Cap. 1 Comemoração

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Todos os deuses vieram me cumprimentar. Já recebi até oferendas do povo olimpiano. Meu tio vem até mim sorrindo fraco.

- Tio D, tudo bem? - Pergunto preocupada.

- Nada que você deva se preocupar minha querida amanhã nós conversamos sobre.

- Você já vai embora assim tão cedo?

- A causa disso é a causa de minha tristeza. Minha noite acabou aqui na festa mas lá em casa mal começou... - Sorriu de lado. - Amanhã Ariadne não colocará os pés no chão.

- Dionísio! Isso não é coisa pra se falar com uma criança. - Ariadne o repreende.

- Tia Ari, eu já sou uma deusa imortal além de minha mãe também ser deusa do sexo. - Adverto a mais velha.

- Isso mesmo Ari, eu na idade dela estava aproveitando o maravilhoso sexo não que eu não aproveite agora... Não é mesmo meu bem? - Sela a bochecha da esposa que revira os olhos.

- Vamos pra casa D. Tchau querida e parabéns estamos orgulhosos de você. - Se despede.

- Obrigada. - Sorrio fraco.

"Estamos orgulhosos de você." Queria escutar isso dos meus pais mas depois da cerimônia eles saíram com Zeus.

- Ora, ora se não é a pequena Ket. - Apolo se aproxima de mim com um dos seus sorrisos encantadores.

Apolo e Ártemis são meio irmãos do meu pai assim os tornando meus meio tios se assim posso dizer... Mas bem que eu não queria ter esse parentesco pois tenho uma paixão secreta por Apolo desde muito tempo...

Apolo o deus do Sol, luz, oráculos, verdade, profecia, cura, doenças, música, poesia, arco e flecha, o iniciador dos jovens no mundo dos adultos, beleza masculina, perfeição, harmonia, equilíbrio e razão. Ele foi o primeiro deus que ficou imortal na forma jovem, cabelos loiros, sorriso encantador, vestimentas sempre na moda dos mortais, corpo definido... Enfim... Um deus grego completo.

- Boa noite, senhor. - Me reverencio percebendo sua tensão.

- Por favor Ket você sabe que pode me chamar pelo meu nome ou por tio se preferir... - Morde o lábio inferior se impedindo de continuar a falar.

- Desculpe força do abito de cumprimentar tantos deuses essa noite. - Rio sem graça e ele apenas observa.

- Você está bem mais radiante agora, como uma verdadeira deusa do olímpo. Me consede o privilégio de dançar comigo? - Estende a mão e a pego

- Como quiser. - Me guiou até o centro do salão e todos nos encaravam.

Apolo estala os dedos e começa a tocar uma música típica olimpiana.

- Lembra dessa música? - Pergunta.

- É claro! Você me ensinou a dançar ela quando criança.

- Boa memória Ket.

Rimos e dançamos e os outros se juntaram conosco. O final era o parceiro levantando a dama e a decendo de vagar. Meus olhos se encontraram com os do deus do sol.

- Controle sua forma imortal meu bem, afinal era eu quem deveria estar iluminando o salão. - Sussurra com seu rosto perto do meu.

- Aham... Espero ter enterrompido seja lá o que ia acontecer. - Viramos o rosto para a dona da voz. - Ainda bem que Zeus e seus pais não estão aqui e os outros deuses estão se comendo aos cantos do salão.

- Ártemis. - Me reverencio. - Não ia acontecer nada foi apenas uma dança com meu tio. - Me justifico para a deusa.

- E se acontece-se algo maninha ninguém estaria vendo mesmo, como você disse estão todos se comendo pelos cantos do salão. - Soou aborrecido.

- Apolo... - Ele levanta as mãos em rendição depois do olhar mortal de sua irmã gêmea. - Bem... Vim dar meus parabéns a nova deusa e me despedir. - Volta a me olhar.

- Agradeço sua presença aqui hoje. - Me reverencio novamente e ela também faz o mesmo.

- Apolo. - Encara o irmão.

- Tchau maninha! - Diz sorridente e se pondo em minha frente. - Você tem algum lugar para dormir?

- Bom... O tio D e Ariadne estão pondo a casa de cabeça para baixo neste momento e meus pais mal falaram comigo depois da cerimônia. Então a resposta é não.

- Vamos para minha casa então.

- Apolo, da última vez que eu fui na sua casa eu preferia ter ficado na casa do tio D me traumatizando com a transa dele com Ariadne do que gemidos e gritos de várias pessoas.

- Eu te chamo para a festinha agora,  já que agora você tem idade ou você ainda é...

- Vamos, antes que eu te mande para Grécia. - Ando em direção a saída.

Já fora do palácio desejo ter roupas de uma mortal e assim é feito. Estava com um vestido curto de alça jeans claro, uma blusa de manga branca, tênis branco e meu cabelo estava solto.

- Oi gatinha! - Apolo também usava roupas mortal calça de couro preta com um pequeno detalhe de rasgado no joelho esquerdo, camisa vermelha de botões e conturnos pretos. - Olha alí nosso transporte. - Aponta para uma luz que se aproximava.

Era um carro vermelho não me pergunte o modelo porque eu não sei dizer só sei que ele não tem teto.

- Primeiro as damas! - Abre a porta para mim entrar e entra logo em seguida.

Durante o caminho Apolo não parava de olhar para minhas pernas em uma tentativa falha de ser discreto. Brinco com a barra do meu vestido e pergunto:

- Você mudou de residência não foi? Estamos perto de chegar?

- Sim doçura. - Responde engolindo seco.

- Ainda sou sim. - Falo e ele sorri de lado sabendo do que se trata.

- Oh Ket você não sabe o quanto isso me deixa... Chegamos. - Ele mesmo se interrompe.

Vejo seu lindo palacete nas nuvens brilhando.

- Realmente é mais encantadora do que a outra.

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Escrito 03/03/2021

"Revisado" 13/06/2024

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