O Contra-ataque da Vilã (Transmigração rapida)

1.(3) A jovem senhorita tímida e seu príncipe moderno.

1.(3) A jovem senhorita tímida e seu príncipe moderno.

Mellyn olhou para sua aparência refletida no espelho. A pele suave e clara, olhos escuros, profundos e cintilantes, como um par de pérolas negras, o cabelo preto ondulado que descia pelas suas costas até a cintura, cheio e brilhante, como algas marinhas, os lábios avermelhados e úmidos, como se implorasse por um beijo e o corpo era modelado e bem torneado como um violão.

O corpo de Melly Willston, a vilã, uma mulher mais do que bela, beirando a sedução. E que vai se tornar solteira em algumas horas.

De acordo com o enredo do livro, em algumas horas, o protagonista virá até a casa dos Willston interrogar Melly a respeito do acidente. Por sorte, ela entrou no corpo de Melly exatamente no dia em que as coisas começaram a dar errado para a dona original desse corpo. Se fosse muito tempo depois, seria um pouco mais complicado para fazer o que Mellyn tinha em mente, mas felizmente, ela entrou agora, no momento perfeito.

O guarda roupa de Melly era principalmente focado no trabalho, com ternos de alta costura de vários designes e cores diferentes; era perceptível que a garota será uma futura viciada em trabalho.

Mas isso não quer dizer que lhe faltavam roupas, afinal, ela também era muito preocupada com sua aparência fora do trabalho. Mellyn escolheu para hoje um vestido vermelho cetim com corte de cintura justa que delineava a bela cintura e se abria do quadril para baixo, chegando até um pouco acima dos joelhos, como uma flor vermelha flamejante em plena floração. As suas mangas caídas nos ombros revelavam o belo pescoço e ombros nus, como um convite para explorar mais afundo.

Afinal, uma ocasião especial requer uma roupa especial, hoje era um dia para se comemorar. O fim dos tempos de prisão de Melly em um falso amor.

A mansão Willston era elegante e aconchegante, cheio de boas memórias da infância da Melly original. Apesar dos Willston não fazer parte do círculo de mais ricos da cidade, ainda gerenciavam uma construtora, com boa fama e responsabilidade. Mellyn caminhou até a sala de jantar e tomou um bom café da manhã, enquanto o tempo passava, ela esperava pacientemente o início do "show" programado para hoje.

Melly não teve que esperar muito tempo antes que a porta se abrisse e Tomás entrasse segurando a mão de Holly, guiando-a até a sala de estar onde Melly se sentava, saboreando vagarosamente uma boa xícara de chá.

Oh, já de mãos dadas? E o que há com esse olhar ? Quem não sabe a história por trás, pensaria que Holly é a noiva e eu era a irmã cruel separando o casal.

"Ah, Holly! Finalmente você voltou! Você não tem ideia do quanto nossos pais e eu estávamos preocupados! Eu sei que tivemos uma discussão ontem mas você entende o quão perigoso é você sair sozinha por ai dessa forma? Você já é muito grande para esse tipo de coisa! Onde você passou a noite? E... Tomás...?"

Mellyn fez o máximo possível para se parecer com uma "irmã preocupada" ignorando o fato dos dois estarem de mãos dadas enquanto, por dentro, se perguntava como os protagonistas podem se aproximar tão rapidamente; foi basicamente você chora nos meus braços, eu te protejo e felizes para sempre, realmente estanho e anormal. É como se uma força mágica os obrigasse a se apaixonar, será esse o tão famoso "halo"?Enfim...

Melly não queria entender essa coisa porque ela não acredita que não consegue fazer esse casal anormal se separar.

"Eu... Eu..." Em frente a questão "onde você dormiu" da sua irmã, Holly não teve coragem de responder. Afinal, ontem mesmo as duas discutiram por ela se apaixonar pelo noivo de Melly e se hoje ela disser que dormiu na casa dele, ela seria, no mínimo, intitulada uma sem vergonha pelas pessoas de fora. Ela deu um olhar de ajuda ao protagonista masculino.

"Ela passou a noite na minha casa." É claro que o protagonista não entenderia. Para ele, que não sabia que era o motivo da discussão das duas, ajudar a cunhada que estava naquela situação é normal.

