Capítulo 7

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Aqui me encontro, hoje crescida e madura.

Estou na janela, a neve cai lá fora, congelando a terra e o ar, assim como eu, fria por dentro. Pego pensando no sonho que tive, inusitado por que eu voltei ao um passado que queria ter deixado no passado. Passado esse o qual não me trazem boas lembranças, pois fui obrigada a "esquecê-las, mesmo não querendo.

Vivi minha vida até aqui como um robô, no automático, sendo controlada pelas pessoas, pela sociedade, pela família, pelo meu meio social.

Em meu rosto desce uma longa gota de lágrimas, lágrimas essas que tem sabor de um passado bom, mas dolorido.

Ainda me lembro do seu jeito de criança sapeca, da sua risada, das suas manhas e birras quando não queria brincar com as brincadeiras que ela me propunha. Do seu sorriso inocente de criança. Do seu carinho e cuidado comigo, pela defensora fiel que ela foi comigo. Ahh, como sinto falta disso. Mas fui arrancada dos meus devaneios quando sinto meu marido, é, marido, forçado; mas como não me casar com um homem que meu pai adora!? Sabe, ele é um bom homem quando o seu ciúmes excessivo não está presente em seu corpo, sua alma.Com o passar do tempo eu aprendi a gostar dele, mas não chegava a ser amor, pois amor era o que eu sentia por uma pessoa que eu só vi quando criança e nunca esqueci-lá.Ele me pergunta se podemos descer para tomar o nosso café, pelo menos isso eu posso dizer que eu tenho que chega perto de se chamar "família".

Peço a ele 05 minutos para ajeitar minhas coisas para ir ao trabalho logo após o café, e como um bom cavalheiro que é, beija-me a testa e desce para terminar de organizar as coisas; enquanto eu, ahh, eu...permaneço a olhar pela janela quando algo me chama atenção. Havia uma moça que caminhava com uma criança ao seu lado, ela era tão fofa, mas tão sapeca que aquilo arrancou-me um riso com um toque de saudades, pois a garotinha tinha seus traços, seus modos sapecas de criança arteira...a garotinha a qual eu menciono jogou uma bela bola de neve em sua mãe e saiu correndo pelo gelo como uma bela arteira. Aquelas recordações para mim eram como gatilhos de um passado que durou pouco, mas valeu muito. Como dizem, não necessitamos de muito para sabermos o que é real e verdadeiro, do que é de fato somente um momento. 

Sou tirada de meus devaneios quando escuto um grito : Amor, já se passam das 08:40, vamos se atrasar. Pelo amor de Deus, desce logo que eu estou morrendo de fome e essas panquecas querem sair do prato para ir pra minha barriga. Desço correndo, pois se tem uma coisa nessa vida que eu amo fazer é comer.
Ainda com aquelas lembranças, sento na cadeira e ao meu lado, meu marido Robin, todo charmoso, trajado em um belo terno e gravata, fazendo jus ao cargo de diretor chefe de nosso escritório que aliás sou sócia. Mas o comando é todo meu, já que eu sou a sócia majoritária e claro, com todo mérito, porque se tem uma coisa que eu sou é ser boa no que faço.Hoje teremos um dia cheio de surpresas. Fiquei sabendo que um renomado empresário está na cidade, e pelo que entendi ele é dono de uma agência de modelos famosíssima e também é um dos acionistas/investidores da bolsa de valores aqui na América do Norte, e pasmem, essa informação é de cair o queixo né?? Também fiquei de boca aberta quando Robin me falou que o nosso escritório, talvez, hipoteticamente, seria um dos escolhidos para cuidar dos negócios dele, já que era muito ocupado e não tinha tempo a perder, nem tempo e nem dinheiro né!!

Eu e Robin conversamos mais um pouco, sobre amenidades do dia a dia e assim que terminamos de comer, escovamos nossos dentes e fomos a nossa luta de cada dia. Chegando ao estacionamento, recebo uma ligação, é de minha secretária avisando que o tal empresário já estava na sala de reuniões nos esperando; adiantado como é, chegou mais cedo do que o esperado, e gente, quando olho ao nosso lado o suposto carro do tal empresário eu fico quase sem o próprio queixo de tanto que ele caiu, nada mais era do que uma Mercedes AMG GT-R PRO.

