Problemas

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Capítulo não revisado

// Narradora on //

A mente de Deidara sempre foi confusa e estranha, mas dessa vez estava mais que o normal. A insegurança incomum em relação ao seu kinjutsu predominava e ele se sentia estranho, sujo, nojento. Afinal de contas, que tipo de ser humano tem quatro bocas e é praticamente uma bomba relógio, capaz de se explodir a qualquer momento?

Essas questões estavam no fundo de sua mente, escondidas e cobertas por aquele sentimento que define sua personalidade: orgulho. Nunca admitiria pra qualquer outra pessoa que, lá no fundo, se sentia insuficiente e estranho pra garota que estava sentada à sua frente, no grande pássaro de argila que sobrevoava a floresta.

O jeito que S/n reagiu ao relato do loiro o fez ter quase certeza de que ela não se via tendo uma família com ele por conta de seu jutsu, um pensamento completamente errôneo considerando o estado mental abalado dela em relação à esse assunto em particular.

S/n nunca quis ter filhos e sua última experiência em relação à isso fez ela ter ainda mais certeza, mas começou a se sentir estranha depois que soube que NUNCA poderia ter um descendente. Quem sabe o fato de Konan estar grávida, ou S/n ter seus sentimentos constantemente postos a prova, ou simplesmente seu "instinto maternal" (termo um tanto machista) tem deixado sua insegurança gritando aos quatro ventos que Deidara a abandonaria se ela contasse a verdade.

Tudo seria resolvido simplesmente com uma conversa saudável colocando as verdades na mesa, mas todas as vezes que Deidara perguntou se está tudo bem, ela mentia que sim. Enquanto o loiro prestava atenção em comandar o pássaro, S/n sentada em sua frente soltava lágrimas silenciosas.

Foi assim as últimas 7 horas de viagem inteiras, um silêncio mortal e incômodo recaído sobre o casal enquanto eles tomavam caminho em direção ao esconderijo.

- Quer fazer uma pausa?

Ela acentiu com a cabeça limpando disfarçadamente o rosto, e ele desceu próximo de um rio calmo. A paisagem do pôr do sol atrás das árvores e refletindo na água seria bela se suas mentes perturbadas estivessem com condições de apreciar.

Quando desceram, a mulher sem nem ao menos olhar pro loiro pulou do pássaro e foi em direção ao rio, tirando seu manto e vestido, ficando só de roupas íntimas e entrando na água até seu corpo estar totalmente submerso.

Deidara apreciou apenas por segundos a visão do belo corpo de sua amada, que em sua opinião era o melhor, e foi o suficiente pra pensar uma coisa: "não vou deixar ela escapar". Suas inseguranças se foram enquanto o mesmo tirava sua roupa e entrou junto na água gelada.

- Ainda bem que o inverno passou.

Ele se aproximou da (morena, loira...) e circulou sua cintura com os braços, colocando o rosto no seu pescoço e inspirando o cheiro doce que sua amada exalava. Ela apenas suspirou e, sem conseguir conter as lágrimas, virou o corpo o abraçando forte e escondendo o rosto em seu peito. Soluçava nos braços do loiro, pedindo aos deuses que nunca o tirassem dela.

Ele por sua vez foi ficando cada vez mais preocupado, afinal fazia meses que não via sua amada chorar e sabia que só acontecia em ocasiões de sentimentos extremos.

- O que te aflige, minha bombinha?

- Você realmente me ama?

A pergunta pegou ele de surpresa.

- E você ainda tem dúvida?

- Me amaria mesmo eu não podendo realizar seus sonhos?

Cristal Explosivo - Imagine DeidaraOnde histórias criam vida. Descubra agora