"Você..." Mellyn olhou para os dois primeiro com surpresa, seguida pela decepção e depois com tristeza e raiva infinita. Enquanto seus olhos esquentavam, sua voz saiu como um sussurro. "Então é realmente verdade." Uma lágrima solitária escorreu pela bochecha esquerda de Melly, como algo inacreditável que ela finalmente foi obrigada a abrir os olhos e ver.

"Mel...?" Tomás respondeu, confuso.

"Então você realmente estava comigo apenas por me parecer com minha irmã?" As lágrimas que ela não conseguia conter finalmente escorreram pelo rosto, como gotas de chuva, uma após a outra. Ela olhou para as mãos dos dois unidas, como se aquela fosse toda a resposta de que ela precisava.

"Mel eu..." Sob o olhar de Melly, o protagonista soltou a mão de Holly como se tivesse recebido um choque. Em sua mente a pergunta ainda ressoava"realmente estava com ela apenas por se parecer com a irmã?"

"Eu...Sim.. mas..."No começo, ele se aproximou dela porque ele achou que ela era a mulher que salvou sua vida, beirando a inconsciência, naquele dia; a mulher que permaneceu na sua mente durante todo o tempo internado no hospital... Ele queria conhecer melhor aquela mulher, ele se convenceu que não era apenas gratidão por salvar sua vida e sim amor verdadeiro. Agora...

Agora ele a encontrou e descobriu que reconheceu a pessoa errada todo esse tempo... Depois de tanto tempo com essa pessoa...Ele estava confuso. Ele amava Holly? Ou amava Melly?

Mellyn olhava para todos os sentimentos confusos do protagonista masculino e ria por dentro. Ela entendeu.

A Melly real quando foi questionada pelo protagonista, juntamente com a discussão com a irmã na noite passada, se sentiu completamente traída pelos dois. Ela chegou a pensar que talvez os dois já tivesse feito "mais do que dormir" quando Holly dormiu na casa de Tomás. Ela ficou com o emocional frágil e irritado, e, como qualquer pessoa comum, disse tudo o que lhe vinha a mente, então a protagonista fez o show de irmã intimidada, ganhando a simpatia das pessoas enquanto Melly ganhava a fama de vilã cruel.

Basicamente, o protagonista masculino é o típico que protege as flores frágeis enquanto Holly era a pequena flor que precisava de proteção. Mas e se ela não for a única? Mellyn estava ansiosa para ver que tipo de decisão o protagonista iria tomar no fim.

Holly não é a única que sabe fingir fragilidade, mais de uma pessoa pode jogar esse jogo. E, assim como esperado, quando Mellyn fingiu ser lamentável o protagonista sentiu culpa. Afinal, depois de meses de relacionamento e até mesmo ficar noivos, era impossível que o protagonista não sentisse absolutamente nada por Melly, ele apenas precisava de um empurrãozinho em direção ao precipício.

Agora, Tomás não tem certeza se ama Holly ou Melly. Depois que a semente da dúvida for plantada ela vai germinar e crescer e o protagonista masculino e feminino ficaram cada vez mais distantes.

"Holly tentou me avisar mas eu fui tola de não acreditar! Finja que esse noivado nunca aconteceu!" Com a voz embargada entre soluços, e lágrimas escorrendo pelos olhos avermelhados, Melly tirou a aliança de noivado, jogou no chão e correu porta a fora, enquanto Tomás ainda olhava a aliança no chão, sem reação. Ele não imaginou que isso acabaria assim.

"Pfff! Hahahahah! Melly finalmente pode cair na gargalhada enquanto dirigia o carro esporte vermelho longe o suficiente. Limpando os últimos resquícios de lágrimas dos cílios, ela pensou no seu plano bem sucedido.

Ainda será depois que os dois estiverem a sós que as coisas ficaram ainda mais quentes. Afinal, a frase " Holly tentou me avisar mas eu fui tola de não acreditar" não foi dita em vão.

A questão é: Tomás vai perguntar a Holly como Melly sabia que ele se aproximou dela com "segundas intenções"? O que exatamente Holly disse a Melly sobre ele? E Holly; o que será que ela vai responder? A garotinha tímida e inocente finalmente vai mentir para o protagonista?Quantas mais paredes subirão entre os dois? Realmente interessante! Nesse momento Melly desejou ser um pequeno mosquito para observar os dois quando estiverem longe.

Depois de cair do precipício não terá outra escolha a não ser afundar cada vez mais no abismo...

CONTINUA. . .

***

Então o que acharam?