5 Adeus

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Algumas semanas antes no Brasil:

Giana on:
Eu estava no meu quarto quando meu pai me chama
- Gi, vem aqui precisamos conversa.
Desci até a sala onde ele estava, sentei na Poltrona ficando de frente para ele. Ele estava suando um pouco nervoso, nunca tinha visto ele assim. Meu pai é uns dos cara mais bilionários do mundo, mas sempre me ensinou que a vida não é nada fácil, ele sempre foi meu herói e, meu tudo. Nunca tinha visto ele conturbado como está agora. Então disse:
- diga. Vejo sua expressão mudar de séria para um sorriso acolhedor, que logo tratei de retribuir
-filha eu sei que aqui no Brasil você tem seus amigos e tals, eu na..
-papai vá direto ao assunto, esta me deixando com medo. Vejo sua expressão ficar séria de novo.
-Filha vamos nos mudar para outro pais, lá será melhor!
Nesse momento não consegui controlar as lágrima, elas já estavam escorrendo por todo meu rosto. Um silêncio absurdo tomou conta da sala. Um tempo depois resolvi quebra-lo;
-e quando vamos papai? Falei em meio a soluços.
- esta madrugada, eu sei que você queria se despedir de seus amigos, mas não vai dá tempo filha. Lá eu vou ter mais tempo pra você também! . disse com um sorriso, e percebi um brilho em seu olho, um que eu não tinha mais visto desde que minha mãe morreu.
Apenas assenti e me levantei para fazer minhas malas, escrevi também uma carta para cada amigo meu. Deixei por último a carta de Ana, minha namorada que agora e ex, não vou mais vê-la, e não quero que se prenda a mim.
comecei a escrever:
E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval — uma pessoa se perde da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão.
Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um indefinível remorso; e um recôndito despeito.
E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa vida; que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso confuso sonho?
Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e cantos. O inverno — te lembras — nos maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil.
Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus.
A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo. com amor:Gigigka
    Não demorou muito meu pai bateu na porta e falou;
- vamos gi, o avião já está no terraço nos esperando!
levantei peguei minjas malas levei as carta até uma empregada que tinha lá e pedi para que ela entregasse a eles.
     Já no avião depois de muito chorar, resolvi pergunta para meu pai qual era o pais que estávamos indo, então um sorriso se formou em seu rosto e ele disse:

Segunda chance para amar?Onde histórias criam vida. Descubra agora