The Bet

Capítulo Seis

Point Of Views Alexia Johnson

Estados Unidos - New York

Duas semanas atrás

Meu coração foi quebrado, amaçado e jogado fora como um pedaço de papel inútil, isso era fato, a dor que nele eu sentia era arregaçadora, daquelas de quase desistir da vida. É difícil até mesmo respirar, pois é como se... como se até o ar que chegava aos meus pulmões estivesse cheio de fagulhas pontiagudas, que queimava me por dentro, mas não, infelizmente não é nada disso, é apenas a dor da humilhação, da rejeição. A dor de um coração partido.

Catrina, nas duas horas que se passaram, desde que saímos da escola até chegarmos em minha casa, fez um importante papel de mãe, irmã, melhor amiga., conselheira. Ela chorou junto comigo, me deu carinho, um belo de um banho, conselhos de amiga, broncas de uma mãe preocupada e protetora e xingou Justin Bieber de tudo quanto é nome, até mesmo alguns que fiquei horrorizada ao ouvir, eu nem sabia que existia.

— Amiga! — Ela me chamou quando mais um soluço escapou, sem querer, dos meus lábios.

— Eu estou cansada, Ca, cansada de tudo. — Murmurei. — Alexia Johnson não aguenta mais ser humilhada por Justin Bieber e o seu bando de gentinha. — Dei pausa no filme que estávamos assistindo e me virei para ela, com as bochechas molhadas e olhos avermelhados.

Vamos lá, mais uma vez.

— PORRA, Alexia, eu já disse que já temos a solução. — Ela gritou o "porra" me assustando. — Você vai matá-lo, Ale, é o único jeito de fazer aquele desgraçado pagar por todo mal que te fez. — E mais uma vez essa história que ele tem que morrer.

Revirei meus olhos e disse:

— Catrina Parker, não estou nem um pouco a fim de ir parar em uma cadeia. — Disse limpando minhas lágrimas e encarando-a. — Portanto, tire essa ideia maluca da sua cabeça.

— E quem disse em cadeia, garota? — Ela arregalou os olhos começando, em seguida, a rir igual uma doida. — Céus, Ale, eu disse que ele vai morrer, mas não no sentido figurado da palavra. — Eu resmunguei em resposta. — Justin Bieber vai morrer de decepção, de arrependimento, de frustração, amiga. — Franzi o cenho confusa. — Não de morte morrida.

— Justin Bieber morrer de arrependimento? — Ela assentiu com um sorrisinho convencido no rosto. — E de que exatamente ele vai se arrepender, Catrina? Já viu o tamanho do ego daquele garoto?

— De ter perdido uma garota tão maravilhosa. — E agora foi minha vez de cair na gargalhada. — Tá rindo do quê, ô idiota?

— Você só pode ter bebido aquelas bebidas fortes, sabe? Aquelas que você até consegue ver o Lúcifer. — Eu disse rápido e ela me olhou como se eu fosse algum tipo de extraterrestre. Suspirei. — Acha mesmo que ele se arrependeria de ter me humilhado? Acorda, Parker, Justin Bieber tem o prazer de me ver sofrendo, você sabe. Não existe a palavra arrependimento no vocabulário dele. — Dei de ombros e desviei meus olhos.

— Porra, mulher, você é teimosa. — Catrina se jogou na cama frustrada. — Ele mandou te dizer que sente muito. — Disse de repente eu revirei os olhos.

— Claro que sente. — Engoli o choro.

Alguns minutos se passaram e o silêncio reinou no quarto, até ela se mexer, claramente incomodada.

— Posso te falar uma coisa? Palavras que provavelmente vão te deixar muito chateada, mas que você vai abrir os seus lindos olhinhos e enxergar o quão linda é? — Ela disse se levantando, novamente, e se sentando na minha frente.