Capítulo Cinco

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Point Of Views Alexia Johnson

Estados Unidos – New York

Acordar foi um sacrifício, eu sentia minha cabeça latejando e minhas pálpebras inchadas, indicando a péssima noite chorosa que eu tive. Ir à escola foi o pior dos pesadelos. O grupinho de Bieber me olhava com expressões divertidas nos rostos e eu me sentia como a atração principal de um circo de horrores. E eu era, infelizmente. 

Eu estava muito constrangida, era notório pelas minhas bochechas e olhos avermelhados. Eu deveria ter ficado em casa.

Catrina chegou perto de mim e passou os braços pelo meu pescoço, Justin me olhou, eu desviei os olhos e minha amiga me puxou para longe dos olhares famintos deles.

— A gente deveria matá-lo. — Resmungou.

— Não comece, por favor. — Supliquei e ela bufou.

Eu não suportaria a ideia de Justin morto, no sentido literal da palavram, por mais que eu sentisse o meu coração arder em dor pelo que ele fez, doer todas as vezes que meus pensamentos me levam a ele, imaginá-lo morto era uma sensação devastadora.

Vocês devem estar ai: Nossa, você ainda continua o amando? Sim, a resposta é sim, eu continuo o amando. Eu sei, trouxa demais por, ainda, amar alguém como ele, alguém que a única coisa capaz de trazer é o meu sofrimento. Pois é, eu sou a maior trouxa, otária do mundo, eu concordo, plenamente com esses insultos, mas, quando amarem alguém vai conseguir entender o porquê do meu sentimento não falecer. Amar alguém como eu o amo, amar alguém que, mesmo com toda a merda, faz o seu coração acelerar, é bom, é muito bom. Porém, seria ótimo se fosse um amor mútuo.

Mas, por mais que o meu amor por ele seja muito grande, eu quero e vou optar pelo amor próprio, aquele amor que se você não cuidar terá muito mais do que um coração partido. Portanto, diante de toda a situação, deplorável e constrangedora que eu me encontro, eu estou disposta a finalmente deixar de ser a trouxa que todos pensam que eu sou.

— Amiga, a minha proposta ainda está de pé, reconsidere-a, por favor. — Ca parou de andar de repente, soando esperançosa.

— Não, obrigada! — Bufo e saio na sua frente.

Porém, nem três passos eu tinha dado quando sou impedida de seguir meu caminho por um corpo feminino e quando a vozinha irritante soou eu suspirei fundo, sabendo o que viria a seguir: humilhação.

Não, por favor!

— Olha se não é a nerd que se ilude com um simples eu te amo. — Rachel diz e toda a escola para, para ver o começo do seu show. — Conseguiu o primeiro eu te amo e já se entregou, que feio, Alex. — Ela fez uma voz fina, deixando-me enojada.

Eu não olhei o rosto da garota, mas meus olhos rodavam toda a multidão que se formou a nossa volta, não é nenhum exagero quando eu digo multidão, quase toda a escola se encontra ao nosso redor para apreciar as meras palavras, digo: meros insultos, do grupinho de Bieber. Justin estava afastado, não participava dessa vez. Algumas pessoas tinham sorrisinhos de contentamento no rosto, outros estavam sérios, e outros com suas feições neutras.

— Olha quem fala, a vadia que é cadelinha do cara que só a chama como uma segunda opção. Direito zero, hein, querida. — Catrina rosna e eu apenas abaixo a cabeça sentindo meus olhos marejarem.

Por que diabos eu tenho que ser tão frágil? Por que não sou forte como Catrina?

— UOU. — Ryan dispara, se intrometendo. — A conversa é entre a ex-virgem e o meu grupo. — Arregalei meu olhos com a bufada de Catrina.

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