

Isadora não tinha ninguém,  saiu do orfanato ao completar a maior idade e sua única amiga era Pamela. Sua casa era lá.

-- Ela tem sim. Se já terminou nós já vamos. Obrigado delegado.
(disse David)

David puxou Isadora pelo braço.

-- David? (disse ela já do lado de fora)

-- Você vem comigo.

-- Pra onde? (disse ela com cara de confusa)

Ele olhou para os lados,  verificando se estavam sozinhos.

-- Para a minha casa.

Isadora ficou em choque com oque ele disse.

-- Não! (gritou ela)

-- Não tem outra opção Isadora. Quer morrer?

-- Meu caso vai perder a credibilidade se ficarmos juntos. Estamos e. Lados opostos.  (disse ela)

Ele suspirou impaciente.

-- Não importa mais Isadora, acabei de receber uma notificação do tribunal  de que não sou  mais o Juíz no caso.
(Disse David)

-- Mas como? Porquê?

-- Deve ser porque eu recusei a propina que me ofereceram, para esquecer e sumir com a informação do  pendrive.
(falou ele)

David abriu a porta do carro.
Ela entrou em silêncio.

-- Sabe oque isso significa.  (disse ele)

-- Sei, estão se movimentando... Affz!

-- Exatamente.  (afirmou ele)

-- Mas porque esta me ajudando?

-- Eu já estou envolvido,  agora que não sou mais o Juíz do caso posso te ajudar a afundar esse canalha do Lorenzo Guerreira,  odeio quando mexem com meu trabalho.  (disse ele)

-- E  a idéia de me levar a sua casa?
(disse ela desconfiada)

David a olhou.

-- Ninguém ira suspeitar que você está na casa do Juíz que condenou seu caso, e que abertamente temos rivalidades.  (disse ele)

-- Faz sentido.

O trajeto até o condomínio foi silencioso.

Eles chegaram ao apartamento dele.
Se localizava na área nobre da cidade, uma bela cobertura.

Disse ele:
-- Fique a vontade.  Na sua suíte tem banheiro e se quiser comer a cozinha e por ali.

Isadora olhou o lugar, ainda era difícil de acreditar que estava recebendo ajuda da pessoa que a persegui-a no trabalho.  A rivalidade entre eles era notória.

-- Obrigado.  (disse Isadora)

-- Tá ok.  Boa noite.

-- Boa noite. (disse ela)

Ja Sozinha no quarto ela tomou um banho e colocou um roupão.  Deitou na imensa cama e desejou dias melhores pela frente. Precisava relaxar e pensar em uma solução.

Estava  tão exausta que dormiu rapidamente.

No quarto de David.

Ele ainda tentava compreender como pode trazer sua inimiga para morar debaixo do mesmo teto.

"Instinto de protetor?"
"Loucura?"
"Solidão?"
Tentava compreender.

Por um momento sentiu compaixão da moça, com sua cabeça a prêmio, o grande magnata  iriam come-lá viva.  Ela se meteu em um ninho de cobras ao aceitar o caso de Cíntia, e agora sua vida corria perigo.

Seu bom senso quis ajudá-la,  mas agora estava atolado juntamente com ela nisso tudo.

David tentou articular uma maneira de salvar ambos, mas sua mente estava um turbilhão.
Do outro lado do corredor estava o motivo de seu tormento a dias, a mulher tinha capacidade de irrita-lo e ao mesmo tempo chamar sua atenção.

-- Que droga. (exclamou ele)

Se não resolvesse essa questão rapidamente, não teria paz de novo.