Amigos unidos jamais serão vencidos

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Com a chama da determinação todos votaram a favor da armadilha. Beliath e eu partimos para a floresta na noite seguinte marcando o caminho até a mansão, dentro da casa os demais vampiros estavam posicionados e alerta.

No caminho de volta algo deu errado uma criatura de aparência mais madura que a Leandra nos surpreendeu e com um golpe certeiro derrubou o Beliath.

- Você já tem seus próprios problemas na mansão garotinha...eu e meu filho temos assuntos a tratar e você não pode impedir.

Ela abriu suas asas e num passe de mágica desapareceu levando consigo meu amigo.

- E agora? Tenho que avisar ao outros...mas, o que será que ela quis dizer com...a mansão...o assassino...oh céus! ( Tenho que correr. Espero que não seja tarde!)

As portas da mansão haviam sido despedaçadas por uma força imensurável. Eu adentrei sem me preocupar com o perigo e ao chegar no grande salão por sorte o assassino havia sido capturado. Todos estavam salvos, mas, não havia tempo Beliath precisava de nós.

Vladimir e Ivan ficaram na mansão e guiei os outros até onde vi nosso companheiro pela última vez. No meio do caminho Leandra veio em nosso encontro e graças a ela entendemos o sequestro relâmpago e o ataque coordenado do assassino, a isca havia funcionado, com o cheiro do meu sangue o assassino se esqueceu de todo o resto e foi pego em nossa rede.

Asmodée a Súcubo milenar de complô com Neil nosso encarcerado assassino, tramaram para que cada um conseguisse o que queria. Localizar nosso amigo foi fácil, rastros de magia negra estavam por toda parte e o confronto era iminente.

Quando avistamos nosso amigo corri para ajudá-lo, sua mãe veio em minha direção e Leandra interferiu recebendo o primeiro golpe, Ethan e Raphael entraram no combate, com força e destreza que jamais vi igual. A luta foi violenta sem dúvida estaríamos mortos se majestosas criaturas não surgissem em nosso socorro.

- ( Aaron e Farah, que sorte a nossa!)

Com a ajuda dos nossos corajosos lobisomens a batalha foi vencida, a Súcubo foi morta, Beliath estava ferido, mas, iria sobreviver. Quando regressamos a mansão deixamos Ethan cuidar do nosso amigo e nos reunimos no grande salão.

Muito foi dito e esclarecido naquela noite, já estava quase amanhacendo quando decidimos que Neil nosso assassino misterioso seria libertado para ir embora, o soltamos e tão rápido quanto o vento ele desapareceu cruzando a porta. Para onde ele iria com a luz do Sol quase surgindo... não sabíamos e tão pouco importava, era hora dos vampiros se recolherem para um descanso mais do que merecido.

* Raphael pegou em minha mão e me conduziu ao seu quarto*

- Meu doce cálice, agora podemos conversar tranquilos. Você foi extraordinária em batalha e sua força contagiou a todos!

- Nossos amigos precisavam de ajuda Raphael... vocês são o mais próximo de "família" que conheci na vida e jamais poderia virar as costas para qualquer um aqui.

- Minha musa, agora percebo em sua essência a resiliência que eu necessitava para seguir a diante.

- Então... você voltou atrás...quer dizer não está pensando em se afastar de mim?

Raphael tomou sua decisão  de ficar ao meu lado, juntos escreveriamos uma nova história, a nossa história e sua determinação em prol da nossa felicidade resplandeceu em seu olhar.

Naquela momento minhas preocupações se dissiparam na forma de um beijo ardente, minhas angústias foram transformadas em ávidos arrepios de prazer, toda tristeza que uma vez eu senti agora eram substituídas por um arrebato de amor.

Nossos corpos se uniram e tão quente como a luz do Sol nossos desejos aqueceram a cama, nos perdemos em nossa brincadeira deliciosa, delirando de paixão e prazer até cairmos exaustos.

No cair da noite Raphael e eu estávamos no pequeno salão, ao pé da lareira nos abraçamos enquanto meu doce vampiro recordava trechos de sua vida humana, a limonada sua bebida mais apreciada, seus quadros e pequenos detalhes de festas e celebração desde a infância. Meu doce Raphael se comoveu ao saber que destas alegrias eu pouco ou nada tive durante meu tempo no orfanato, aniversários, um baile aos 15 anos, um parente para abraçar a cada novo ano... faziam parte de ciclos familiares que não pude compartilhar.

- Minha amada Eloise, eu estarei sempre aqui para você!

* A porta do pequeno salão abriu e nosso lobo entrou com uma visitante*

- Boa noite amigos! Espero não estar interrompendo nada!

- Claro que não Aaron, Raphael e eu estávamos apenas conversando!

- Eloise, pelo que sei você descobriu sobre uma certa flor no jardim, me senti na obrigação de lhe informar que ela foi colocada lá por um vampiro...mas precisamente o "irmão" do Raphael.

- ALESSIO!?

Raphael estava mais abismado do que eu com essa revelação.

- Na noite de minha saída da mansão ele estava no jardim e o surpreendi. Ele me disse que esperava que a Eloise jamais precisasse usar tal poder, mas, que deixaria a flor lá na esperança de que nossa jovem amiga não compartilhasse do mesmo triste fim do seu antigo amor...

- ( Alessio... Ele quis evitar que eu me machucasse por causa do Raphael. Exatamente como ele disse que aconteceu com a Margarita.)

O semblante do Raphael era sereno apesar de tudo. Seu irmão mesmo sem a intensão lhe deu a oportunidade de recomeçar e fazer tudo certo.

- Se me dão licença, devo levar nossa convidada ao Beliath, ele tem que se alimentar.

*Aaron se retirou com a bela moça que por diversas vezes vi na companhia do nosso sedutor no Moondance*

Raphael passou a noite reflexivo, embora isso não o impediu de declamar juras de amor ao meu ouvido.

*Adormecemos*

Mais uma noite se iniciava na mansão e quando despertei meu amado não estava no quarto, o procurei por todos os lados da mansão, porém, sem sucesso.

- ( Raphael onde você está?)

O Pintor, Uma Musa e o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora