Epílogo.

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Acordei.

Uma luz me encandeou e eu gemi... minha garganta estava seca e meus olhos doíam.

-Ei... calma, estou aqui.

Ouvi a voz da minha mãe e senti algo gelado em meus lábios, um copo. E eu me apressei a engolir a agua que tinha gosto de paraíso naquela altura do campeonato.

Aos poucos eu consegui abrir meus olhos, reconheci meu quarto em Archeon e o alívio me inundou assim que eu olhei pra minha mãe e soube, soube pelo seu sorriso que tudo estava bem.

-O que houve?

Eu ainda precisava da confirmação. Minha mãe sorriu pra mim e colocou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha.

-Depois que você desmaiou e Myk foi junto com você, o controle mental de Íris foi quebrado e ela conseguiu controlar seu povo antes de correr para seu filho. Eu e Cal fizemos o mesmo com você...

Suspirei e recostei a cabeça no travesseiro enquanto olhava pro teto.

-Por quanto tempo eu apaguei?

Perguntei. Horas, no mínimo considerando que já estávamos em Norta.

-Dois dias.

Na mesma hora eu dou um pulo da came e me arrependo, porque meu corpo todo protesta. Tudo dói... merda. Minha cabeça parece ter o peso de uma bigorna.

-Vai com calma, majestade.

-Mãe... O que houve nesse tempo todo?

Perguntei com zero paciência pra piadinhas agora. Minha mãe deu risada e continuou.

-Você usou muito poder em pouco tempo, se esgotou e não tinha treinamento pra sua quantidade de poder. Seu corpo cobrou o preço, filha. Mas... sobre o que você realmente quer saber: Eu e seu pai negociamos com Íris, concordamos com a paz definitiva. Élia e Lucca serão nossos embaixadores de paz, enquanto Íris vai voltar a governar Lakeland... o trono será passado para um de seus sobrinhos após sua morte. Você conseguiu querida... Você o deteve.

Ela sorriu... mas meu coração estava pesado enquanto lagrimas se acumularam em meus olhos.

-Mãe... eu... eu o matei?

Minha voz estava partida com a enorme possibilidade de ter assassinado alguém. Os olhos da minha mãe imitaram os meus enquanto ela se aproximava e me abraçava apertado, minhas lagrimas se libertaram e desciam silenciosas e quentes por minhas bochechas.

-Não, meu amor, não. Myk continua vivo... foi por pouco sim. Mas os curandeiros conseguiram salva-lo e eles está e sempre estará preso. Ele terá que conviver com cicatrizes bem feias... mas viverá.

E assim o alívio tomou conta.

4 meses depois.

Tudo estava bem na medida do possível.

Comércio e paz foi estabelecido com Lakeland e agora todos os reinos do continente co-existiam em harmonia.

Myk continuava preso mas recebia cuidados médicos e psicológicos que sua mãe bancava. Não a culpo, ela é mãe.

Meus pais estão oficialmente em férias e agora vivem no Palacete do Sol em Summerton com meus avós e tio Julian que finalmente decidiu se aposentar.

Élia e Lucca ainda estavam juntos e viviam viajando por entre Lakeland, Norta e Rift. Mas sua residência fixa era no palácio de Archeon... comigo. Eles eram os embaixadores agora, representantes de Norta e Lakeland nas relações públicas e comerciais.

Bash e Clara finalmente se assumiram. Eles são... fofos de se ver. Clara toda durona e Bash todo neném. Por falar nos dois, Sebastian tomou o lugar de Élia como minha conselheira real e Clara é a segunda em comando da segurança do palácio, perdendo apenas para a tia Farley é claro.

E Kaion? Bem... ele aparece de vez em quando sendo o Kaion de sempre... Não sei o que o destino aguarda pro meu eterno M.K... Mas sei que com certeza estarei lá para descobrir. Quem sabe o que acontece certo?

E eu... O que dizer? Acho que apenas sou... eu.

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