15.Fred

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Já havia passado uma semana e Mills ainda fazia questão de não olhar em minha cara e isso doía pra caramba. E eu ignorava Cinco de todos os modos, pois eu coloquei em minha cabeça que eu não iria mais ser feita de idiota por ele, é como se eu quisesse me livrar e deixar de ser atraída por ele.

- Mills, posso falar com você? - Perguntei esperançosa ao ver ela passar por mim no corredor, desde que a gente havia se desentendido eu não deixava de correr atrás dela nem uma única vez.
Mills não me respondeu, apenas continuou andando. Segurei a droga do choro.

- Ih ! Acho que sua amiguinha não quer mais saber de você... Até que eu entendo ela.

- Hargreeaves... - Revirei os olhos ao avistar ele, que se mantinha com as mãos no bolso.

- Lindo como sempre. - Ele disse e eu fechei a porta do meu armário com força.

- Não, idiota como sempre.

- Posso até imaginar porque ela não quer falar com você. - Ele disse e riu.

- Ah é? Então me diz o porquê. - O desafiei.

- Simples...Eu e você. - Ele disse indiferente. - Vá lá e confie na sua amiga, conte para ela que nós transamos, que você é apaixonada por mim e que eu te proporciono muito prazer. - Eu ri debochada.

- Não sonha. - Falei.

- Mas não é verdade? Ou você vai dizer que nós nunca transamos?

- Vou dizer que nós nunca transamos, pelo menos para tentar ficar feliz...- Número cinco me olhou e riu.

- É incrível como você mente para todos e para você mesma. - Ele tocou em minha ferida, aquilo me atingiu em cheia. - Pensei que você fosse mais inteligente...Me ignorar, não vai fazer você se afastar de mim. Eu te tenho, entenda isso.

- Não, você ACHA que me tem. É bem diferente.10

- É aí que você se engana... LUNINHA. - Ele deu ênfase ao meu apelido (extremamente ridículo).

- Me deixe em paz, Cinco. Eu estou apenas tentando ser quem eu era antes de te conhecer.

- Ok, mas só pra te avisar que: Sua pureza não volta, eu não posso te devolver ela. Desculpe. - Ele disse implicante como sempre, riu e saiu. Filho da puta.

Bateu o sinal e fui para a sala de aula sem vontade alguma. A aula de inglês foi normal, tirando a parte que eu tive que ver minha melhor amiga rindo loucamente com Sadie como se elas realmente fossem íntimas, caralho, elas não eram, nunca foram. Ridículo isso. A verdade era que Mills me fazia muita falta, ela era praticamente minha única amiga, a única pessoa que eu podia confiar e não confiei.

- Professora? - Chamei e ela me olhou. - Será que eu posso ir tomar uma água?

- Não está se sentindo bem de novo, Mary? Aham, sei. - Jenna se meteu.

- Garota, me responde uma coisa, eu te chamei no assunto? Ah claro que não, é que ser metida é sua especialidade.

- Eu falo o que eu quiser. - Ela tentou se defender.

- Só fala o que quiser pessoas com conteúdo, e não, você não tem isso. - Jenna ficou quieta. - Ah e eu tenho uma pergunta: Como vai as coisas com o seu pai? Fiquei sabendo que ele descobriu que havia um garoto em sua casa, alguma coisa assim... - Fui uma verdadeira megera, confesso, mas não mais do que ela. Jenna me olhou com uma cara do tipo ''como você sabe?'' e eu ri, enquanto a turma cochichava. - Ah e se você quer saber, não, eu não estou me sentindo mal...Só estou com sede. Isso te incomoda?

- Não. - Ela disse seca e desviando o olhar de vergonha.

- Ok. Posso ir professora?

- Sim, Luna, vá. - Ela disse com um sorriso breve nos lábios. Saí da sala.

𝐩𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐬𝐢𝐯𝐞 •𝐚𝐝𝐚𝐩𝐢𝐭𝐚𝐜𝐚𝐨• Onde histórias criam vida. Descubra agora