Na sinceridade aqui, olhei para o Robin e disse: marido, você é lindo, mas se esse homem ousar em olhar para o meu lado, eu caso com ele na hora.
Robin como sempre, um belo de um sarrista mais também convencido que dói me disse: pelo dinheiro pode até que consiga, mas espero que ele consiga te deixar louca como eu faço.Eu, como perco o amigo mas não perco a piada disse: pois sabe que eu vou te dizer uma coisa, ele vai me deixar muito mais louca que você, pensa no cartão ilimitado só pra mim, um carro como esse pra eu desfilar pra baixo e pra cima e poder me exibir com tudo e todos como uma verdadeira rainha, ahhh, então sim, você pode ter certeza que ele vai me deixar mais do que louca. Ele deu uma risadinha sem graça, talvez não esperasse minha resposta sarcástica, já que tudo o que eu tinha, conquistei com o meu próprio mérito e honra, ele podia ser o filho do dono, mas eu era a advogada renomada e conhecida por todos pela minha dedicação e sem ela jamais chegaria onde cheguei.

Entramos no elevador com ele bicudo por eu ter respondido ele ao pé da letra e eu super nervosa por conhecer o grande homem que possivelmente entregaria literalmente sua fortuna em nossas mãos. Nesse meio tempo de subida ao andar que nos levaria ao até renomado ricaço, Robin me solta um: te desejo sorte e que mais uma vez você consiga ser o que sempre foi, a melhor! Por mais convencida que eu sei que sou e sei da minha desenvoltura profissional, fiquei surpresa com essa sua fala de reconhecimento, já que ele não admite que eu cresci por mérito e não por casar com o filho do dono, que aliás, foi arranjado né. Alguém aqui avisa isso pra ele por favor?? Obrigada!

Assim, pasmem com isso, somente agradeço com um simples: Obrigada, e sigo até a minha sala para me preparar para tal reunião. Passo pela minha secretária e como sempre lhe dou Bom Dia, entro na sala e respiro fundo, sento na minha cadeira e peço aos anjos e tudo o que é mais sagrado nesse mundo, que sejamos o tal escritório escolhido, pois com esse homem como um dos nossos clientes, seremos reconhecidos como o melhor escritório da América do Norte.

Depois de tudo pronto e arrumado,vou até a minha secretária e pergunto se está tudo certo com o tal cliente, se ele já foi servido e se já podíamos começar a reunião. Ela como sempre sendo muito simpática disse: Bom Doutora Hood, estaria tudo certo se a senhora entrasse naquela sala e arrasasse como sempre fez. Na hora soltei um riso tímido, porque sou dessas e agradeci a sua gentileza e pedi que me desejasse sorte, o qual ela fez com um sorriso de orelha a orelha. Estranhei aquele tal sorriso, mas estava tão nervosa que o que eu mais queria era ouvir daquele homem um: sim, o escritório escolhido é vocês, que deixei pra pensar naquilo um outro momento.

Antes de entrar na porta, parei por um instante e pedi a Deus que desse tudo certo. Quando abro a porta dou de cara com o tal ricaço, se vocês acham que pelo carro eu já achei ele rico, pelo traje nem se diga, ele realmente fazia jus ao que se diz ser rico.Ele se levanta todo na pose de galanteador, com um sorriso meio de lado e me cumprimenta educadamente:

- Olá, senhorita, me chamo Jones, Killian Jones, muito prazer...e a senhorita é??

- Olá, senhor Jones, eu sou a senhora Hood, e o prazer é todo meu.

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Olá, caro leitores!
Sei que deveria publicar uns 20 capítulos pela demora da atualização, nada mais justo né!
Mas aconteceram muitas coisas e até me recuperar emocionalmente falando foi um processo bem delicado a se passar. Desta maneira, volto hoje com a fic e com a motivação também.
Por hoje é só esse capítulo mesmo. Já está tarde da noite e eu preciso ter o meu sono de beleza, pois amanhã o bicho pega e o Sol vai nascer na Fazendinha e eu preciso pular da cama pra trabalhar, pois eu ainda não sou um Jones da vida real né!!
Um grande abraço a todos!
Até mais!

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⏰ Última atualização: Mar 04, 2021 ⏰

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