── 𝐃𝐘𝐍𝐀𝐒𝐓𝐘 . ❛❛Cɑos, luxúriɑ, pɑixões ɑrdentes e umɑ eternɑ guerrɑ de egos.❜❜
Esse é o itinerário que acompanha a volta de Destiny Wessex a mansão da família poucos meses depois do último escândalo que a fez partir em busca de férias. O plano...
"Isn't it lovely, all alone Heart made of glass, my mind of stone Tear me to pieces, skin to bone Hello, welcome home." - Lovely, Billie Eilish.
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DESTINY WESSEX
Vivemos em novos tempos, o que não quer dizer que alguns velhos costumes tenham sido esquecidos. É certo que a historia não pode ser apagada, assim como antigas dinastias não podem ser menosprezadas, afinal, em quem se pode confiar para cuidar dos negócios de família se não na própria família?
Confiar... uma palavra bem intrigante a se tratar dos Wessex, afinal de contas cruzei meio continente sem que Blake tivesse ao menos a gentileza de me confiar um bom motivo para isso, e com uma viagem tão longa acabou que tive tempo suficiente de confabular.
Ele pode estar morrendo, ou se divorciando, ou casando de novo. Bem, acho que teria visto nas manchetes se alguma dessas opções tivesse fundamento; Tucker com certeza teria me ligado para contar as novidades, ele trabalha melhor que qualquer tabloide de fofocas - quando não está de ressaca, enfiado em alguma orgia ou bancando o filho revoltado -, mas a questão principal é descobrir logo porque estou aqui, e fugir para longe antes de ser obrigada a lidar com algum grande problema que não me dê escapatória.
Notei, olhando para a pequena janela do jato particular, que já havíamos pousado em terra firme há algum tempo, maravilha, mal começamos e já estou auto-sabotando meu próprio plano com atrasos imprudentes. Tomei um segundo do meu tempo já perdido para beber o resto de champanhe em minha taça - ruim, agora que em temperatura ambiente - antes de levantar-me e descer as escadas que me colocaram mais uma vez em solo britânico.
─ Bem vinda de volta, senhorita Wessex ─ Ergui o olhar, analisando por um breve momento o rapaz alto e uniformizado parado em frente a BMW preta com brasão da minha família.
─ Você não é o Rogers, ─ As tatuagens mal escondidas por baixo do terno o entregaram, assim como o fato de ser absurdamente mais jovem e mais bonito que meu antigo motorista. ─ Onde ele está?
─ Aposentadoria, pelo que parece. ─ O sorrio dele, não sei por que, não me levou a ter uma boa primeira impressão. ─ Perdão, meu nome é Quince, seu pai me contratou recentemente como novo motorista.
─ Hm, ótimo, então me mostre que ele tomou pelo menos uma boa decisão enquanto estive fora. Apresse-se.
Se de alguma forma isso serve de consolo, Quince nem precisou se esforçar para demonstrar que é tudo que um bom empregado precisa ser: rápido e silencioso. Logo estávamos atravessando os portões de entrada da humilde propriedade com mais de 10 hectares, portões dourados com um "W" no centro e uma serpente em volta da letra que davam boas vindas a qualquer pessoa corajoso o suficiente para entrar nesse mundo superficial, mecânico e implacável.
Veja só, já me sinto incrívelmente dramática. Combina com a situação.
