Aquilo que tanto sonhamos - BakuDeku

Único

Katsuki já estava cansado.

A família Bakugou era muito bem conhecida por toda a Inglaterra – principalmente na Capital –, e não era para menos, afinal, se tratava da realeza. O Rei Masaru Bakugou – um alfa dominante e de linhagem pura –, era um homem importante, justo e muito adorado, mas infelizmente estava muito doente.

Por isso, como o único filho alfa do rei, Katsuki seria o próximo a assumir o trono dos Bakugou's, e por isso, recebia aulas de etiqueta, vestimentas, administração entre outras.

E isso era extremamente chato, desnecessário e irritante para o jovem de apenas 19 anos.

Em uma das tardes que não havia aula, o loiro fugiu do castelo real, afim de se aventurar como um adolescente normal.

Ele trajava uma calça preta, totalmente rasgada nos joelhos – talvez se sua mãe o visse assim, com certeza o deserdaria. Katsuki tinha um par de coturnos preto fosco em seus pés, e um moletom branco de estampa do seu mangá favorito completavam o look.

Bakugou optou por uma touca preta, afim de esconder o máximo que podia os seus fios loiros – o que não deu muito certo, já que esses eram bem rebeldes. Ele sabia que seria reconhecido facilmente, por isso colocou uma máscara preta e um par de óculos de sol.

Katsuki andava pelas ruas despreocupado, naquela quinta-feira o clima estava agradável, e possivelmente, nevaria mais tarde. Ele sorriu por baixo do pano que tapava sua boca ao ver algumas crianças brincando em um parquinho ali.

O loiro sorriu e continuou o seu "tuor", ele parou de frente a uma cafeteria que tinha uma aparência acolhedora. Ele não sabia dizer se era pelas janelas que deixavam o lugar bem iluminado, ou se era pela decoração colorida, mas aquele lugar era estranhamente... confortável demais.

Ele resolveu entrar, e assim que o sininho da porta de vidro fez um barulho um pouco alto, o rapaz do balcão se virou e disse:

- Bem vindo! – a animação era notável em sua voz, e o seu sorriso era tão genuíno, que Katsuki quis comprar todos aqueles bolos apenas para vê-lo novamente.

Era nítido que o rapaz de fios verdes era um ômega, o cheiro doce de cereja deixa isso claro.

Após uma encarada nada normal – e que deixou o esverdeado corado –, ele se aproximou do balcão e se sentou em um banquinho de madeira.

- Obrigado – ele disse, tirando a máscara para então, respirar menos abafado e totalmente aliviado.

- Bom, o que o senhor vai querer? – o menor perguntou, estendendo um cardápio feito à mão.

Katsuki não pôde evitar de sorrir levemente ao ver em como aquela caligrafia era bonita, e isso só fazia o lugar ser ainda mais especial.

- Eu nunca saí pra um lugar assim antes... – ele olhou para o de sardas – ...o que você me recomendaria para uma primeira vez? – o loiro questionou.

- Ahn... bem, eu gosto de frappuccino de caramelo, mas se você for do tipo que não gosta muito de doce, eu recomendaria um latte gelado – ele olhou o loiro a sua frente.

Katsuki parou um pouco para pensar e falou:

- Eu vou quer um latte gelado mesmo – o ômega assentiu e se virou, na intenção de começar a prepará-lo.

Bakugou continuou olhando o cardápio bem detalhado, pensando no que iria pedir para comer. Até o rapaz chamar sua atenção novamente, o entregando o pedido feito.

- Nossa, foi rápido – ele falou, arrancando um sorriso do ômega.

- Rapidez é a nossa especialidade senhor – o garoto agradeceu.