"Acho que você não queria dizer isso. Então, irei ignorar a sua pergunta" respondeu friamente me olhando por cima.
"Eu..." comecei falando.
"Astoria" minha mãe interrompeu me chamando animada demais. "Lembra dos Lockwood? Você costumava conversar com eles." ela reparou no Draco ao meu lado surpresa. "Malfoy, Astoria comentou algo de sua mãe. Espero que esteja melhor" Draco apenas acenou, sem mudar a expressão.
"Lembro deles, por quê?" questiono tentando tirar atenção dela do Draco. Eu conhecia a mãe intensa que eu tinha.
"Eles trouxeram o filho deles, que irá começar a trabalhar no Ministério de Magia semana que vem." respondeu. "Ele é bonito, rico e conhece muitas pessoas importantes" completou animada. "Conversei com ele sobre você. Ficou muito interessado. Suas tias o amavam. Disseram que é um amor!" parecia que minha mãe estava vendendo um produto.
"Fico feliz pelos Lockwood, mas não tenho desejo algum de conhecer o filho deles" digo irritada. Não preciso que ninguém me arrume um marido.
"Não seja boba, querida! Até seus tios o aprovaram" continuou falando sem desistir. Cerrei os olhos desconfiada de suas palavras. Não acreditando na ideia que estava passando na minha mente.
"Desde quando a senhora está trocando cartas em meu nome?" perguntei muito nervosa.
"Astoria, você estava ocupada estudando para aquela prova, lembra?" respondeu na maior cara de pau. Não era possível ter uma mãe assim;
"Mas isso não te dá o direito de escrever cartas em meu nome!" exclamo extremamente irritada e acaba saindo um pouco alto.
"Eu sou sua mãe" respondeu em tom de repreensão. "Isso me dá direito de muitas coisas. Você o chamará para conhecer a nossa casa amanhã."
Sinto uma revolta tão grande subindo no meu peito e meus olhos chegam a quase lacrimejar para deixar sair toda raiva do absurdo que eu ouvi dela. Olhos para os lados respirando fundo. Uma cena não seria legal e, provavelmente, eu me arrependeria depois.
Acabo focando em Draco, que levantou brevemente os lábios como se estivesse se divertindo. É claro que ele deve está achando graça, não era com ele. Mas poderia ser. Lanço um sorriso para ele.
"Não poderei chamar o filho dos Lockwood, mãe" digo quase cuspindo a última palavra. "Amanhã sairei com o Draco."
"Você pode marcar para visitar Narcisa outro dia, querida."
Balancei a cabeça sorrindo do iria declarar.
"Você não está entendendo" retruquei achando graça. "Terei um encontro com Draco, no Beco Diagonal"
Tenho certeza se os dois estivessem comendo cuspiriam tudo. Ri da expressão chocada da minha mãe e das sobrancelhas levantadas do dele. Pois bem, se Draco estava se divertindo às minhas custas, então ele participaria.
"Oh!" exclamou olhando para nós dois. "Eu... Você não falou que estava interessada ou conversando com Draco."
Draco me encarou friamente com a boca apertada rigidamente. Talvez pensando em quantas maldições ele poderia me lançar.
"Estávamos trocando cartas" menti descaradamente. "E acabamos de combinar o nosso encontro" a boca dela estava bastante aberta. Mesmo assim continuei. "Por isso não poderia chamar o filho dos Lockwood nunca." me aproximei de Draco colocando minha mão no cotovelo dele e por um momento pensei que ele iria a tirar dali. "Está ficando tarde e Draco está preocupado com sua mãe. Acompanharei Draco até a saída" finalizei puxando Draco até a porta do salão, mas no meio do caminho comecei a cambalear e ficar enjoada, por causa do maldito Whisky de Fogo, que eu engoli. E Draco foi obrigado a parar em um banco do lado de fora do salão. Me obrigou a colocar a cabeça entre os joelhos.
"Eu até perguntaria o que foi aquilo, Greengrass" disse friamente depois que percebeu que eu estava melhor. "Porém, sua mãe meio que explicou tudo."
"Hum" resmunguei com medo do enjoo voltar e querendo esquecer aquilo.
"Um aviso" começou rispidamente. "Não faça isso novamente. Você é amiga da minha mãe e não minha."
"Eu... Obrigada por não falar nada" agradeci ignorando o que ele disse. Afinal, me diverti e ele me ajudou ficando quieto. "Pode deixar que isso não acontecerá novamente."
Ele resmungou algo que não consegui entender e ouvir seus passos se distanciando do local onde eu estava sentada.
"Adeus, Greengrass" disse um pouco alto e sua voz gélida ecoou no espaço vazio. "E parabéns pelo emprego no Ministério."
"Como você...?" levantei a cabeça tão rápido que me deixou desorientada.
"Achei que a festa era sobre isso" respondeu sem emoção. " Por isso minha mãe me obrigou a vim, mas vejo que ela se enganou."
E saiu me deixando chocada.No dia seguinte, saí de casa falando para todos que iria em um encontro com Draco e fui ao Beco Diagonal só para andar. Em algum momento, esbarrei em Draco e ele acabou me questionou quantas vezes minha família arrumava encontros sem a minha permissão.
Depois desse dia, acabamos fingindo esbarrar um no outro durante um ano. No começo, ele só fazia perguntas e eu respondia. Com o tempo Draco foi respondendo as minhas.
Ninguém levou a sério a nossa relação até Draco me pedir em casamento. Todos que sabiam do meu problema de saúde, questionaram se estávamos cientes da dificuldade que seria ter um herdeiro, mas Draco disse que não se importava. Então, meus pais e meus sogros tiveram que aceitar. O casamento foi lindo e com poucas pessoas. E dois anos depois, Draco ainda me puxa para dançar cantarolando a música que escolhemos para minha entrada.
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O Convite
FanfictionQual é o poder de um convite? Talvez lembrar o passado? Quem sabe trazer dúvidas ao presente? Ou lhe dar coragem para enfrentar o futuro?