The Bet

Capítulo Nove

Point Of Views Alexia Johnson

Estados Unidos – New York

O domingo passou rápido, eu fui embora bem de manhã da casa de Justin, não o queria nem por mais um segundo perto de mim. Eu não sei o que estava acontecendo, mas vê-lo no colégio já era o suficiente para mim.

Segunda feira chegou e eu esperava pacientemente por Catrina, para podermos ir à escola, desci as escadas e minha mãe já havia saído, tomei um rápido café e esperei por mais alguns minutos minha amiga que não tardou para aparecer, com uma cara nada boa, acrescento, e provavelmente alguma coisa aconteceu.

— Que cara é essa? — Perguntei saindo de casa junto com ela, querendo saber o que tanto a afligia.

— A única que Deus me deu. — Respondeu grossa e eu a olhei com o cenho franzido, não querendo alimentar sua fúria eu entrei em um dos carros que estava na garagem, Bugatti Chiron e esperei para que ela entrasse para dar partida, já que não iríamos com o seu carro hoje.

— Me desculpa, amiga. — Suspirou culpada e me olhou. — É que eu estou com raiva, minha noite foi horrível e acabei descontando em você. — Sorriu sem jeito.

— Tudo bem, Ca. — Sorri e a olhei, acariciando sua mão em um gesto gracioso de compreensão. — Se quiser me contar o que aconteceu...

— O idiota do Ryan me mandou mensagem. — Cruzou os braços feito uma criança birrenta, arregalei os olhos e logo comecei a rir sem parar. Então era isso? — Isso, vai rindo.

— Espera! — Cessei um pouco a risada e a olhei, ela logo voltou a dirigir. — Qual o problema?

— QUAL O PROBLEMA? — Gritou arregalando seus olhos. — Ele é amigo do demônio, então também é um deminho, ou seja, ele é um idiota e idiotas não me mandam mensagem. — Disse irritada fazendo alguns gestos loucos com a mão.

— Você está caidinha por ele. — Disse como se fosse óbvio e, ela me metralhou com os olhos nos minutos seguintes. — E presta atenção na estrada.

— Você bebeu? Fumou? Você tá louca, né? Puta que pariu Alexia, eu odeio a cara desse garoto, odeio tudo nele, TUDO, TÁ LEGAL? — Assenti rindo e ela deu acelerou o carro.

Minutos depois, ainda movida pela sua raiva, chegamos na escola, Catrina estacionou o carro em uma das vagas do estacionamento, pegou sua bolsa e saiu do carro acompanhada por mim. Encontramos Bea que estava nos esperando, mas Catrina passou direto pela pobre coitada fazendo a morena franzi o cenho em confusão.

— Não se preocupe, ela está mordida de raiva hoje. — Dei de ombros e ela assentiu mais relaxada, sorri para ela e caminhamos para dentro.

Olhei para os lados e meu olhar vai de encontro com um caramelado, desfaço meu sorriso rapidamente e desvio o olhar para uma menina que passava na nossa frente com um Milk Shake colorido, estreito os olhos e passo a língua entre os lábios sentindo, quase, o gosto doce na minha boca.

— Bea? — Chamei-a em um tom manhoso.

— Oi?

— Faz uma favorzão pra mim? — Pedi e ela assentiu. — Você tem qual horário agora?

— Estou com o horário livre, por quê? — Meus olhos brilharam com sua resposta e, então, procuro pelo dinheiro dentro da minha bolsa.

— Eu não posso, de jeito nenhum, me atrasar para essa aula de exatas, por favor compra um Milk Shake, daqueles bem grandão, pra mim?

— Milk Shake logo cedo? — Perguntou coçando a nuca.

— É, me deu vontade e, eu quero muito. — Sorri e dei um beijo molhado em sua bochecha — Minha sala é no último andar. — A entrego o dinheiro e saio andando deixando-a para trás sem o direito do questionamento.