Eu sou assim

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Eles caminharam em silêncio por um bom tempo. Até que Valtor se pronunciou.

– Aqui é um pouco perigoso para mim... Eehhh, você confia em mim?
– Não
– Ok Ok...
– Mas também não quero ser interrompida e nem acusada de está traindo Dominó estando aqui com você então...

Antes que ela se arrependa do que disse, Valtor abre um portal.

– Para onde vamos?
– Já ouviu falar na Terra? É um planeta onde magia é desconhecida por seus habitantes e é fora da dimensão mágica. –Explica Valtor.
– Bom, ainda poderemos usar nossos poderes lá se necessário?
– Sim
–Ok, então vamos.
Eles atravessam o portal e saem em uma espécie de rua que no momento estava vazia, e então vão andando.
Ao saírem da rua, Bloom repara q estão indo em direção a uma praça, tinha uma placa na qual estava escrito "Parque de Gardênia". O local era agradável e eles sentaram em um banco debaixo de um árvore.
– Então, por onde eu começo...
– Pelo início seria bom. – disse seria olhando para ele.
– Bom, eu fui criado a alguns anos pelas hoje conhecidas como bruxas ancestrais. Elas de algum modo conseguiram um pedaço do poder do grande dragão de fogo e o usou para me dar vida.
–Espera, você tem parte da chama do dragão? – o olhou surpresa
– Sim. –disse e colocou as mãos atrás da cabeça. – Mas não como a sua que é pura, a minha é um pouco sombria.
– Entendi...
– Continuando, eu fui criado com o propósito de fazer o que elas não conseguiram. Destruir Domino, roubar a chama do dragão e assassinar a família real. Quase consegui, mas fui parado pela companhia da Luz na qual selou meus poderes e me mandou para aquele lugar frio, onde permaneci congelado por todo esse tempo...
– Mas, você tinha a opção de não ajudá-las não?
– É mais complicado do que parece, fui criado somente com esse propósito, elas tinham controle sobre mim então não tinha muito que eu pudesse fazer.
– Mas e agora?
– Alguma coisa deve ter acontecido com elas após a minha prisão, não sinto nada que me relacione com elas.
– Então por que está roubando a fonte de poder dos reinos? Isso é errado.
– Só quero poder recuperar o meu antigo poder...
– Você já tentou explicar isso e ao invés de roubar pedir ajuda?
– Não me entenderiam e é o único modo que eu sei fazer as coisas.
Bloom não sabia o que fazer, depois de ficar sabendo disso. E acabou de distraindo em seus pensamentos.
– Moça, você podia me ajudar?
Uma garotinha com uma cara de choro se aproximou deles e tirou Bloom de seus devaneios.
– Olá docinho, qual o seu nome? – Bloom perguntou para a garotinha.
– Eu me chamo Joana...
– Eu sou a Bloom, aconteceu alguma coisa? Onde estão seus pais?
– E-eu acho que eu me perdi deles e eu não sei como chegar em casa.
Valtor encarou a menina que se assustou com ele.
– Calma, não tenha medo. Vamos te ajudar. – Bloom falou tentando acalma-la
– Chega aqui garotinha.
– O que vai fazer Valtor?
– conheço um feitiço de memória, posso acessar a memória dela e saber a localização exata da casa dela.
– Hm... Tudo bem.
Valtor colocou um dedo na testa da menina rapidamente descobriu o local.
– Certo, vamos. – Disse se levantando.
– Moço, o que o senhor fez?– disse a menina curiosa.
– Nada demais, só usei um pouco de magia.
– Magia? O senhor é um mágico?
– Não, um bruxo.
– Nossaaaa, então o senhor conhece fadas?
Bloom deu uma risadinha.
– Você está segurando a mão de uma agora mesmo.
– VALTOR!!
– O que? Ela perguntou.
Bloom olhou para a menina q tava sorrindo para ela.
– Vai ser nosso segredinho tá? – Bloom disse e ela logo concordou. E então com a menina segurando sua mão e Valtor ao seu lado com as mãos nos bolsos. Quem via de longe diriam que eles eram um casal.

Enquanto caminhavam, Joana começou a fazer perguntas do tipo, " Onde está as suas asas?", " Você se transforma quando quer?", "Como é voar?" Entre outras perguntas e Bloom respondeu a todas elas com a maior paciência do mundo e quando se deram conta já tinham chegado na frente da casa da menina. Um casal estava no portão do lado de fora. A mulher parecia está chorando e o homem estava nervoso ao telefone.
– Mamãe, Papai!!
A menina se soltou da mão da Bloom e foi correndo na direção da mãe que a carregou em meio a lágrimas.
Aos poucos, Bloom e Valtor se aproximaram do casal que estava em um abraço com a filha, felizes por ela ter chegado em casa bem.
– Obrigada por terem trazido ela aqui.– disse o pai da menina.
– Por nada. – disse Bloom com um sorriso no rosto.
– Eu sou o Maycon, essa é a minha esposa Vanessa.
– É um prazer conhecê-los, eu me chamo Bloom e esse é o Valtor.
– Fico muito grata pelo q fizeram, se a gente puder fazer alguma coisa por vocês... – Disse Vanessa, que já tinha parado de chorar mas continuava abraçada com a filha.
– Não se preocupem, não fizemos isso com intenção de receber algo em troca. – Falou Bloom.
– Bom, nós vamos jantar agora, você e seu namorado gostariam de jantar com a gente? É nosso modo de agradecer. – Vanessa disse, soltando a filha do abraço.
Bloom ficou vermelha e sem ter o que falar, ela olhou de canto para Valtor e viu que ele tinha dado um sorrisinho.
– Ehh, bom, é que...
– Obrigado pelo convite mas temos que ir. – Disse Valtor.
– É uma pena... – Disse Maycon
– Eu ainda vou te ver? – perguntou Joana para Bloom. A qual se abaixou para abraça-la.
– Um dia quem sabe.
– Certo! – disse Joana com um sorriso no rosto.
A família entrou em casa e Bloom e Valtor começaram a caminhar.
– Obrigada, por ter respondido por mim naquela hora.
– Eu vi como você ficou, só fiz o que achei certo.
E então, ao ver que não se encontrava ninguém na rua, abriu um portal de volta para Magix e os dois seguiram um ao lado do outro...

Romance ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora